Uma Carga de Valor . Морган Райс

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Uma Carga de Valor  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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dos dedos de Thor ficaram brancos quando ele apertou o punho da espada, querendo mais do que nunca matar o rapaz. Os olhos de Drake seguiam suas mãos.

      “Faça isso.” Drake disse. “Vamos, mate-me. Faça isso de uma vez por todas.”

      Thor olhou longa e duramente para ele, louco de vontade de matá-lo. Mas ele tinha dado sua palavra. Se Drake contasse a verdade, ele não iria matá-lo. E Thor sempre era fiel a sua palavra.

      “Eu não vou matá-lo.” Thor disse finalmente. “Por mais que você mereça. Você não vai morrer por minhas mãos, se eu agisse assim, eu seria tão baixo como você.”

      Quando Thor começou a virar-se, Conven correu e gritou:

      “Isto é por meu irmão!”

      Antes que qualquer um deles pudesse reagir, Conven levantou a espada e traspassou o coração de Drake. Os olhos de Conven se iluminaram com loucura e com pesar, enquanto ele segurava Drake em um abraço mortal e assistia a queda do corpo inerte de Drake no chão, já sem vida.

      Thor olhou para baixo e sabia que a morte de Drake seria de pouco consolo para a perda de Conven. Por toda a sua perda. Mas, pelo menos, era algo.

      Thor olhou para a vasta extensão do deserto diante deles e sabia que a espada estava em algum lugar além de suas fronteiras. Ela parecia estar a um planeta de distância. Justo quando Thor pensou que sua jornada estava completa, ele percebeu que ela ainda não tinha nem sequer começado.

      CAPÍTULO TRÊS

      Erec estava sentado entre as dezenas de cavaleiros do Duque, no salão de armas dentro do castelo, seguros atrás dos portões de Savária. Todos eles estavam machucados e surrados de seu encontro com aqueles monstros. Ao seu lado estava sentado seu amigo Brandt, o qual segurava a cabeça entre as mãos, tal como faziam muitos outros. O ambiente na sala era triste.

      Erec sentia isso também. Cada músculo de seu corpo doía devido àquele dia de batalha contra aqueles monstros, junto com os homens do lorde. Tinha sido um dos dias de batalha mais difíceis que Erec podia lembrar e o Duque tinha perdido muitos homens. Enquanto Erec refletia, ele percebeu que se não fosse por Alistair, ele, Brandt e os outros já estariam mortos.

      Erec estava cheio de gratidão a ela, além disso, ele sentia seu amor renovado. Ele também estava intrigado por ela, mais do que já tinha estado. Ele sempre tinha sentido que ela era especial, até mesmo poderosa. Mas os acontecimentos daquele dia tinham lhe confirmado isso. Ele tinha um ardente desejo de saber mais sobre quem ela realmente era e sobre o segredo de sua linhagem. Mas ele havia prometido não intrometer-se e ele sempre mantinha a sua palavra.

      Erec mal podia esperar que aquela reunião terminasse, para que ele pudesse vê-la novamente.

      Os cavaleiros do Duque tinham estado sentados ali por horas, se recuperando, tentando descobrir o que tinha acontecido e discutindo sobre o que fazer a seguir. O escudo estava inativo e Erec ainda estava tentando concluir quais seriam as derivações que isso poderia ter. Isso significava que Savária agora estava sujeita a ataques; pior ainda, mensageiros haviam chegado e transmitido as notícias da invasão de Andronicus e do que tinha acontecido na Corte do Rei em Silésia. O coração de Erec estava apertado. Seu coração o impelia a estar com seus irmãos do Exército Prata, para defender as suas cidades de origem. Mas ali estava ele, em Savária, onde o destino o havia colocado. Sua presença era necessária ali também, afinal a cidade e o povo do Duque eram uma parte estratégica do império MacGil e eles também precisavam defender-se.

