Um Sonho de Mortais . Морган Райс

Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Um Sonho de Mortais - Морган Райс страница 8

Um Sonho de Mortais  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

Скачать книгу

frustrado e ponderando suas opções, mas ele não recua. Em vez disso, ele faz um gesto para seus homens e ela pode vê-los se preparando para o próximo ataque.

      Volúsia acena para Vokin e ele faz um gesto para os seus homens. Dezenas de Voks se adiantam e, alinhados, levantam as mãos acima de suas cabeças com as palmas de suas mãos voltadas na direção de seus oponentes. Um momento depois, dezenas de esferas verdes preenchem o céu, subindo na direção das paredes da Capital.

      Volúsia assiste com grande expectativa, esperando que as paredes sejam destruídas, à espera de ver todos os homens do Império caindo aos seus pés para que a Capital finalmente seja dela. Ela está ansiosa para sentar-se no trono, mas observa com surpresa e consternação quando as esferas de luz verde ricocheteiam nas paredes de capital sem causar danos e, em seguida, desaparecem em flashes brilhantes de luz. Ela não consegue entender: elas são ineficazes.

      Volúsia olha para Vokin, que também se mostra perplexo.

      O comandante do Império, em cima dos muros da Capital, começa a rir.

      "Você não é a única pessoa com acesso a feitiçaria," ele diz. "Os muros da Capital não podem ser derrubados por qualquer tipo de mágica, eles têm resistido ao teste do tempo por milhares de anos, repelindo bárbaros e exércitos maiores do que o seu. Não há mágica capaz de derrubá-los, somente mãos humanas."

      Ele abre um largo sorriso.

      "Então você vê," ele acrescenta, "você está cometendo o mesmo erro que tantos outros pretensos conquistadores antes de você. Você pretendia usar feitiçaria na abordagem desta capital e agora você vai pagar o preço por isso."

      Trombetas soam ao longo dos parapeitos e Volúsia fica chocada ao ver um exército de soldados surgindo no horizonte. Eles preenchem o horizonte com a cor preta, centenas de milhares deles, um vasto exército, maior até do que as forças que Volúsia tem atrás de si. Eles claramente haviam esperado além do muro no lado mais distante da Capital, no meio do deserto, pela ordem do comandante do Império. Ela não tinha acabado de entrar em outra batalha – aquela será uma verdadeira guerra.

      Outra trombeta soa e, de repente, as enormes portas douradas diante dela começam a se abrir. Elas abrem cada vez mais e, então, um grande grito de guerra corta o ar quando milhares de outros soldados do Império surgem, partindo para cima de Volúsia e seu exército.

      Ao mesmo tempo, as centenas de milhares de soldados no horizonte também começam a avançar, dividindo suas forças em torno da capital do Império e atacando-os de ambos os lados.

      Volúsia mantém-se firme, levanta um único braço e, em seguida, volta a abaixá-lo.

      Atrás dela, seu exército emite um grande grito de guerra e começa a correr ao encontro dos homens do Império.

      Volúsia sabe que aquela será a batalha que decidirá o destino da Capital e até mesmo o destino do próprio Império. Seus feiticeiros a tinham decepcionado, mas seus soldados não o farão. Afinal, ela pode ser mais brutal do que qualquer outro homem e não precisa de feitiçaria para atingir seus objetivos.

      Ela vê os homens aproximando-se dela e mantém sua posição, pronta para matar ou morrer.

      CAPÍTULO SEIS

      Gwendolyn abre os olhos ao bater a cabeça e observa os seus arredores, sentindo-se desorientada. Ela percebe que está deitada de lado em uma plataforma de madeira dura e que o mundo está se movendo ao seu redor. Gwen ouve um lamento e sente algo molhado em sua bochecha. Ao olhar para o lado, ela vê Krohn deitado ao seu lado, lambendo-a, e seu coração se enche de alegria. Krohn parece doente, faminto e exausto, mas ao menos ele está vivo. Isso é tudo o que importa. Ele também havia sobrevivido.

      Gwen lambe os lábios e percebe que eles não estão tão secos quanto antes; ela fica aliviada por ser capaz de lambê-los, pois sua língua tinha estado muito inchada até mesmo que ela a movesse. Ela sente uma corrente de água fria entrar em sua boca e ela observa pelo canto do olho um daqueles nômades do deserto parado sobre ela, segurando um saco e acima dela. Ela engole a água avidamente, dando vários goles, até que ele começa a se afastar.

