Uma Carga de Valor . Морган Райс

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Uma Carga de Valor  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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balançou a cabeça tristemente.

      “Eu tenho medo.” Disse ela.

      “Do exército que se aproxima?” Ele perguntou.

      “Não.” Ela disse voltando-se para ele. “Eu tenho medo de você.”

      Erec olhou para ela, confuso.

      “Eu tenho medo do que você possa pensar de mim agora.” Disse ela. “Depois que você viu o que aconteceu no campo de batalha.”

      Erec abanou sua cabeça.

      “Eu não penso em você de forma diferente, de modo algum.” Disse ele. “Você salvou a minha vida e eu estou muito grato por isso.”

      Ela balançou a cabeça.

      “Mas você também viu um lado diferente de mim.” Disse ela. “Você viu que eu não sou normal. Eu não sou como todo mundo. Eu tenho um poder dentro de mim que eu não entendo. E agora eu temo que você me considere como uma espécie de monstro. Uma mulher que você já não quer como esposa.”

      O coração de Erec ficou partido ao ouvir as palavras dela. Ele deu um passo à frente, tomou as mãos dela firmemente entre as suas e olhou nos olhos dela com toda a seriedade que ele pôde conseguir reunir.

      “Alistair.” Disse ele. “Eu a amo com toda a minha alma. Nunca houve uma mulher que eu amasse mais. E nunca haverá. Eu a amo por tudo o que você é. Eu não vejo você de maneira diferente de nenhuma outra pessoa. Seja qual for o poder que você tiver, seja você quem for – mesmo que eu não entenda, eu aceito tudo isso. Sou grato por tudo isso. Eu jurei não me intrometer e vou manter essa promessa. Eu nunca vou lhe perguntar nada. “Seja quem você for, eu a aceitarei tal como você é.”

      Ela o fitou por um longo tempo, então lentamente abriu um sorriso e seus olhos se encheram de lágrimas de alívio e alegria. Ela virou-se e abraçou-o, abraçou fortemente, abraçou-o com toda a força que ela tinha.

      Ela sussurrou no ouvido dele: “Volte para mim.”

      CAPÍTULO QUATRO

      Gareth estava à beira da caverna, observando o sol se pôr enquanto esperava. Ele lambeu os lábios secos e tentou se concentrar, os efeitos do ópio finalmente estavam passando. Ele estava tonto e não tinha bebido ou comido por dias. Gareth pensou novamente em sua ousada fuga do castelo, quando ele se esgueirou pela passagem secreta atrás da lareira e escapou bem antes que Lord Kultin tentasse emboscá-lo, ele sorriu. Kultin tinha sido inteligente em seu golpe, mas Gareth tinha sido mais esperto. Como todo mundo, ele tinha subestimado Gareth; ele não tinha percebido que os espiões de Gareth estavam por toda parte e que ele tinha sido informado sobre sua trama, quase que instantaneamente.

      Gareth tinha escapado a tempo, bem antes que Kultin o emboscasse e antes que Andronicus invadisse a Corte do Rei e a devastasse. Lorde Kultin tinha lhe feito um enorme favor.

      Gareth tinha seguido as antigas passagens secretas que levavam ao exterior do castelo, elas davam várias voltas abaixo do solo e finalmente o conduziram para fora, para o campo. Ele emergiu em uma vila remota a quilômetros da Corte do Rei. Ele tinha saído perto daquela caverna e tinha se derrubado logo depois de chegar a ela. Ele dormiu durante todo o dia, encolhido e tremendo de frio no ar implacável do inverno. Ele desejou ter trazido mais camadas de roupas.

      Desperto, Gareth agachou-se e viu ao longe, uma pequena aldeia agrícola; Havia um punhado de choupanas e a fumaça subia de suas chaminés. Havia soldados de Andronicus por todas as partes, marchando através da aldeia e do campo. Gareth esperou pacientemente até que eles se dispersassem. Seu estômago doía de fome e ele sabia que precisava chegar até uma daquelas casas. Ele podia sentir o cheiro da comida cozinhando, ali mesmo onde estava.

