Um Juramento de Irmãos . Морган Райс

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Um Juramento de Irmãos  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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Morte pendurada em sua cintura; é chocante vê-la ali. Aquilo faz sua viagem para a Terra dos Mortos parecer mais real do que nunca. Thor estende a mão, sente o punho de marfim da espada, decorado com crânios e ossos, e fecha a mão em torno dela, sentindo a sua energia. Sua lâmina é incrustada com pequenos diamantes negros e quando ele ergue a espada para examiná-la melhor, Thor os vê brilhando sob a luz.

      Ao empunhar aquela espada, Thor tem a sensação de que está cumprindo o seu destino. Ele não se sente assim com uma arma desde que havia empunhado a Espada do Destino. A Espada da Morte significa mais para ele do que ele é capaz de dizer; afinal, ele tinha conseguido escapar daquele mundo e a espada também; Thor sente que ambos são sobreviventes de uma guerra terrível. Eles haviam passado juntos por tudo aquilo. Entrar na Terra dos Mortos e poder sair de lá tinha sido como caminhar através de uma teia de aranha gigante e se livrar dela. Thor sabe que eles agora estão livres, mas de alguma forma ele sente que a teia ainda se adere a ele. Pelo menos ele tinha conseguido ficar com a espada.

      Thor reflete sobre a sua saída, sobre o preço que ele tinha pagado e sobre os demônios que ele havia involuntariamente libertado. Ele sente um buraco no estômago, sendo tomado pela sensação de que havia libertado uma força obscura que não será tão facilmente contida. Ele sente que tinha lançado algo, como um bumerangue, que um dia, de alguma forma, voltará para ele. Talvez isso aconteça antes do que ele espera.

      Thor segura o punho da espada, preparado. Aconteça o que acontecer, ele pretende enfrentar o que for preciso em uma batalha e matar o que surgir em seu caminho.

      Mas o que ele realmente teme são as coisas que ele não consegue ver, a devastação invisível que os demônios podem causar. O que ele mais teme são os espíritos desconhecidos, os espíritos que atuam com discrição.

      Thor ouve passos, sente seu pequeno barco balançar e, ao se virar, vê Matus em pé ao lado dele. Matus fica parado com uma expressão triste em seu rosto, olhando para o horizonte com Thor. É um dia escuro e cinzento e enquanto eles olham para longe é difícil dizer se é manhã ou tarde, pois o céu está uniforme, como se aquela parte do mundo estivesse de luto.

      Thor pensa na rapidez com que Matus havia se tornado um dos seus amigos mais próximos.  Agora, com Reece fixado em Selese, Thor sente o distanciamento de seu  amigo e a proximidade de Matus com mais intensidade. Thor se lembra de como Matus havia salvado sua vida mais de uma vez lá em baixo e se sente ainda mais leal a ele, como se ele sempre tivesse sido um dos seus próprios irmãos.

      "Esta embarcação," Matus diz suavemente, "não foi feita para o mar aberto. Se enfrentarmos uma boa tempestade, todos seremos mortos. Esse é apenas um bote do navio de Gwendolyn, ele não foi feito para cruzar os mares. Temos que encontrar um barco maior."

      "E a terra firme," O'Connor entra na conversa, aproximando-se de Thor pelo outro lado, "e provisões."

      "E um mapa," Elden interrompe.

      "Qual é o nosso destino, afinal?" Indra pergunta. "Onde estamos indo? Você tem alguma ideia de onde seu filho pode estar?"

      Thor examina o horizonte, como já tinha feito mil vezes, e reflete sobre todas aquelas perguntas. Ele sabe que eles estão certos e está se fazendo aquelas mesmas perguntas. Um vasto mar está diante deles e eles estão uma pequena embarcação, sem provisões. Eles estão vivos e ele se sente grato por isso, mas a sua situação é precária.

      Thor balança a cabeça lentamente. Enquanto ele fica ali, perdido em seus pensamentos, ele começa a detectar algo no horizonte. À medida que seu barco se aproxima, ele começa a enxergar melhor e tem certeza de que está realmente vendo alguma coisa e que não são seus olhos pregando uma peça nele. Seu coração bate acelerado de excitação.

