Um Voto De Glória . Морган Райс

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Um Voto De Glória  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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quando ele olhou para a escuridão da folhagem, ele não pôde ver nenhum deles.

      Krohn caminhava em seus calcanhares, rosnando, o pêlo de suas costas estava todo arrepiado. Thor nunca o tinha visto tão alerta. Thor olhava para seus irmãos de armas e via cada um deles com uma mão apoiada sobre o punho da espada, todos eles nervosos, exatamente como ele.

      Eles já haviam estado caminhando por horas e agora penetravam cada vez mais fundo na selva, o ar tornava-se cada vez mais quente, espesso, úmido e mais pesado para respirar. Eles seguiam os rastros do que parecia ter sido uma trilha, alguns galhos quebrados pareciam indicar o caminho que o grupo de homens que tinham chegado ali poderia ter tomado. Thor só esperava que fosse a trilha do grupo que havia roubado a espada.

      Thor olhou para cima, totalmente admirado com a natureza: tudo ali crescia em proporções gigantescas, cada folha era tão grande como ele próprio. Ele sentia-se como um inseto em uma terra de gigantes. Ele viu algo farfalhar atrás de algumas folhas, mas não podia realmente distinguir nada. Ele tinha a sensação sinistra de que estavam sendo observados.

      A trilha diante deles terminou repentinamente em uma sólida parede de folhagem. Todos pararam e se olharam entre si, totalmente confusos.

      “Mas a trilha não pode simplesmente desaparecer!” O’Connor disse desapontado.

      “Ela não desapareceu.” Reece disse ao examinar as folhas. “A selva simplesmente cresceu de volta sobre ela.”

      “Então qual é o caminho agora?” Perguntou Conval.

      Thor se virou e olhou ao redor, perguntando-se a mesma coisa. Ao redor deles não havia mais nada além de uma densa folhagem, parecia não haver nenhuma saída. Thor estava começando a ter um sentimento de desânimo, ele sentia-se cada vez mais perdido.

      Então Thor teve uma ideia.

      “Krohn.” Disse Thor ao ajoelhar-se e sussurrar no ouvido dele. “Suba naquela árvore. Olhe por nós. Diga-nos que caminho seguir.”

      Krohn olhou para ele com seu olhar expressivo e Thor sentia que ele havia compreendido.

      Krohn correu para uma árvore enorme, o tronco dela era tão largo quanto dez homens, sem hesitar, ele saltou sobre ela e foi subindo sustentando-se com suas garras. Krohn subiu rapidamente e em seguida, pulou em um dos galhos mais altos. Ele ficou na ponta do galho e deu uma boa olhada, então, suas orelhas ficaram em pé. Thor sempre sentia que Krohn o entendia, mas agora ele sabia com toda certeza que era assim.

      Krohn se inclinou para trás e fez um barulho estranho, gutural, em seguida, ele correu de volta para baixo do tronco e saiu em disparada em uma direção. Os rapazes trocaram um olhar curioso, então todos se viraram e seguiram Krohn, dirigindo-se para aquela parte da selva, empurrando para trás as folhas grossas, para que pudessem caminhar.

      Depois de alguns minutos, Thor ficou aliviado ao ver a trilha surgir novamente, os sinais reveladores de galhos quebrados e a folhagem mostravam o caminho por onde o grupo tinha passado. Thor se inclinou, deu um tapinha carinhoso em Krohn e beijou-lhe a cabeça.

      “Eu não sei o que teríamos feito sem ele.” Disse Reece.

      “Nem eu.” Respondeu Thor.

      Krohn ronronou satisfeito, orgulhoso.

      Eles avançavam cada vez mais nas profundezas da selva, dando voltas e mais voltas até chegar a um trecho coberto por um novo tipo de vegetação com flores por todo o redor, elas eram enormes, do tamanho de Thor e desabrochavam em todas as cores. Outras árvores tinham frutos do tamanho de rochas, pendurados em seus galhos.

