A Esposa Perfeita . Блейк Пирс

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A Esposa Perfeita  - Блейк Пирс Um Thriller Psicológico De Jessie Hunt

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suficiente para provar que nunca perdia uma aula de Pilates. Nas suas mãos estava uma bandeja com o que pareciam ser brownies caseiros. Jessie não pôde deixar de reparar na enorme aliança de casamento em seu dedo. Brilhava com o sol da tarde.

      Quase sem pensar, Jessie deu por si a traçar o perfil da mulher: trinta e poucos anos; se casou jovem; dois, talvez três filhos; não trabalha para tomar conta dos filhos, mas tem muita ajuda; intrometida, mas não de uma maneira maliciosa.

      “Oi”, disse a mulher com uma voz animada. “Eu sou Kimberly Miner e moro no outro lado da rua. Eu só queria dar a vocês as boas-vindas ao nosso bairro. Espero não estar incomodando.”

      “Oi, Kimberly”, respondeu Jessie em sua voz mais amigável de nova vizinha. “Eu sou Jessie Hunt. Nós, na verdade, acabamos de trazer nossa última caixa poucos minutos atrás, pelo que este é um ótimo momento. E isso é tão gentil de sua parte, literalmente! Brownies?”

      “Sim”, disse Kimberly, entregando a bandeja. Jessie viu que ela intencionalmente fingiu não ver a cerveja em sua mão. “É uma espécie de especialidade minha.”

      “Bem, entre e coma um”, Jessie convidou, embora fosse a última coisa que ela agora queria. “Peço desculpa por a casa estar tão desarrumada, assim como Kyle e eu. Transpirámos o dia todo. Na verdade ele está procurando uma camisa nova neste momento. Aceita alguma coisa para beber? Água? Gatorade? Uma cerveja?”

      “Não obrigada. Eu não quero incomodar. Você provavelmente nem sequer ainda sabe em que caixa tem os copos. Eu ainda me lembro do processo de mudança. Demoramos meses. De onde é que vocês vêm?”

      “Oh, nós vivíamos no CLA”, Jessie disse, e vendo o olhar confuso no rosto de Kimberly, acrescentou: “Centro de Los Angeles. Nós tínhamos um condomínio no distrito de South Park.”

      “Oh... uau, gente da cidade”, disse Kimberly, rindo um pouco de sua própria piada. “O que trouxe vocês para o Condado de Orange e nossa pequena comunidade?”

      “Kyle trabalha para uma empresa de gestão de fortunas”, explicou Jessie. “Eles abriram um escritório satélite aqui no início do ano e recentemente o negócio aqui se expandiu. É uma coisa grande para eles porque o PFG é uma operação bastante conservadora. De qualquer forma, perguntaram a Kyle se ele ajudaria a administrar o negócio. Nós achámos que era um bom momento para fazer uma mudança, já que estamos pensando em começar uma família.”

      “Oh, com o tamanho desta casa, eu assumi que vocês já tivessem filhos”, disse Kimberly.

      “Não, apenas sendo otimista”, respondeu Jessie, tentando esconder o constrangimento repentino do qual ela se surpreendeu sentir. “Você tem filhos?”

      “Dois. Nossa filha tem quatro e nosso filho dois. Na verdade, vou agora buscá-los na creche.”

      Kyle chegou e passou um braço pela cintura de Jessie enquanto estendia o outro para cumprimentar Kimberly.

      “Oi”, ele disse calorosamente.

      “Oi, seja bem-vindo”, ela respondeu. “Meu Deus, a avaliar por vocês dois, seus futuros filhos serão gigantes. Ao lado de vocês eu me sinto pequena.”

      Houve um breve e constrangedor silêncio quando Jessie e Kyle questionaram a si próprios em como responder.

      “Obrigado?”, ele finalmente disse.

      “Lamento. Foi inconveniente de minha parte. Eu sou Kimberly, sua vizinha daquela casa”, disse ela, apontando para o outro lado da rua.

      “Prazer em conhecer você, Kimberly. Eu sou Kyle Voss, o marido de Jessie.”

      “Voss? Eu pensei que era Hunt.”

      “Ele é Voss”, explicou Jessie. “Eu sou Hunt, pelo menos por agora. Eu tenho adiado tratar da papelada para mudar isso.”

      “Estou vendo”, disse Kimberly. “Tem quanto tempo que vocês estão casados?”

      “Tem quase dois anos”, disse Jessie timidamente. “Eu tenho problemas reais com adiamentos. Isso pode explicar porque ainda ando na escola.”

      “Oh”, Kimberly disse, claramente aliviada por se afastar do delicado último assunto. “O que você está estudando?”

      “Psicologia Forense.”

      “Uau - isso parece empolgante. Quanto tempo falta até você ser oficialmente uma psicóloga?”

      “Bem, eu deixei as coisas atrasarem um pouco”, disse Jessie, compartilhando a história obrigatória de todas as festas a que eles tinham ido nos últimos dois anos. “Eu comecei por estudar psicologia infantil quando éramos estudantes na USC - foi lá que nos conhecemos. Eu estava até fazendo um estágio para meu mestre quando entendi que não conseguia lidar com isso. Lidar com os problemas emocionais das crianças era demais para mim. Então eu mudei.”

      Ela intencionalmente não referiu alguns dos outros detalhes do motivo pelo qual tinha abandonado o estágio. Quase ninguém sabia e ela certamente não iria compartilhar isso com uma vizinha que acabara de conhecer.

      “Então você acha que lidar com a psicologia de criminosos é menos perturbador do que lidar com a das crianças?” Kimberly perguntou, estupefacta.

      “Estranho, hein?” Jessie admitiu.

      “Você ficaria espantada”, Kyle entrou. “Ela tem esse talento para entrar na cabeça dos bandidos. Ela um dia vai ser uma grande especialista em perfis criminais. Qualquer potencial Hannibal Lecter que haja por ai é melhor que fique atento.”

      “É sério?”, disse Kimberly, parecendo devidamente impressionada. “Você já teve que lidar com assassinos em série e coisas do gênero?”

      “Ainda não”, admitiu Jessie. “A maior parte de minha formação tem sido acadêmica. E com a mudança, tive que mudar de escola. Portanto, a partir deste semestre vou fazer minhas aulas práticas em UC-Irvine. Este é meu último semestre, pois em dezembro me vou formar.”

      “Aulas práticas?”, Kimberly perguntou.

      “É um pouco como um estágio, apenas menos intenso. Irão me atribuir uma prisão ou um hospital psiquiátrico, onde irei observar e interagir com presidiários e pacientes. É do que eu tenho estado esperando.”

      “A oportunidade de encarar os malfeitores nos olhos e ver para dentro de suas almas”, acrescentou Kyle.

      “Isso me parece ser um pouco exagerado”, disse Jessie, lhe dando um soco brincalhão no ombro. “Mas, eventualmente, sim.”

      “Isso é muito emocionante”, disse Kimberly, parecendo genuinamente intrigada. “Tenho a certeza que você terá ótimas histórias para contar. Falando nisso, você disse que vocês dois se conheceram na escola?”

      “Residência dos calouros”, disse Kyle.

      “Oh”, Kimberly reforçou. “Ligados enquanto lavavam a roupa, esse tipo de coisa?”

      Kyle olhou para Jessie e antes mesmo dele dizer uma palavra, ela sabia que ele ia mergulhar na história de suas habituais festas.

      “Aqui

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