Um Voto De Glória . Морган Райс

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Um Voto De Glória  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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Thor cortou uma de suas garras. Um líquido verde salpicou totalmente Thor, ele olhou para cima e viu com horror que a garra do animal voltou a crescer tão rapidamente como tinha sido perdida. Era como se Thor nunca a tivesse ferido.

      Thor engoliu saliva. Aquela seria uma criatura impossível de matar. E agora ele a havia enfurecido.

      O animal golpeou com mais um braço que saiu de algum outro lugar de seu corpo e bateu com força nas costelas de Thor, fazendo-o voar e aterrissar em um grupo de árvores. Então, a criatura baixou outra garra para Thor e ele sabia que dessa vez estava em apuros.

      Elden, O’Connor e os gêmeos se aproximaram rapidamente e quando a criatura veio pronta para atacar Thor com a outra garra, O’Connor lançou uma flecha em sua boca; a flecha se alojou na parte de trás da garganta dela, fazendo-a gritar. Elden tomou seu machado de duas mãos e desceu-o sobre as costas do animal, enquanto Conven e Conval atiraram suas lanças em cada um dos lados da garganta dela. Reece ficou de pé novamente e enfiou a espada na barriga da criatura. Thor pulou e desferiu sua espada em um dos outros braços do animal, cortando-o. Krohn se juntou a eles, saltando no ar e afundando suas presas na garganta da criatura.

      A criatura soltou um grito após outro, todos eles fizeram mais danos do que Thor pensou ser possível. Era incrível para Thor que ela ainda estivesse de pé, com as asas ainda vibrando. Aquele bicho simplesmente não morreria.

      Todos eles assistiram com horror, quando a criatura se esticou e começou a tirar as armas que estavam alojadas em seu corpo, uma de cada vez: as lanças, espadas e o machado. Assim que ela terminou de fazer isso, seus ferimentos se curaram diante dos olhos de todos eles.

      Aquele monstro era imbatível.

      A criatura se inclinou para trás e berrou, todos os irmãos da Legião de Thor olharam para cima, espantados. Todos tinham atacado com tudo o que tinham e nem sequer haviam podido arranhá-la.

      A criatura preparou-se para avançar sobre eles novamente, com suas mandíbulas cortantes e suas garras afiadas, Thor percebeu que não havia mais nada que pudessem fazer. Todos iriam morrer.

      “FORA DO CAMINHO!” Ouviu-se um grito repentino.

      A voz vinha de detrás de Thor e soava como a voz de alguém jovem. Thor se virou e viu um jovem de talvez onze anos, correr atrás deles, carregando o que parecia ser uma jarra com água. Thor se abaixou e o garoto jogou a água, espirrando-a por todo o rosto da criatura.

      A criatura se inclinou para trás e gritou, o vapor saía da sua face, chegando até suas garras e dilacerando seu rosto, seus olhos, sua cabeça. Ela gritava uma e outra vez, o barulho era tão alto que Thor teve de tapar os ouvidos.

      Por fim, o animal virou-se e saiu correndo de volta para a selva, perdendo-se na vegetação.

      Todos eles se viraram e olharam para o garoto com um novo senso de admiração e apreço. Sua roupa estava em farrapos, ele tinha cabelos castanhos e compridos e seus olhos inteligentes eram de um verde brilhante. O garoto estava coberto de sujeira e parecia, a julgar pelos seus pés descalços e suas mãos sujas, que ele vivia por ali.

      Thor nunca havia estado tão agradecido a alguém.

      “As armas não causam nenhum dano ao Gathorbeast.” O garoto disse com um olhar de descaso. “Vocês tiveram a sorte de que eu estava por perto e ouvi os gritos. Do contrário, todos vocês estariam mortos agora. Vocês não sabem que jamais devem enfrentar um Gathorbeast?”

      Thor olhou para seus amigos, todos sem palavras.

      “Nós não o confrontamos.” Disse Elden. “Ele nos confrontou.”

      “Eles não confrontam você…” Disse o garoto. “… A menos que você invada o território dele.”

      “E o que esperava que nós fizéssemos?” Perguntou Reece.

      “Bem, nunca olhe nos olhos de nenhum deles. Disse o garoto. “E se ele atacar, deite-se de bruços até que ele o deixe em paz. “E acima de tudo, nunca tente fugir.”

      Thor se aproximou e pôs a mão no ombro do garoto.

      “Você salvou nossas vidas.” Disse ele. “Nós temos uma dívida muito grande para com você.”

      O garoto deu de ombros.

      “Vocês não parecem membros das tropas do Império.” Disse ele. “Parece que vocês vieram de algum outro lugar do mundo. Então, por que eu não haveria de ajudá-los? Vocês parecem ter as características desse grupo que veio no navio alguns dias atrás.”

      Thor e os outros trocaram um olhar de entendimento e se viraram para o garoto.

      “Você sabe para onde esse grupo se dirigiu?” Thor perguntou.

      O rapaz deu de ombros.

      “Era um grupo grande e eles estavam carregando uma arma. Ela parecia ser bem pesada; era preciso que todos eles a carregassem. Eu os segui por vários dias. Eles eram fáceis de rastrear. Eles eram lentos; também eram desleixados e descuidados. Eu sei para onde eles foram, apesar de que eu não os segui muito além da aldeia. Eu posso levá-los até lá e apontar-lhes na direção certa, se você quiserem. Mas não vai ser hoje.”

      Os outros trocaram um olhar perplexo.

      “Por que não?” Thor perguntou.

      “A noite cai em poucas horas. Vocês não podem ficar aqui fora depois do anoitecer.”

      “Mas por quê?” Perguntou Reece.

      O garoto olhou para ele como se ele fosse louco.

      “Os Ethabugs.” Disse ele.

      Thor adiantou-se e olhou para o garoto. Ele gostou daquele garoto imediatamente. Ele era inteligente, sério, sem medo e tinha um coração valente.

      “Você sabe de um lugar onde possamos nos abrigar durante a noite?”

      O garoto olhou para Thor, depois deu de ombros, parecendo duvidoso. Ele ficou ali, hesitante.

      “Eu não sei.” Disse ele. “Meu avô vai ficar bravo comigo.”

      Krohn repentinamente saiu de detrás de Thor e caminhou na direção do garoto, os olhos do garoto se iluminaram deleitados.

      “Uau!” Exclamou o garoto.

      Krohn lambeu o rosto do garoto, uma e outra vez e ele ria de prazer, então ele estendeu a mão e acariciou a cabeça de Krohn. Em seguida, o garoto ajoelhou-se, baixou sua lança e abraçou Krohn. Krohn parecia abraçá-lo de volta e o garoto ria freneticamente.

      “Qual é seu nome?” Perguntou o garoto. “O que ele é?”

      “Seu nome é Krohn.” Thor disse sorrindo. “Ele é um leopardo branco, raro. Ele vem do outro lado do oceano. Do Anel. Do lugar de onde nós somos. Ele gosta de você.”

      O garoto beijou Krohn várias vezes e, finalmente, levantou-se e olhou para Thor.

      “Bem…” Disse o garoto, hesitante. “Eu acho que posso levá-los para nossa aldeia. Esperemos que o vovô não fique muito zangado. Se ele ficar, o azar é de vocês. Sigam-me. Temos de nos apressar. Será noite em breve.”

      O garoto virou-se

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