      O sol sai de trás das nuvens e um raio de sol ilumina uma pequena ilha no horizonte. É um pequeno monte de terra no meio de um vasto oceano, sem nada mais ao redor dele.

      Thor pisca, perguntando-se se aquilo é real.

      "O que é aquilo?" Matus faz a pergunta que está na mente de todos eles, que ficam em pé olhando para o horizonte.

      Quando eles chegam mais perto, Thor vê uma névoa em torno da ilha, brilhando sob a luz, e sente uma energia mágica naquele lugar. Ele olha para cima e vê que aquele é um lugar austero, repleto de falésias com dezenas de metros de altura, uma ilha estreita, íngreme e implacável, com ondas arrebentando nas rochas que a cercam, emergindo do mar como animais antigos. Thor sente, com cada centímetro de seu ser, que é para lá que eles devem ir.

      "Aquela é uma subida íngreme," diz O'Connor. "Se é que seremos capazes de escalar aquilo."

      "E nós não sabemos o que nos aguardo no topo," acrescenta Elden. "Pode ser algo hostil. Não temos qualquer arma, com exceção de sua espada. Não podemos ter uma batalha aqui."

      Mas Thor observa o lugar e pensa, sentindo algo forte ali. Ele olha para o alto, vê Estófeles circulando a ilha e tem ainda mais certeza de que aquele é o lugar.

      "Nenhum lugar deve ser ignorado em nossa busca por Guwayne," Thor fala. "Nenhum lugar é muito remoto. Esta ilha será a nossa primeira parada," ele diz. Thor aperta ainda mais as mãos em torno de sua espada. "Hostil ou não."

      CAPÍTULO SEIS

      Alistair se vê em pé em uma paisagem estranha que ela não reconhece. O lugar é uma espécie de deserto e quando ela olha para baixo o chão se transforma, mudando de preto para vermelho, secando e rachando sob os seus pés. Ela olha para cima e, ao longe, avista Gwendolyn diante de um exército desorganizado, com apenas algumas dezenas de homens, membros da Prata que Alistair um dia havia conhecido, com os rostos sangrentos e as armaduras rachadas. Nos braços de Gwendolyn há um pequeno bebê e Alistair sente que aquele é seu sobrinho, Guwayne.

      "Gwendolyn!" Alistair grita, aliviada ao vê-la. "Minha irmã!"

      Mas enquanto Alistair observa, ela de repente ouve um som horrível, o som de um milhão de asas batendo cada vez mais alto, seguido por um grande grasnar. O horizonte escurece e um bando de corvos surge no céu, voando em sua direção.

      Alistair assiste com horror à medida que os corvos se aproximam, descem como uma parede negra e arrancam Guwayne dos braços de Gwendolyn. Corvejando, eles o levam embora.

      "NÃO!" Gwendolyn grita, estendendo a mão para o céu ao mesmo tempo em que eles a atacam.

      Alistair assiste impotente, sem poder fazer nada exceto assistir enquanto os corvos levam embora o bebê que chora. O chão trincado do deserto seca ainda mais e começa a rachar até que, um por um, todos os homens de Gwen desabam para dentro dele.

      Apenas Gwendolyn permanece ali parada, olhando para ela com uma expressão de assombro que Alistair gostaria de nunca ter visto.

      Alistair pisca e se vê em pé a bordo de um grande navio, navegando em um oceano com ondas que arrebentam ao seu redor. Ela olha ao seu redor e vê que ela é a única pessoa a bordo do navio; ao olhar para a frente ela vê outro navio diante dela. Erec está em pé na proa, de frente para ela, acompanhado por centenas de soldados das Ilhas do Sul. Ela fica angustiada ao vê-lo em outro navio, navegando para longe dela.

      "Erec!" ela grita.

      Ele olha para trás e estende o braço na direção dela.

      "Alistair!" ele grita. "Volte para mim!"

      Alistair assiste com horror à medida que os navios

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