      Mas novos relatórios chegavam constantemente informando que Andronicus enviaria um de seus batalhões ali, para atacar Savária. Erec sabia que os milhões de homens do exército dele logo se espalhariam por cada canto do Anel. Quando isso fosse feito, Andronicus não deixaria nada em pé. Erec tinha ouvido histórias das conquistas dele durante toda sua vida; ele sabia que Andronicus era um homem cruel, sem igual. Pelas simples leis matemáticas, algumas centenas de homens do Duque seriam incapazes de levantar-se contra eles. Savária era uma cidade condenada.

      “Eu digo que nos rendamos.” Disse o conselheiro do Duque, um velho guerreiro grisalho que estava sentado meio arriado sobre uma longa mesa retangular de madeira e perdido em uma caneca de cerveja. Ele bateu sua luva de metal contra a madeira e todos os outros soldados se acalmaram e olharam para ele.

      “Que escolha nós temos?” Acrescentou. “Nós não somos mais do que apenas algumas centenas, contra um milhão deles.”

      “Talvez nós possamos defender, ou pelo menos manter a cidade.” Disse outro soldado.

      “Mas por quanto tempo?” Perguntou outro.

      “Tempo suficiente para que MacGil envie reforços, se é que podemos aguentar o tempo suficiente.”

      “MacGil está morto.” Respondeu outro guerreiro. “Ninguém virá nos ajudar.”

      “Mas sua filha vive.” Outro rebateu. “E seus homens também. Eles não nos abandonariam aqui!”

      “Eles mal podem defender a si mesmos!” Protestou outro.

      Os homens irromperam em murmúrios agitados, todos discutindo entre si, falando uns para os outros, dando voltas e voltas em círculos.

      Erec ficou sentado ali observando tudo, sentindo-se esgotado. Um mensageiro havia chegado há algumas horas e tinha dado a terrível notícia sobre a invasão de Andronicus. Além disso, ele recebia naquele exato momento, uma notícia ainda pior: o Rei MacGil havia sido assassinado. Erec tinha estado longe da Corte do Rei por tanto tempo, aquela era primeira vez que ele recebia notícias. Ao recebê-las, ele sentiu como se um punhal tivesse atravessado seu coração. Ele tinha amado MacGil como um pai e sua perda deixou-o sentindo-se mais vazio do que ele jamais poderia expressar.

      A sala ficou em silêncio, o Duque pigarreou e todos os olhos se voltaram para ele.

      “Nós podemos defender nossa cidade contra um ataque.” Disse o Duque lentamente. “Com nossas habilidades e a força dessas paredes, podemos aguentar um exército até cinco vezes superior a nós em número, talvez um exército até dez vezes maior que o nosso. E temos provisões suficientes para resistir a um cerco por semanas. Se estivéssemos lutando contra um exército comum, com certeza nós ganharíamos.”

      Ele suspirou.

      “Mas o Império se jacta de não ser um exército qualquer.” Acrescentou. “Nós não podemos nos defender de um milhão de homens. Seria inútil.”

      Ele fez uma pausa.

      “Tudo menos render-se. Todos nós sabemos o que Andronicus faz com seus prisioneiros. Eu sei que todos nós vamos morrer de um jeito ou de outro. A questão é se nós morreremos de pé, lutando, ou se morreremos derrotados sobre nossas costas. Eu digo que nós morramos de pé, lutando!”

      A sala explodiu em um grito de aprovação. Erec concordava totalmente com aquelas palavras.

      “Então só nos resta uma coisa a fazer.” Continuou o Duque. “Nós vamos defender Savária. Nós nunca nos renderemos. Pode ser que morramos, mas todos nós morreremos juntos.”

      A sala foi mergulhada em um silêncio pesado enquanto todos acenavam solenemente uns para os outros. Parecia que todos buscavam outra resposta.

      “Há outra possibilidade.” Finalmente Erec disse em voz alta.

      Ele podia sentir todos os olhos se virarem e olhar

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