A mentira mora ao lado . Блейк Пирс
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- Como você quer dividir isso aqui? – Rhodes perguntou.
- Não sei. Se houve tiros, tem uma boa chance de alguma bala ter acertado a parede ou o chão. E pelo bagunça que temos aqui, não foi um simples tiro. Teve briga. E isso me diz que provavelmente vamos encontrar digitais em algum lugar também.
Rhodes assentiu.
- Também precisamos descobrir como o assassino entrou. Você olhou a porta da frente? Não tem sinais de entrada forçada. Isso significa que um dos membros da família deixou o cara entrar—talvez fosse alguém que eles conheciam bem e confiavam.
Chloe concordou com tudo e encontrou-se impressionada com Rhodes pelo fato dela já ter analisado a porta da frente antes mesmo de ter entrado na casa.
- Por que você não olha lá fora e procura sinais de entrada forçada? – Rhodes sugeriu. – Vou ver se há algum sinal de qualquer tipo de arma que tenha sido usada aqui... procurar algum fragmento de bala ou algo assim.
Chloe assentiu concordando, mas já estava sentindo que Rhodes estava fazendo o possível para se colocar como líder da investigação. No entanto, levou aquilo na boa. Baseado no que Palace havia lhes dito—e no fato do caso ter sido entregue a duas novas agentes com a supervisão de um diretor assistente—ela sabia que aquela era considerada uma tarefa pequena em um esquema bem maior. Então, se Rhodes já queria mostrar certa força, isso não era algo com o que se preocupar. Pelo menos não por enquanto.
Chloe saiu do apartamento, imaginando cenários em sua mente. Se o assassino fosse alguém que a família conhecia, por que a luta? Se o assassino havia usado uma arma, três tiros um atrás do outro não teriam dado muito tempo para qualquer tipo de reação ou luta. Mas a porta de fato não tinha sinais de ter sido aberta a força. Então, realmente, encontrar algum sinal de entrada forçada era mais provável do que imaginar que o assassino havia entrado livremente. Mas se não fora pela porta da frente, então por onde?
Ela caminhou vagarosamente em volta do prédio, percebendo que chamar aquilo de prédio era um exagero. A cada passo, percebia mais e mais que se tratava de uma casa urbana, talvez oferecida por algum plano do governo. A casa estava na ponta de um grupo de quatro construções idênticas, separadas por uma listra de grama morta entre cada uma.
O lado esquerdo não tinha nada. Havia apenas um pequeno tanque da gás e uma torneira com uma mangueira de água inutilmente enrolada no chão. Mas quando chegou aos fundos, ela viu várias oportunidades. Primeiro, havia três janelas. Uma dava para a cozinha, e as outras duas para os quartos. Havia também degraus de concreto que levavam à porta dos fundos. Chloe checou essa porta e encontrou-a destrancada. Ela levava a uma área muito pequena, que parecia servir como um lugar para deixar os sapatos e casacos. Alguns poucos pares de sapatos sujos estavam no chão e um casaco sujo e velho estava pendurado em um gancho na parede. Ela checou a porta e a maçaneta e, pelo que pode ver, não havia nenhum sinal de entrada forçada em um passado recente.
Então ela foi até cada janela, procurando por algo suspeito, e não se decepcionou. Na terceira janela, que dava ao que parecia ser o quarto principal, havia dois pedaços removidos do quadro. Eles haviam sido removidos com força, e pareciam estar lascados. Um estava na parte de baixo, onde estava o quadro, encostado. O outro ficava na parte de cima do quadro. O mesmo objeto usado para quebrar o quadro havia danificado também o vidro, ainda que não com força o suficiente para quebrá-lo.
Chloe não queria tocar em nada, com medo de danificar qualquer digital que pudesse ter sido deixada ali. Mas, na ponta dos pés, pode ver um pedaço particular de madeira, que teria permitido que alguém do lado de fora empurrasse a trava da janela.
Ela voltou para dentro da casa pela porta dos fundos e foi até o quarto principal. Não havia nenhum sinal claro de que alguém entrara pela janela. Mas ela sabia que uma varredura completa poderia contar uma história diferente.
- O que você está fazendo?
Chloe virou-se e viu Rhodes parada na porta do quarto. Ela tinha uma expressão cética no rosto, como se estivesse estudando Chloe.
- Alguém mexeu nessa janela pelo lado de fora – Chloe disse. – Precisamos encontrar digitais.
- Você tem luvas de evidências? – Rhodes perguntou.
- Não – Chloe disse. Ela achou aquilo irônico. Se tivesse começado o dia como membro da Equipe de Evidências, como planejara, ela teria as luvas consigo. Mas depois de Johnson ter mudado seu departamento, ela não havia pensado em trazer equipamentos básicos de evidência para o caso.
- Eu tenho no meu carro – Rhodes respondeu. Ela então jogou um molho de chaves para Chloe com um olhar irritado. – No porta-luvas. E por favor tranque quando sair.
Chloe murmurou um “obrigada” ao passar por Rhodes e deixar o quarto. Ela tentou imaginar porque Rhodes tinha luvas de evidências em seu carro. Pelo que Chloe sabia, cada agente ganharia seus próprios equipamentos e materiais do FBI em cada caso. Rhodes havia utilizado os fornecedores corretos? A entrada tardia no PaCV já estaria começando a lhe trazer problemas?
Chloe saiu e encontrou uma caixa de luvas de látex no porta-luvas de Rhodes. Havia também um kit de evidências, que ela também pegou. Era um pequeno kit de emergência, mas melhor do que nada. E ao mesmo tempo em que aquilo mostrava que Rhodes era preparada, também mostrava que ela não estava muito afim de ajudar Chloe. Por que manter em segredo que ela tinha luvas e um kit de evidências no carro?
Determinada a não se irritar com detalhes assim, Chloe colocou as luvas ao voltar para a casa. Ao passar novamente por Rhodes, entregou a ela o kit de evidências.
- Achei que isso pudesse nos ajudar também.
Chloe então seguiu para a janela dos fundos. Ela checou a área que fora mexida e descobriu que seu palpite estava certo. Alguém do lado de fora fizera força suficiente para abrir a janela.
- Agente Fine? – Rhodes disse.
- Sim?
- Eu sei que nós não nos conhecemos, então vou dizer isso do jeito mais educado possível: você pode por favor cuidar com o que você está fazendo?
Chloe virou-se para Rhodes e a olhou com olhos desafiadores.
- Desculpe?
- Olhe o tapete debaixo dos seu pés, pelo amor de Deus!
Chloe olhou para baixo e seu coração disparou. Havia uma pegada ali, algo parcial, mas claramente tratava-se da parte superior de uma pegada. Era feita do que parecia ser poeira e lama.
E ela havia pisado em cima.
Merda...
Ela recuou rapidamente. Rhodes veio até a janela, ajoelhando-se para analisar a pegada.
- Tomara que você não tenha tornado isso aqui inútil – Rhodes disse.
Chloe segurou a resposta que veio à ponta de sua língua. Afinal de contas, Rhodes estava certa. Ela havia deixado passar algo muito óbvio como um pegada. É porque eu estou me cobrando demais, ela pensou. Talvez