      Quando ele afasta a mão, Gwen estende o braço, agarra o seu pulso e o dirige para Krohn. No início, o nômade parece perplexo, mas então ele percebe e, estendendo o braço, derrama um pouco de água na boca de Krohn. Gwen se sente aliviada enquanto observa Krohn absorver a água, bebendo enquanto continua deitado, ofegante, ao lado dela.

      Gwen sente outra sacudida, bate a cabeça na plataforma outra vez e, ao olhar para cima, não vê nada além de nuvens passando pelo céu à sua frente. Ela sente seu corpo sendo erguido cada vez mais alto a cada solavanco e não consegue entender o que está acontecendo ou onde ela se encontra. Ela não tem a forças para se sentar, mas é capaz de erguer seu pescoço o suficiente para ver que está deitada sobre uma plataforma de madeira larga que é içada por cordas em cada uma de suas extremidades. Alguém diante dela está puxando as cordas e, a cada puxão, a plataforma sobe um pouco mais. Ela está sendo levada pela lateral de penhascos íngremes que parecem não ter fim, os mesmos penhascos que ela se lembra de ter visto antes de desmaiar, falésias coroadas por parapeitos e cavaleiros reluzentes.

      Gwen se esforça para esticar o pescoço e, ao olhar para baixo, ela imediatamente se sente tonta. Eles estão a dezenas de metros acima do chão do deserto e continuam subindo.

      Gwendolyn volta a olhar para cima e vê os parapeitos a trinta metros de distância, sua visão obscurecida pelo sol, e os cavaleiros olhando para baixo, chegando mais perto a cada puxão das cordas. Gwen imediatamente se vira e, ao examinar a plataforma, é inundada de alívio ao ver que todo o seu povo ainda está com ela: Kendrick, Sandara, Steffen, Arliss, Aberthol, Illepra, a bebê Krea, Stara, Brant, Atme, e vários cavaleiros da Prata. Todos eles estão na plataforma, sendo atendido por nômades que derramam água em suas bocas e rostos. Gwen sente uma onda de gratidão para com aquelas estranhas criaturas que haviam salvado as suas vidas.

      Gwen fecha os olhos novamente, deita a cabeça sobre a madeira dura com Krohn aninhado ao seu lado e tem a sensação de que sua cabeça pesa centenas de quilos. Ao seu redor, um silêncio confortável preenche o ar, sem qualquer som ali em cima exceto o do vento e das cordas rangendo. Ela já tinha viajado muito, por um longo tempo, e começa a se perguntar quando tudo aquilo chegará ao fim. Logo eles chegarão ao topo e ela só torce para que os cavaleiros, quem quer que fossem, sejam tão hospitaleiros como aqueles nômades do deserto.

      A cada puxão, os sóis ficam mais fortes e mais quentes, sem sombra sob a qual eles possam se esconder. Ela tem a sensação de estar queimando, como se estivesse sendo içada até o núcleo do próprio sol.

      Gwendolyn abre os olhos ao sentir um solavanco final e percebe que tinha caído no sono novamente. Ela sente um movimento repentino e percebe que está sendo cautelosamente carregada pelos nômades, que colocam ela e seu povo de volta nas lonas, tirando-os da plataforma, e sendo levada até os parapeitos. Gwendolyn sente-se finalmente sendo suavemente colocada em um chão de pedra e olha para cima, piscando várias vezes contra a claridade do sol. Ela está exausta demais para levantar seu pescoço e não tem certeza se ela ainda está acordada ou se está sonhando.

      Dezenas de cavaleiros vestindo cotas de malha e lindas armaduras brilhantes começam a surgir, aproximam-se dela e se reúnem ao seu redor, olhando-a com curiosidade. Gwen não consegue entender como aqueles cavaleiros podem estar ali, naquele grande deserto no meio do nada, como eles podem estar montando guarda na parte superior daquele imenso cume, sob a constante presença dos dois sóis. Como eles sobrevivem ali? O que eles estão protegendo? Onde eles haviam

Скачать книгу