      Gareth correu para fora da caverna, olhando para todos os lados, respirando com dificuldade, agitado e com medo. Ele não tinha se exercitado nos últimos anos e estava ofegante com o esforço; isso o fez perceber o quão magro e doente ele tinha se tornado. O ferimento em sua cabeça, onde sua mãe o tinha atingido com o busto, latejava. Se ele sobrevivesse a tudo aquilo, ele jurou que a mataria com suas próprias mãos.

      Gareth correu para a aldeia, ele teve a sorte de escapar de ser detectado pelos poucos soldados do Império, os quais estavam com as costas viradas para ele. Ele correu para a primeira casa que viu, uma casa simples, de um só cômodo, idêntica as demais, um brilho cálido provinha do seu interior. Ele viu uma jovem adolescente, talvez de sua idade, caminhando através da porta aberta com uns pedaços de carne empilhados em um prato. Ela sorria e estava acompanhada por uma menina mais nova que talvez fosse sua irmã e tivesse uns dez anos. Ele decidiu que aquele era o lugar.

      Gareth irrompeu pela porta junto com elas, acompanhando-as e batendo a porta atrás de si. Ele agarrou a menina mais nova por trás e passou o braço em volta do pescoço dela. A menina gritou quando Gareth puxou um punhal da cintura e segurou-o contra a garganta dela. A garota mais velha deixou cair o prato de comida.

      Ela gritou e exclamou.

      “PAPAI!”

      Gareth virou-se e olhou ao redor da casa aconchegante, iluminada pela luz de velas e envolta no cheiro da comida. Então ele viu, além da adolescente, a mãe e o pai, de pé ao lado de uma mesa, olhando para ele com os olhos arregalados de medo e raiva.

      “Permaneçam atrás e assim eu não a matarei!” Gareth gritou desesperado, afastando-se deles e segurando a jovem firmemente.

      “Quem é você?” A jovem adolescente perguntou. “Meu nome é Sarka. O nome de minha irmã é Larka. Nós somos uma família pacífica. O que você quer com minha irmã? Deixe-a em paz!”

      “Eu sei quem você é.” O pai olhou para ele em sinal de desaprovação. “Você é o ex-rei. O filho de MacGil.”

      “Eu ainda sou Rei.” Gareth gritou. “E vocês são meus súditos. Vocês vão fazer o que eu disser!”

      O pai franziu o cenho para ele.

      “Se você é o rei, onde está seu exército?” Ele perguntou. “E se você é o rei, qual é o seu interesse ao tomar como refém uma jovem menina inocente, com um punhal real? Talvez o mesmo punhal real que usou para matar o seu próprio pai?” O homem disse com desprezo. “Eu ouvi os rumores.”

      “Você tem uma língua afiada.” Gareth disse. “Continue falando e eu mato sua filha.”

      O pai engoliu em seco, arregalando os olhos com medo, logo ele ficou em silêncio.

      “O que quer de nós?” A mãe gritou.

      “Comida.” Gareth disse. “E abrigo. Alertem os soldados de minha presença e eu prometo que matarei a menina. Nada de truques, vocês entendem? Vocês me deixam ficar e ela viverá. Eu quero passar a noite aqui. Você, Sarka, traga-me aquele prato de carne. E você, mulher, atice o fogo e traga-me um manto para cobrir meus ombros. Movam-se devagar!” Alertou ele.

      Gareth viu quando o pai acenou com a cabeça para a mãe. Sarka colocou a carne de volta no seu prato, enquanto a mãe se aproximou com um manto grosso e o colocou sobre os ombros dele. Gareth, ainda tremendo, retrocedeu lentamente em direção à lareira, logo o calor do fogo aqueceu suas costas quando ele se sentou no chão ao lado dela, agarrando Larka com força. A menina ainda estava chorando. Sarka aproximou-se com o prato.

      “Sente-se no chão ao meu lado!” Gareth ordenou. “Lentamente!”

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