      Todos pararam maravilhados quando Conval caminhou até um dos frutos de cor vermelho brilhante e estendeu a mão para tocá-lo.

      De repente, ouviu-se o ruído profundo de um rosnado.

      Conval se afastou e pegou sua espada e todos os demais se olharam ansiosamente.

      “O que foi isso?” Perguntou Conval.

      “O barulho veio dali.” Disse Reece enquanto apontava para outra parte da selva.

      Todos eles se viraram e olharam. Mas Thor não podia ver nada além de folhas. Krohn rosnou de volta.

      O barulho ficou mais alto, mais persistente e, finalmente, os ramos começaram a farfalhar. Thor e os demais deram um passo para trás, puxando suas espadas e aguardaram, eles esperavam o pior.

      O que saiu de dentro da selva excedia até mesmo as piores expectativas de Thor. Parado ali, diante deles estava um enorme inseto, cinco vezes maior que Thor. Ele se assemelhava a um louva-deus, com as duas patas traseiras e suas duas patas dianteiras menores, as quais balançavam no ar e tinham longas pinças em suas extremidades. Seu corpo era de um verde fluorescente, estava coberto de escamas e possuía pequenas asas que zumbiam e vibravam. Ele tinha dois olhos no topo da cabeça e um terceiro olho na ponta do seu nariz. Ele se aproximou e revelou mais pinças escondidas debaixo de sua garganta, elas vibravam e estalavam.

      O inseto ficou ali, elevando-se sobre eles, outra garra saiu de seu estômago, era como um longo braço magro e saliente. De repente, antes que qualquer um deles pudesse reagir, ele estendeu uma garra e pegou O’Connor, suas três garras se estenderam e se enroscaram em torno da cintura dele. A criatura levantou O’Connor no ar, como se ele fosse uma folha.

      O’Connor balançou sua espada, mas estava longe de ser rápido o suficiente. A besta sacudiu-o várias vezes e de repente abriu a boca, revelando fileiras de dentes afiados, ela virou O’Connor para o lado e começou a baixá-lo em direção à boca.

      O’Connor gritou ao pressagiar uma morte dolorosa e instantânea.

      Thor reagiu. Sem pensar, ele colocou uma pedra em sua funda, mirou e atirou-a no terceiro olho do animal, bem na ponta do seu nariz.

      Foi um golpe direto. A criatura deu um grito estridente, um barulho horrível, alto o suficiente para rachar uma árvore. Então ela soltou O’Connor, ele deu uma cambalhota no ar e caiu no chão macio da floresta, com um baque.

      O animal, enfurecido, logo voltou sua atenção para Thor.

      Thor sabia que seria inútil tomar uma posição e lutar contra aquela criatura. Pelo menos um de seus irmãos acabaria morto e provavelmente, Krohn, também. A criatura iria esgotar qualquer preciosa energia que eles tivessem. Thor chegou à conclusão de que talvez eles tivessem invadido o território dela e que se eles pudessem sair dali rápido o suficiente, ela poderia simplesmente deixá-los em paz.

      “CORRAM!” Gritou Thor.

      Eles se viraram e correram e a criatura começou a persegui-los.

      Thor podia ouvir o som das garras do animal, logo atrás deles, cortando o ar e destroçando tudo através da folhagem densa; ele escapou de ter sua cabeça atingida por elas, por uns poucos metros. As folhas despedaçadas voavam pelo ar e caíam como a chuva em torno deles. Todos corriam em uníssono e Thor pensava que se eles pudessem ganhar distância suficiente, encontrariam uma maneira de se refugiar. Se não pudessem fazer isso, então eles teriam de tomar uma medida.

      Mas de repente, Reece escorregou ao lado dele, tropeçou em um ramo e caiu de cara na folhagem, Thor sabia que ele não iria se levantar a tempo. Thor parou ao lado deles, puxou a espada e ficou entre Reece e o animal.

      “CONTINUEM CORRENDO!” Thor gritou por cima do ombro para os outros, enquanto permanecia ali, pronto para defender

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