José, O Grande Servo. Juan Moisés De La Serna
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- Você sabe quem eu sou?
- Não, senhor! - respondeu José – Mas com certeza o que eu disse é verdade.
- Sou o chefe da Guarda – respondeu o homem - e como sou aquele que mais manda depois do Rei, preciso ter trânsito livre. E você tem realmente razão no que diz. Há muito tempo algo semelhante ao que aconteceu com você aconteceu comigo, mas não me atrevi a tanto como você. Será que os jovens de hoje em dia são mais corajosos ou mais imprudentes? Espere que já volto! Vou falar com o Rei e saio logo – e ele foi embora.
José, que estava assustado, ouviu sua voz interior que disse:
- Não precisa ter cautela porque ele é uma boa pessoa, mas como tem este cargo, precisa se comportar como uma fera senão seus inimigos o devorariam.
Quando o chefe da Guarda saiu, ele disse:
- Venha que quero falar com você! – e ele levou José para sua casa.
Lá, ele chamou sua esposa e filho, que tinha uma idade aproximada a de José e disse o seguinte:
- Vocês têm uma pessoa corajosa diante de si e como aconteceu comigo quando um soldado me derrubou no chão de barriga para cima, eu fiz o mesmo com ele. Naquela ocasião eu não me atrevi a abrir a boca de medo e, no entanto, este menino que tem a mesma idade que você – referindo-se ao seu filho - me jogou isso na cara. E bem jogado, é verdade, que fizesse tal coisa. Portanto, enquanto ele estiver neste lugar, quero que você cuide dele e o trate como um amigo pois pessoas com bom senso e corajosas nem sempre são encontradas e chegam a ser importantes na vida.
O homem os deixou sozinhos e o garoto que não sabia sobre o que falar, perguntou:
- De onde você é? Qual é o seu nome? – e outras preguntas.
José respondeu a todas e também fez perguntas, assim descobriu seu nome e onde ele havia nascido e que sempre tinha de ir como criados atrás do Rei e que o garoto estava cansado de ir de um lugar para o outro atrás do Rei. José disse:
- Diga ao seu pai que você vai passar alguns dias na minha casa e assim poderá descansar um pouco desta vida que você não gosta, mas entenda que seu pai não tem outra escolha além de aguentar ou deixar seu posto para outro. E ele não vai querer fazer isso porque quando se chega a certa altura, é difícil deixar as coisas e ir embora.
O jovem disse ao seu pai, que descobriu quem era o pai de José e onde ele vivia. E por acaso, ele o conhecia há muitos anos.
Ele os deixou partir, aconselhando-os a terem muito cuidado. Eles partiram juntos e note que vendo os dois amigos ao longo da estrada eles pareciam diferentes e o que aconteceu a seguir provou isso.
Eles encontraram algumas pessoas que viajavam a pé em um lugar estreito e José permitiu que eles passassem primeiro, parando o cavalo, mas o outro menino não fez isso e tiveram de esperar que ele passasse e o jovem perguntou a José:
- Por que você permitiu que eles passassem primeiro se você é a pessoa mais importante? Você não precisa fazer isso! Porque se você não os trata com uma mão dura, eles não te respeitam – e ele dizia isso não porque fosse uma pessoa má, mas porque ele foi ensinado assim.
José lembrou-se da árvore jovem que quando se coloca um peso se deforma e disse: Será possível que ele não consiga se endireitar? Vou tentar porque ele me é simpático. E ele perguntou:
- Você reza para o ALTÍSSIMO?
- O que você está dizendo? Isso são coisas de mulheres e sacerdotes para que eu não seja ferido em batalha! Mas quando existe uma guerra muitos morrem, pessoas boas e más. Então me diga, do que adianta fazer isso?
José ficou pensativo e disse:
- No caminho irei lhe mostrar um lugar especial que me deixou fascinado pela sua beleza natural – já pensando que se o jovem falasse com o eremita, ele poderia endireitar a árvore com sua sabedoria.
Eles fizeram um desvio antes de chegarem à casa e passaram pela caverna do eremita. Quando chegaram ao sopé da montanha onde ficava a caverna, José disse:
- Vem, quero te mostrar algo.
O outro protestava e dizia:
- Como uma autoridade sobe as rochas como se fosse um pastorzinho?
Contrariado, ele o seguiu. Quando chegaram onde ficava a entrada da caverna, José gritou e o eremita saiu. José o cumprimentou e disse:
- Lembra-se de mim?
Mas o eremita estava olhando para seu companheiro e disse:
- De você sim, mas tenha cuidado com este que o acompanha pois não é confiável.
Os dois jovens ficaram petrificados com a resposta, mas o eremita continuou:
- Digo isso porque você sabe que eu leio as mentes das pessoas e vejo isso. Pode entrar, olhar e depois ir para sua casa, mas vou dizer que quero que você venha em outra ocasião. Você saberá quando, mas venha sozinho para ficar alguns dias comigo porque temos que conversar muito e demoradamente.
Eles entraram na caverna e José estava muito triste por causa das coisas que o eremita disse sobre seu acompanhante, mas logo suas palavras foram confirmadas. Assim que entraram e viram aquelas maravilhas, o jovem exclamou:
- Por que você me trouxe aqui? Um lugar tão escuro, que está tão úmido e cheira tão mal?
José se esforçava, dizendo:
- Mas veja a maravilha que você tem diante dos seus olhos!
- Vamos embora, não me provoque! – respondeu o outro.
E eles saíram da caverna e ao sair José olhou para o eremita que devolveu o olhar, mas nada disse.
Eles seguiram pela estrada e chegaram em casa, mas José já não sabia como mandá-lo de volta para casa porque estava arrependido de tê-lo convidado.
Quando chegou a hora da refeição, as coisas do campo pareceram estranhas para ele e como a maneira de cozinhar era diferente, ele disse em voz alta:
- Que nojo!
E empurrou o prato para um lado e então a solução para seu problema ocorreu a José, que foi falar com sua mãe e disse:
- Não sei como me livrar deste jovem que parecia uma coisa e acontece que não sabe se comportar.
A mãe, que também havia notado isso, respondeu:
- No entanto, é o filho do chefe da Guarda do Rei. Vamos ter de nos contentar com ele até que ele queira ir embora porque pode se incomodar se o mandamos embora.
- Veja o que pensei que podemos fazer – disse José - todos os dias você coloca a mesma comida, aquela que ele não gostou e se ele protesta, você diz que no campo se come o que se colhe e agora está sendo colhido este grão, o que é verdade.
A mãe gostou da artimanha, apesar dela