Ameaça Na Estrada. Блейк Пирс

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Ameaça Na Estrada - Блейк Пирс

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Cerca de um ano atrás, o corpo de uma jovem foi encontrado em uma trilha em Dyson Park, no Colorado. Ontem, o corpo de outra mulher foi encontrado em outra trilha, no Arizona. Ela morreu sob... bem, sob circunstâncias similares. Vamos até o Arizona descobrir se existe mesmo alguma ligação aí.

      Crivaro olhou pela janela novamente, como se não tivesse mais nada a dizer.

      - Tem algo a mais? – Riley perguntou.

      - Não – Crivaro disse, ainda olhando pela janela.

      Riley sentiu-se confusa. Aquele era seu primeiro dia de trabalho, mas ela sabia muito bem que Crivaro provavelmente sabia mais do que estava dizendo. Na verdade, ele deveria ter uma pasta cheia de arquivos para que eles pudessem analisar. Os dois deveriam estar estudando esses arquivos em pleno voo.

      Riley perguntou:

      - Quais os nomes das vítimas?

      Crivaro encolheu levemente os ombros.

      - Não lembro o nome da vítima do Colorado. Ninguém me disse o nome da vítima do Arizona.

      Riley não pode acreditar no que escutou.

      Como assim ninguém disse para ele?

      Como assim ele não se lembra?

      Ele estava guardando segredos, ou...?

      Os olhos de Riley se arregalaram quando ela percebeu o que estava acontecendo.

      Ela disse:

      - Esse não é um caso oficial da UAC, é?

      Crivaro respondeu, um pouco irritado:

      - Não importa.

      Riley sentiu uma pontada de raiva. Ela disse:

      - Eu acho que importa, sim, Agente Crivaro. Hoje é meu primeiro dia como agente da UAC. O que eu estou fazendo aqui? Acho que eu tenho direito de saber mais do que você está me contando.

      Crivaro balançou a cabeça e virou os olhos.

      - Riley Sweeney, um dia esses seus instintos ainda vão te trazer problemas sérios.

      Então, ele virou-se para ela. Com a voz baixa, começou a explicar.

      - Olhe, mais cedo, hoje, recebi uma ligação de um velho amigo. Harry Carnes é o nome dele. Ele era tira em Los Angeles, e nós trabalhamos em um caso juntos. Ele se aposentou e se mudou para o Colorado. Um ano atrás uma mulher foi morta perto de onde ele morava—a primeira das duas mulheres que eu mencionei. Ele tentou ajudar a polícia local, mas eles não solucionaram o caso.

      - E? – Riley perguntou.

      - E então que Harry e sua esposa estão viajando pelo sudoeste nesse inverno, e ele ficou sabendo desse assassinato no Arizona. Ele acha que pode haver uma conexão com o que aconteceu no Colorado. Então ele me ligou para que eu verificasse essa situação.

      Riley estava se sentindo mais confusa a cada segundo.

      - Assassinatos idênticos – ela disse. – Então por que esse não é um caso para o FBI?

      Crivaro balançou a cabeça e respondeu:

      - Eu não utilizei os meios oficiais. Não me parece que o FBI vá querer se envolver em algo assim. Eu nem sei quão idênticos os casos são, e alguns detalhes não são tão incomuns assim. Na verdade eu suspeito que não haja conexão nenhuma entre os dois crimes.

      Riley apertou os olhos na direção de Crivaro e disse:

      - Então você está me dizendo que nós estamos indo para o Arizona só para fazer um favor para um velho amigo seu.

      - Isso – Crivaro disse.

      Riley sentiu dificuldades em entender o sentido do que estava ouvindo. Ela perguntou:

      - Por que você está me levando junto?

      - Você é minha parceira – Crivaro disse.

      - Mas esse nem é um caso de verdade!

      Crivaro encolheu os ombros.

      - Nós não temos certeza disso. Talvez vamos descobrir que Harry está certo e que os dois crimes estão ligados, e aí teremos um assassino em série para caçar. Se for assim, isso vai acabar se tornando um caso para a UAC. E você não gostaria de ficar fora disso, gostaria? Enfim, eu acho... bem, eu achei que essa poderia ser uma boa chance para que nós dois, sabe, nos acostumássemos a trabalhar juntos.

      Riley quase deixou escapar seu pensamento em voz alta...

      Nós já trabalhamos juntos em três casos de assassinato!

      Mas rapidamente, ela lembrou a si mesma que houvera muito atrito entre os dois nos casos anteriores. E ela nem era oficialmente uma agente até então.

      Talvez o Agente Crivaro estivesse certo.

      Talvez eles precisavam mesmo de algum tempo para se acostumarem a trabalhar juntos em seus novos papeis. Mas um caso não-oficial e que talvez nem desse em nada seria a melhor maneira de fazer isso?

      Riley perguntou:

      - Quem está pagando por essa viagem, afinal?

      - Eu mesmo, ok? – Crivaro respondeu, irritado. – Óbvio que eu serei reembolsado caso isso venha a se tornar um caso de verdade.

      Riley disse:

      - Então você está me dizendo o que? Que nós estamos meio que tirando férias juntos?

      Crivaro riu de um jeito estranho.

      - Ei, o clima no Arizona nessa época do ano com certeza é melhor do que em Virginia. Mas não precisa me agradecer por isso.

      - Não acho graça nisso – Riley disse, tentando não demonstrar toda sua irritação. – Você poderia pelo menos ter me contado desde o início essa história toda.

      Crivaro se defendeu, dizendo:

      - Bom, eu estava com um pouco de pressa. E você não teria nada para fazer em Quantico se eu estivesse fora. Você vai estar comigo, pelo menos tentando resolver algo. Nós estaremos sim investigando algo lá. Pode ser uma boa experiência de aprendizado para você. Qual o problema?

      - Vou te dizer qual é o problema – Riley disse. – Eu tenho um noivo em casa que está puto da cara porque eu viajei de repente. Você acha que ele vai gostar de saber que eu nem sequer estou em um caso real?

      Crivado suspirou, sentindo-se culpado.

      - Você vai contar isso para ele?

      Riley assustou-se. Ela nem havia considerado a possibilidade de não contar a Ryan sobre todas suas atividades enquanto estivesse longe dele.

      - Claro – ela disse.

      - Desculpe por isso – Crivaro respondeu.

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