Um Céu De Feitiços . Морган Райс

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Um Céu De Feitiços  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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olha pra frente, e vê o Anel, – o continente, poucos metros à sua frente – se ela conseguir chegar até lá. Apenas mais alguns metros. Se ela ao menos conseguir atravessar a fronteira, talvez, apenas talvez, o Escudo seja reativado e a salve.

      Os homens se aproximam dela enquanto ela dá os passos finais. O som dos cavalos é ensurdecedor em seus ouvidos, e ela sente o cheiro do suor dos cavalos e dos homens. Ela se prepara, esperando que a ponta de uma das lanças perfure suas costas a qualquer momento. Eles estão muito perto, mas ela também está quase lá.

      Em um último ato de desespero, Luanda mergulha ao ver um soldado levantar a mão empunhando uma lança atrás dela. Ela cai no chão dando uma cambalhota. Com o canto do olho, ela vê a lança atravessando o ar, indo diretamente até ela.

      No entanto, assim que Luanda cruza a ponte, desembarcando no continente do Anel, de repente, atrás dela, o Escudo é ativado novamente. A lança, centímetros atrás dela, se desintegra no ar. E atrás da lança, todos os soldados na ponte gritam, levantando as mãos para o rosto, enquanto entram em chamas, se desintegrando.

      Em momentos, todos eles são apenas montes de cinzas.

      Do outro lado da ponte Romulus fica de pé, assistindo a tudo. Ele grita e bate no peito. É um grito de agonia. Um grito de alguém que havia sido derrotado. Vencido.

      Luanda permanece ali, respirando com dificuldade, em estado de choque. Ela se inclina e beija o solo diante dela. Em seguida, ela joga a cabeça para trás e ri com prazer.

      Ela havia conseguido – estava em segurança.

      CAPÍTULO SEIS

      Thorgrin está em pé na clareira, de frente para Andronicus, cercado por ambos os exércitos. Eles ficam parados, observando enquanto pai e filho se enfrentam mais uma vez. Andronicus fica lá em toda a sua glória, elevando-se sobre Thor, empunhando um enorme machado em uma mão e uma espada na outra. Enquanto Thor o encara, ele se esforça para respirar lenta e profundamente, controlando suas emoções. Thor precisa se controlar, se concentrar para lutar contra aquele homem da mesma forma que faria contra qualquer outro inimigo. Ele precisa dizer a si mesmo que não está diante de seu pai, mas em frente ao seu pior inimigo. O homem que havia machucado Gwendolyn; o homem que tinha machucado todos os seus compatriotas; o homem tinha feito uma lavagem cerebral nele. Um homem que merece morrer.

      Com Rafi morto, Argon de volta no controle, todos os mortos-vivos de volta nas profundezas da terra, não há mais como adiar o confronto final, a batalha de Andronicus com Thorgrin. Esta seria a batalha que determinaria o destino da guerra. Thor não pretende deixar que ele escape – não desta vez. Andronicus, finalmente encurralado, parece disposto a enfrentar seu filho.

      "Thorgrin, você é meu filho," Andronicus diz com a voz baixa. "Eu não quero machucá-lo."

      "Mas eu quero matar você," Thor responde, recusando-se a ceder aos jogos mentais  de Andronicus.

      "Thorgrin, meu filho," Andronicus repete, quando Thor dá um passo cauteloso na direção dele, "eu não quero te matar. Abaixe suas armas e junte-se a mim. Junte-se a mim como você tinha feito antes. Você é meu filho. Você não é filho deles. Você carrega o meu sangue em suas veias, e não o deles. Minha pátria é a sua terra natal; o Anel é apenas um lugar que você adotou. Você faz parte do meu povo. Essas pessoas não significam nada para você. Venha para casa. Volte para o Império. Permita-me ser o pai que você sempre quis. E torne-se o filho que eu sempre quis que você fosse.

      "Eu não lutarei contra você," Andronicus fala, finalmente, abaixando seu machado.

