Em Busca de Heróis . Морган Райс

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Em Busca de Heróis  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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via-o afastar-se, perplexo. Era um encontro tão estonteante e misterioso e tudo estava sucedendo tão rápido. Ele decidiu que não podia deixar que Argon fosse embora e apressou-se em ir atrás dele.

      “O que está fazendo aqui?” Thor perguntou, apressando o passo para alcançá-lo. Argon, usando seu cajado, uma coisa de marfim antiga, caminhava incrivelmente rápido. “O senhor não estava esperando por mim, estava?”

      “Por quem mais?” Perguntou Argon.

      Thor apressou-se em alcançá-lo, seguindo-o pelo bosque, deixando atrás a clareira.

      “Mas por que eu? Como sabia que eu estaria aqui? O que quer de mim?”

      “São perguntas demais.” Disse Argon. “Você satura o ar. Em lugar disso, você deveria ouvir.”

      Thor o seguia, quando eles continuaram através do denso bosque, fazendo o melhor que podia para permanecer em silêncio.

      “Você veio em busca de sua ovelha perdida.” Argon falou. “Um esforço nobre. Mas você perdeu seu tempo. Ela não sobreviverá.”

      Os olhos de Thor se arregalaram.

      “Como sabe isso?”

      “Eu conheço mundos que você jamais conhecerá garoto. Pelo menos não ainda.”

      Thor se perguntava muitas coisas enquanto caminhava para acompanhá-lo.

      “No entanto, você não escuta. Essa é sua natureza. Teimoso. Como sua mãe. Você continuará buscando sua ovelha, determinado a regatá-la.”

      Thor enrubesceu, já que Argon tinha lido os seus pensamentos.

      “Você é um garoto entusiasta.” Ele acrescentou. “Com uma vontade de ferro. Muito valente. Qualidades positivas. Mas um dia elas poderão ser a sua ruína.”

      Argon começou a caminhar até uma ladeira musgosa, seguido por Thor.

      “Você quer se juntar a Legião do rei.” Disse Argon.

      “Sim!” Thor respondeu, animadamente. “Eu tenho alguma chance? O senhor pode fazer com que isso aconteça?”

      Argon riu com um som profundo e ecoante que enviou um arrepio pela espinha de Thor.

      “Eu posso fazer com que tudo e nada aconteça. Seu destino já estava escrito. Porém depende de você escolhê-lo.”

      Thor não compreendia.

      Eles chegaram ao topo da ladeira, onde Argon parou e encarou-o. Thor ficou apenas a alguns passos de distância e a energia de Argon queimava através dele.

      “Seu destino é um destino importante.” Ele disse. “Não o abandone.”

      Thor arregalou os olhos. Seu destino? Importante? Ele sentiu encher-se de orgulho.

      “Eu não entendo, o senhor fala por enigmas. Por favor, conte-me mais.”

      Argon desapareceu.

      Thor ficou de queixo caído. Ele olhava para cada um dos caminhos, ouvindo, perguntando-se. Tinha ele imaginado tudo? Havia sido uma ilusão?

      Thor voltou-se e examinou o bosque; desde sua posição vantajosa, de cima da ladeira, ele podia enxergar mais longe que antes. Quando ele olhou, detectou movimento à distância. Ele ouviu um barulho e estava seguro de que era sua ovelha.

      Ele caminhava com dificuldade na ladeira musgosa e apressou-se em direção do som, de volta ao bosque. Enquanto ele seguia, não podia interpretar seu encontro com Argon. Mal podia conceber que isso havia acontecido. O que o Druida do rei estava fazendo ali, naquele lugar? Ele tinha esperado por ele. Mas por quê? E o que ele quis dizer sobre o seu destino?

      Quanto mais Thor tentava desvendar isso, menos ele entendia. Argon havia lhe avisado para não continuar, ao mesmo tempo em que o incitou a fazer isso. Agora, ao prosseguir Thor tinha um forte pressentimento, era como se algo importante estivesse para acontecer.

      Ele virou uma curva e parou em seco na trilha, ao deparar com a vista diante dele. Todos os seus piores pesadelos foram confirmados em um único momento. Estava de cabelo em pé, percebeu que ele tinha cometido um erro grave a entrar tão profundamente em Darkwood.

      Em frente dele, a escassos trinta passos de distância, estava um Sybold. Vigoroso, musculoso, de pé sobre as quatro patas, quase do tamanho de um cavalo, era o animal mais temido de Darkwood, talvez até de todo o reino. Thor nunca tinha visto um, Mas tinha ouvido as lendas. Se parecia a um leão, mas era maior, mais largo, sua pele era de uma cor escarlate profundo e seus olhos de um amarelo brilhante. Dizia a lenda que sua cor carmesim provinha do sangue de crianças inocentes.

      Thor tinha ouvido falar de alguns avistamentos dessa fera, toda a sua vida e mesmo assim, se pensava que eram duvidosos. Talvez fosse porque ninguém nunca realmente tinha sobrevivido a um encontro. Alguns consideravam Sybold como o deus dos bosques, ou um presságio. Sobre qual era o presságio, Thor não tinha a menor ideia.

      Ele deu cuidadosamente um passo atrás.

      O Sybold, suas mandíbulas enormes entreabertas, seus caninos gotejando saliva, devolveu o olhar com seus olhos amarelos. Em sua boca estava a ovelha perdida de Thor: balindo, pendurada de cabeça para baixo, a metade de seu corpo atravessada pelos caninos. Já quase morta. O Sybold parecia deleitar-se em matar, tomando seu tempo; parecia ter prazer em torturá-la.

      Thor não pôde resistir aos gritos. A ovelha se retorcia indefesa e ele se sentia responsável.

      O primeiro impulso de Thor foi dar a volta e correr, porém ele sabia que isso seria inútil. Essa besta poderia ultrapassar qualquer coisa. Correr iria apenas provocá-la. E ele não podia permitir que sua ovelha morresse assim.

      Ele ficou congelado de medo e sabia que de algum modo tinha de entrar em ação.

      Seus reflexos se apoderaram dele. Ele lentamente se inclinou e da bolsa dele, extraiu uma pedra, colocando-a em sua atiradeira. Com a mão trêmula a enrolou, deu um passo adiante e atirou.

      A pedra navegou pelo ar e alcançou seu objetivo. Um tiro perfeito. Atingiu a ovelha em seu globo ocular, indo direto para seu cérebro.

      A ovelha se desvaneceu. Morta. Thor tinha poupado o animal de seu sofrimento.

      O Sybold olhava enfurecido porque Thor havia matado seu brinquedo. Ele lentamente abriu suas imensas mandíbulas e soltou a ovelha, que caiu com um baque no chão da floresta. Então o Sybold pôs seus olhos em Thor.

      Ele rugiu, era um profundo e maligno som que procedia da sua barriga.

      Quando se dirigiu para atacá-lo, Thor, com o coração batendo forte, colocou outra pedra em seu estilingue, retrocedeu e se preparou para disparar mais uma vez.

      O Sybold irrompeu a correr, movendo-se mais rápido do que qualquer coisa Thor já tinha visto em sua vida. Thor deu um passo à frente e atirou a pedra, rogando para que ela acertasse, sabendo que não teria tempo de atirar outra antes que a fera o alcançasse.

      A pedra atingiu o olho direito da fera, estraçalhando-o. Foi um tremendo lançamento, do tipo que deixaria um animal menor abatido.

      Mas esse não era nenhum animal menor. A fera era imparável. Urrava

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