Amor Como Aquele . Sophie Love
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Читать онлайн книгу Amor Como Aquele - Sophie Love страница 4
Suas palavras não confortaram muito Keira. O que exatamente Bryn sabia? Sua vida havia sido uma série de relacionamentos desastrosos. Ela não tinha ideia do tipo de amor que Keira e Shane tinham encontrado, e agora perdido. Soluços fizeram seu corpo todo estremecer.
“Venha,” acrescentou Bryn, “Vamos tomar um café. Vou ligar para a mamãe. Você sabe como ela é ótima com esse tipo de coisa.”
Keira não podia discordar mais. Sua mãe, ao contrário de Bryn, parecia estar em uma corrida para que Keira se comprometesse e tivesse bebês. Ela foi ainda mais longe ao ponto de dizer que não fazia sentido Keira colocar tanta energia em sua carreira quando ela própria havia desistido de tudo durante alguns anos para ter filhos.
Ela balançou a cabeça. “Não posso, preciso trabalhar.”
Bryn fez uma careta. “Babe, você está um caco. Eles não vão querer você lá neste estado. Você não vai ajudar ninguém”.
“Obrigada,” Keira murmurou. “Mas não posso deixar de ir. Primeiro dia depois de uma folga. Nova posição sênior. Elliot vai estar no escritório. Ele estará me esperando para traçar meu plano.”
Enquanto ela falava, Bryn pegou o celular de Keira de suas mãos.
“Ei!” Protestou Keira.
Bryn digitou alguns números e, então, colocou o celular triunfantemente sobre a mesa de centro. “Feito.”
“O que?” Gritou Keira, aterrorizada, agarrando o celular. “Você solicitou uma licença por doença para mim? Eu nunca tirei uma folga por doença! Você não é nada profissional. Não acredito que tenha feito isso.”
Mas quando ela rolou através das ações mais recentes em seu celular, viu que Bryn não contatou o trabalho, mas sim Nina, a amiga de Keira e editora na revista. Ela leu a mensagem que Bryn enviou a Nina.
Shane terminou comigo. Minha vida acabou. Socorro.
Keira rolou os olhos, pouco impressionada, e lançou um olhar mortal para sua irmã. Bryn apenas encolheu os ombros insolentemente. Um segundo depois, o celular de Keira vibrou com uma mensagem recebida de Nina.
Tudo vai ficar bem. Vou dizer ao Elliot que estamos em uma reunião fora do escritório. Café em dez?
A expressão de Keira suavizou. Talvez Bryn tivesse alguma utilidade no final das contas.
“Nina vai me encontrar,” ela disse, guardando o celular. “Feliz agora?”
“Sim,” respondeu Bryn. “Agora eu apenas tenho que avisar meu chefe que não vou trabalhar hoje.”
“Você não precisa fazer isto.”
“Ah, por favor, qualquer desculpa,” disse Bryn
Keira cedeu. Às vezes, não havia como discutir com Bryn. Embora sua irmã não fosse sempre o ombro mais confortável para se chorar, ela era boa em se colocar em primeiro lugar e aquela prática ocasionalmente funcionava em favor de Keira.
Vários minutos depois, as irmãs deixaram o apartamento juntas, envoltas em suas roupas quentes de outono, e desceram a rua até a cafeteria que combinaram de encontrar Nina. Ainda era muito cedo. Quando chegaram, a cafeteria havia acabado de abrir. Elas foram as primeiras a entrar.
Bryn pediu pequenos muffins de baunilha para as duas e conduziu Keira até o sofá de couro macio. Um momento depois, Nina entrou.
“Keira,” ela disse, sua expressão de dor.
Ela se sentou e deu um abraço forte em Keira, o que a fez se sentir instantaneamente consolada. Talvez faltar ao trabalho tenha sido uma boa ideia no final das contas, embora ela tenha anotado de não deixar isso se tornar um hábito. Não era nada profissional, mesmo que Bryn e Nina não pensassem dessa forma. Keira provavelmente não havia muito com que se preocupar; ela estava prestes a se comprometer com uma vida de celibato e, portanto, havia pouca chance dela tirar outra folga por coração partido…
“Deus, não acredito que Shane tenha sido tão idiota,” começou Nina.
Keira balançou a cabeça. “Não é bem assim.”
Nina lhe lançou uma expressão impassível. “Como não é bem assim? Ele a manipulou para pensar que havia se apaixonado por ele e, então, uma semana antes de vocês se reencontrarem, ele termina com você?”
“Bem, pensando dessa forma,” disse Keira. “Mas confie em mim, não foi isso o que aconteceu. O pai dele ficou doente. Isso fez com que ele, sei lá, reavaliasse as coisas.” Ela sentiu lágrimas ameaçando asfixiá-la novamente. “Mas podemos não fazer isso? Não quero ser colocada em uma posição em que tenha que defender o cara que acabou de partir meu coração.”
Nina fez uma pausa, aparentemente deliberando sobre o pedido. “Talvez seja melhor assim,” ela disse. “Elliot irá provavelmente enviá-la para o exterior para uma nova tarefa em breve. Talvez você conheça outro cara. Um cara ainda melhor.”
“Esta é a última coisa que quero nesse momento,” respondeu Keira desanimadamente, enterrando seu queixo no punho. “Não sei o quanto mais meu coração consegue aguentar. De Zach para Shane para outra pessoa que irá me tratar como lixo? Não, obrigada. Eu estava certa antes em colocar todo o meu foco em minha carreira. Não é como meu trabalho me dissesse que se as coisas fossem diferentes poderia se casar comigo.”
Nica franziu. “Shane disse isso?”
Keira afirmou com a cabeça, sentindo-se mais triste e mais decepcionada do que nunca.
Nina deu-lhe outro aperto nos ombros . “Você é jovem. Muito jovem para se comprometer. Tem um mundo enorme lá fora, e você só viu uma fração dele.”
“Obrigada,” concordou Bryn. “É o que venho dizendo. Ela ainda tem vinte e poucos anos, meu Deus. Espere pelo menos até chegar nos trinta.”
Nina ergueu uma sobrancelha. “Quarenta,” ela disse, encolhendo-se. “Mais alguns outros para sorte. Não estou com pressa de me comprometer. Apesar do que a mídia possa estar dizendo de meu relógio biológico.”
“A mídia?” Gozou Keira. “Você quer dizer nós? Somos jornalistas antes de qualquer coisa. É nosso dever fazer as pessoas pensarem que querem coisas. Como o amor,” ela adicionou amargamente.
Nina riu e Keira sentiu-se um pouco melhor. Ela olhou pela janela para as ruas movimentadas da cidade de Nova York, cheias de pessoas a caminho do trabalho, pessoas voltando para casa depois de festejar pela madrugada adentro, pessoas vestidas com trajes caros, outras com camisetas com slogan divertido. Ela podia ver tantas raças e nacionalidades, e todos os penteados imagináveis. Eles andavam com pressa, lutando contra os ventos gelados que o outono havia trazido.
À medida que os observava, Keira percebeu o quanto amava sua cidade. Ela nunca teria sido feliz na Irlanda. Shane estava certo sobre isso. Mudar-se não era uma opção para ela. Ela era totalmente Nova Yorkina. A cidade praticamente corria em suas veias.
Ela voltou sua atenção para Nina e Bryn.
"Então, como Elliot reagiu com minha ausência hoje?" Ela perguntou a Nina, mais do que pronta para mudar de assunto.
Nina