      Thor acredita ter ouvido o suficiente. Ele precisa tomar uma atitude agora, antes que ele permita que sua mente seja influenciada por aquele monstro.

      Thor deixa escapar um grito de guerra, levanta a espada e ataca, trazendo-a para baixo com ambas as mãos visando acertar a cabeça de Andronicus.

      Andronicus olha com surpresa e, então, no último segundo, ele se abaixa, pega o machado do chão e bloqueia o golpe de Thor.

      Faíscas voam da espada de Thor quando as duas armas se encontram a centímetros de distância, e os dois gemem enquanto Andronicus detém o golpe de Thor.

      "Thorgrin," diz Andronicus, "sua força é grande. Mas é a minha força. Eu lhe dei esse poder. Meu sangue corre em suas veias. Pare com essa loucura, e junte-se a mim!"

      Andronicus empurra Thor para trás, e Thor cambaleia.

      "Nunca!" Thor grita, desafiante. "Eu nunca vou voltar para você. Você não é um pai para mim. Você é um estranho. Você não merece ser meu pai!"

      Thor ataca novamente, gritando e golpeando mais uma vez com sua espada. Andronicus bloqueia o golpe e Thor, esperando por isso, rapidamente vira a sua espada e corta o braço de Andronicus.

      Andronicus grita quando o sangue esguicha de seu braço. Ele tropeça e olha para Thor com descrença, esticando o braço para tocar sua ferida e, em seguida, examina o sangue em sua mão.

      "Você quer me matar," Andronicus diz, como se estivesse finalmente percebendo aquilo. "Depois de tudo que eu fiz por você."

      "Eu certamente quero," Thorgrin responde.

      Andronicus o analisa, como se estivesse olhando para um estranho, e logo seu olhar se transforma – de um olhar de curiosidade e decepção em um olhar de raiva.

      "Então, você não é meu filho!" Ele grita. "O Grande Andronicus não pede duas vezes!"

      Andronicus jogou a espada longe, ergue o machado de batalha com as duas mãos, soltando um grande grito, e parte para cima de Thor. Finalmente, a batalha começa.

      Thor ergue a espada para bloquear o golpe, mas o golpe de Andronicus é tão forte que, ao se chocar com a espada de Thor, ele a parte ao meio.

      Thor improvisa rapidamente, desviando do golpe – que passa a apenas alguns centímetros dele, tão perto que ele pode sentir o vento passando pelo seu ombro. Seu pai tem uma tremenda força, mais forte do que qualquer guerreiro que ele já havia enfrentado, – e Thor sabe que aquela luta não será fácil. Seu pai também é rápido, uma combinação mortal. E agora Thor não tem nenhuma arma.

      Andronicus vira novamente sem hesitar golpeando dos dois lados, com o objetivo de cortar Thor pela metade.

      Thor salta no ar, por cima da cabeça de Andronicus, dando uma cambalhota e usando seus poderes para pegar um impulso. Ele caiu em pé atrás de Andronicus, se abaixa e pega a espada de seu pai no chão, girando o corpo de dando um golpe nas costas de seu pai.

      Mas para surpresa de Thor, Andronicus é rápido, e está preparado. Ele se vira e bloqueia mais este golpe. Thor sente o impacto de metal contra metal ressoar por todo o corpo. A espada de Andronicus resiste; ela é mais forte do que a sua havia sido. É estranho segurar a espada de seu pai, especialmente quando está lutando com a intenção de matá-lo.

      Thor dá mais um golpe, tentando acertar o ombro de Andronicus. Andronicus bloqueia o ataque, e revida com outro golpe.

      Eles ficam se alternando, ataque e bloqueio, Thor faz com que Andronicus recue, e Andronicus, por sua vez, também leva Thor a fazer o mesmo. Faíscas voam quando as se encontram, brilhando sob a luz, e o barulho do confronto ressoa pelo campo de batalha enquanto os dois exércitos assistem

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