Um Voto De Glória . Морган Райс

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Um Voto De Glória  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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importar-lhe. Ele estava atormentado pelo fantasma de seu pai e mergulhado numa crescente raiva devido à partida de sua irmã. Suas emoções se agitavam dentro dele e ele tinha de desforrar-se com o mundo.

      Gareth tropeçava enquanto caminhava pelo centro do corredor em direção ao seu trono. Ele seguia através da vasta câmara sob o entorpecimento produzido pelo ópio. Dezenas de conselheiros permaneciam de pé, de cada lado do corredor, enquanto ele prosseguia. Sua corte tinha crescido e hoje a energia era frenética, já que mais e mais pessoas pareciam ter tomado conhecimento da notícia da partida da metade da Corte do Rei e de que o escudo estava inativo. Era como se qualquer um que tivesse permanecido na corte estivesse ali em busca de respostas.

      E Gareth, é claro, não tinha nenhuma.

      Gareth subiu pomposamente os degraus da escadaria de marfim que levava ao trono de seu pai. Logo ele viu Lorde Kultin parado pacientemente, de pé atrás do trono. Ele era o líder mercenário de sua força de combate privada, o único homem de confiança que restava na corte. Ao lado dele, havia dezenas de seus combatentes, de pé em silêncio, com as mãos sobre as suas espadas, prontos para lutar por Gareth até a morte. Isso era a única coisa que restava que dava a Gareth algum conforto.

      Gareth estava sentado em seu trono e examinava a sala. Havia tantos rostos, alguns que ele conhecia e muitos outros desconhecidos. Ele não confiava em nenhum deles. Todos os dias ele expurgava mais sua corte; ele já havia enviado tantos para as masmorras e muitos mais para o carrasco. Não passava um dia sem que ele mandasse matar pelo menos um punhado de homens. Ele pensava que era uma boa política: ele mantinha seus homens na linha e evitava que um golpe tomasse forma.

      A sala ficou em silêncio, todos olhavam para ele assombrados. Todos pareciam ter medo de falar. E era exatamente isso o que ele queria. Nada o emocionava mais que infundir medo em seus súditos.

      Finalmente, Aberthol avançou, seu bastão ecoava ao golpear o chão de pedra, ele limpou a garganta.

      “Majestade.” Ele começou a falar com sua voz antiga. “Estamos diante de um momento de grande confusão na corte. Eu não sei se as notícias já chegaram até Vossa Majestade: o escudo foi desativado; Gwendolyn deixou a corte e levou consigo Kolk, Brom, Kendrick, Atme, o Exército Prata, a Legião e metade de seu exército, juntamente com metade da Corte do Rei. Os que ficaram aqui recorrem a Vossa Majestade em busca de orientação e desejam saber qual será o próximo passo. As pessoas querem respostas, Majestade.”

      “Além disso…” Disse  outro membro do conselho, a quem  Gareth reconheceu vagamente. “… Se espalhou a notícia de que o Canyon já foi invadido. Há rumores de que Andronicus invadiu o lado McCloud do Anel, com o seu exército de um milhão de homens.”

      Um suspiro indignado espalhou-se por toda a sala; dezenas de bravos guerreiros sussurraram uns para os outros, invadidos pelo medo e um estado de pânico se espalhou como o fogo.

      “Isso não pode ser verdade!” Exclamou um dos soldados.

      “É verdade!” Insistiu o membro do conselho.

      “Então toda a esperança está perdida!” Gritou outro soldado. “Se os McClouds foram invadidos, então o Império virá para Corte do Rei logo depois. Não há nenhuma maneira de que nós possamos repelir o seu ataque.”

      “Nós devemos discutir os termos de nossa rendição, Majestade.” Aberthol disse para Gareth.

      “Rendição?” Gritou outro homem. “Nós nunca nos renderemos!”

      “Se nós não nos rendermos.” Gritou outro soldado. “Nós seremos aniquilados. Como poderemos enfrentar um milhão de homens?”

      A sala irrompeu em um murmúrio indignado, os soldados e os conselheiros discutiam uns com os outros, todos em completa desordem.

      O líder do conselho bateu com seu bastão de ferro no chão de pedra e gritou:

      “ORDEM!”

      Aos poucos, todos na sala se acalmaram. Todos os homens se viraram e olharam para ele.

      “Estas são todas decisões para serem tomadas por um rei, não por nós.” Disse um dos homens do conselho. “Gareth é o rei legítimo e não é de nossa incumbência discutir os termos da rendição, ou até mesmo se nós realmente nos renderemos.”

      Todos eles se voltaram para Gareth.

      “Majestade.” Aberthol disse demonstrando cansaço em sua voz. “Como propõe que lidemos com o exército do Império?”

      A sala caiu em um silêncio mortal.

      Gareth permaneceu sentado ali, olhando para os homens, querendo responder. Mas estava ficando cada vez mais difícil para ele pensar com clareza. Ele continuava a ouvir a voz do pai em sua cabeça, gritando com ele, como quando ele era criança. A voz o estava deixando louco, ela simplesmente não ia embora.

      Gareth estendeu a mão e arranhou o braço de madeira do trono, uma e outra vez. O som de suas unhas arranhando era o único que se ouvia na sala.

      Os membros do conselho trocaram um olhar preocupado.

      “Meu soberano.” Outro conselheiro interpelou. “Se Vossa Majestade optar por não se render, então devemos fortalecer a corte imediatamente. Devemos proteger todas as entradas, todos os caminhos, todos os portões. Temos de convocar todos os soldados, preparar as defesas. Devemos nos preparar para um cerco, armazenar comida e ração, proteger os nossos cidadãos. Há muito a ser feito. Por favor, meu senhor. Dê-nos instruções. Diga-nos o que fazer.”

      Mais uma vez, a sala ficou em silêncio enquanto todos os olhos permaneceram fixos em Gareth.

      Finalmente, Gareth levantou o queixo e olhou para eles.

      “Nós não lutaremos contra o Império.” Declarou ele. “Tampouco vamos nos entregar.”

      Todos na sala se entreolharam, confusos.

      “Então o que devemos fazer, Majestade?” Perguntou Aberthol.

      Gareth pigarreou.

      “Nós vamos matar Gwendolyn!” Declarou ele. “Isso é tudo o que me importa agora.”

      O que seguiu foi um silêncio chocante.

      “Gwendolyn?” Um conselheiro exclamou perplexo, enquanto todos na sala irromperam em outro murmúrio de surpresa.

      “Nós enviaremos todas as nossas forças atrás dela, para matá-la junto com todos aqueles que a acompanharam, antes que eles cheguem a Silésia.” Gareth anunciou.

      “Mas, Majestade, como isso nos ajudaria? “Um conselheiro indagou. “Se nos aventurarmos a sair para atacá-la, estaremos unicamente expondo as nossas forças. Todos os nossos homens seriam cercados e massacrados pelo Império.”

      “Isso também deixaria Corte do Rei vulnerável diante de um ataque!” Gritou outro. “Se nós não vamos nos render, devemos fortalecer Corte do Rei imediatamente!”

      Um grupo de homens gritou em concordância.

      Gareth virou-se e olhou para o conselheiro, seu olhar era frio.

      “Nós usaremos todos os homens que tivermos para matar a minha irmã!” Disse ele sombriamente. “Não pouparemos nem sequer um!”

      A

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