Ameaça Na Estrada. Блейк Пирс
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- Você vai até lá dirigindo? – Ryan disse.
- Claro que não. Vamos pegar um voo comercial.
- ‘Vamos’? Quem?
- Eu e o Agente Crivaro.
Riley e Crivaro saíram do elevador e seguiram pelo saguão do prédio.
Ryan disse:
- Se você vai de avião, onde está meu carro?
Riley se assustou. Ela não havia tido tempo para pensar no carro. Ela disse:
- Está no estacionamento da UAC aqui em Quantico. Não se preocupe, está bem cuidado.
- Quanto tempo vou ter que ficar sem ele?
Riley sentiu uma ponta de raiva.
- Você vai se virar, Ryan – ela disse.
- Sim, mas por quanto tempo?
- Como eu disse—eu vou te avisar quando eu souber.
Enquanto Riley e Crivaro saíam do prédio, Ryan seguiu fazendo perguntas ao telefone.
Só quer saber do carro, Riley não pode deixar de perceber.
Quanto mais ele falava, mais a irritava.
Riley e Crivaro estavam caminhando pelo estacionamento quando ela, por fim, disse:
- Olhe, Ryan—eu não posso falar agora. Prometo ligar de novo assim que puder. Te amo.
Ela pode ouvir Ryan reclamando ao encerrar a ligação.
Abrindo a porta do carro para Riley, Crivaro disse:
- Tudo bem em casa?
- Não poderia estar melhor – Riley respondeu, sentando-se no banco do carona.
Quando a raiva passou, ela sentiu-se envergonhada por ter deixado Crivaro escutar sua conversa com Ryan.
Jake entrou no carro e ligou o motor.
Depois, ele sorriu para Riley levemente e disse:
- Ei, caso eu não tenha dito—nós somos uma dupla agora.
É, eu meio que percebi, Riley pensou enquanto Crivaro tirava o carro do estacionamento.
Algumas coisas estavam ficando claras.
Ela era uma agente de FBI.
Jake Crivaro era seu parceiro.
E eles estavam indo para o Arizona.
Riley desejou ter ao menos uma ideia do que mais poderia esperar daquele dia.
CAPÍTULO QUATRO
Riley não pode deixar de se perguntar...
Ele está bravo comigo ou algo do tipo?
O Agente Crivaro mal falou com ela no caminho de Quantico até o aeroporto Reagan.
Mas por que?
Ela sabia que Crivaro podia ser grosso, impaciente e até ficar nervoso sempre que ela cometia erros ou desobedecia ordens—o que infelizmente acontecia bastante. Mas o que ela poderia ter feito de errado durante o pouco tempo em que eles estavam juntos naquela manhã?
Crivaro havia apenas saído às pressas com Riley da sede da UAC, sem muitas explicações, sem dar tempo nem para que ela telefonasse a sós para Ryan. Claro, agora Ryan estava bravo com ela, e Riley sabia que ele tinha motivos para estar assim.
Mas qual poderia ser o problema com o Agente Crivaro?
Talvez não tenha nada a ver comigo, pensou, esperançosa.
Talvez algum problema pessoal esteja lhe irritando.
Mesmo assim, Riley não achava que seria uma boa ideia perguntar.
Ela decidiu ficar em silêncio no carro, tentando focar nas coisas mais incríveis daquele dia—ela era uma agente do FBI, estava em um caso, e como parceira de um dos agentes mais respeitados na UAC.
Quando os dois chegaram ao aeroporto, Crivaro apressou-se em direção ao balcão de check-in. Riley precisou praticamente correr para segui-lo até o portão.
Já sem ar pela correria pelo aeroporto, eles chegaram a tempo da última chamada para o voo. Riley lembrou-se de Crivaro olhando para seu relógio quando ela chegara na sala dele, e dizendo...
“Chegou em cima da hora.”
Agora, Riley entendia porque Crivaro estivera tão preocupado com a hora.
Se eles tivessem chegado alguns minutos mais tarde, teriam perdido o voo. Ela desejou que Jake tivesse explicado tudo ao invés de apenas fazer com que ela o seguisse, sem perguntas.
Crivaro já havia dito a ela que tinha problemas em trabalhar com parceiros. Então, agora que ela era a parceira dele, e não só uma estagiária, o que aquilo significaria?
Riley lembrou a si mesma de que Crivaro provavelmente tinha planejado aquela viagem às pressas. Certamente, ele também tinha ficado sabendo de tudo na última hora.
Deve ser algo muito urgente, ela pensou, sentindo uma onda de animação.
Depois do embarque, Crivaro sentou-se na poltrona da janela e olhou através dela durante a decolagem. Ao lado dele, Riley ainda estava tentando descobrir o que ele tinha em mente e por que eles estavam com tanta pressa. Quando o avião entrou em voo de cruzeiro, Crivaro inclinou seu banco um pouco para trás e seguiu olhando pela janela. A luz em seu rosto revelou algumas linhas, criadas durante anos e anos de trabalho em casos complicados.
Riley teve certeza de que aquele caso, fosse o que fosse, a faria aprender muito sobre comportamento criminal. Ao trabalhar com Crivaro em outras oportunidades, ela tinha sido retirada de qualquer que fosse sua rotina—faculdade, estágio, Academia. Agora que estava, de fato, designada para aquele trabalho, teria mais tempo para entender o que estava acontecendo.
Mas quando ela descobriria o que estava acontecendo? Com certeza, Riley tinha mais direito de saber das coisas agora.
Por fim, criou coragem para perguntar a Crivaro:
- Ok, você vai me falar algo sobre o caso em que vamos trabalhar?
Crivaro mordeu os lábios. Ele parecia não saber qual a resposta para aquela pergunta.
Então, disse:
- Possivelmente—e essa é só uma possibilidade—temos um assassino em série para pegar.
Riley pensou ter detectado mais do que desconfiança em sua voz, como se ele não acreditasse em suas próprias palavras.
Crivaro