Uma Jóia Para Realezas. Морган Райс

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Uma Jóia Para Realezas - Морган Райс Um Trono para Irmãs

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“Bem, parece uma longa caminhada de volta ao castelo, e eu gostaria de saber. Eu sinto que já perdi muito do que aconteceu na sua vida.”

      Sophia fez seu melhor, contando sua história aos poucos, fugindo da Casa dos Não Reclamados, se infiltrando no palácio, se apaixonando por Sebastian, tendo que partir, sendo recapturada…

      “Parece que você passou por muita coisa,” disse Lucas. “E você nem começou a me contar como que tudo isso te trouxe aqui.”

      “Havia uma artista: Laurette van Klett.”

      “A que fez um retrato de você, inclusive com a marca do orfanato?” disse Lucas. Parecia que ele já a tinha colocado junto aos outros que a tinham atormentado, e Sophia não queria isso.

      “Ela pinta o que vê,” defendeu Sophia. Essa era uma das pessoas de sua jornada em relação à qual ela não tinha ressentimento. “E ela viu a semelhança em uma pintura entre mim e minha mãe. Se não fosse por isso, eu nem saberia por onde começar a procurar.”

      “Então todos devemos nossa gratidão a ela,” disse Jan. “E você, Lucas? Você mencionou mentores antes. O que eles te ensinaram? O que eles te ensinaram a ser?”.

      Novamente, Sophia sentiu que seu primo a tentava proteger de seu irmão.

      “Eles me ensinaram idiomas e política, como lutar, e pelo menos o início de como usar os talentos que todos nós temos,” explicou Lucas.

      “Eles te ensinaram como ser um rei na linha de sucessão?” perguntou Jan.

      Agora Sophia compreendia um pouco de sua preocupação. Ele pensava que Lucas estava lá para tentar tomar seu lugar. Porém, honestamente, ela suspeitava que seu primo estava mais preocupado do que ela mesma. Não era como se ela tivesse pedido para ser chamada de herdeira do trono do Reino da Viúva.

      “Você acha que estou aqui para reivindicar o trono?” perguntou Lucas. Ele balançou a cabeça. “Eles me ensinaram a ser nobre, do melhor jeito que podiam. Eles também me ensinaram que não há nada mais importante que família. Nada. Foi por isso que vim.”

      Sophia podia sentir sua sinceridade mesmo que Jan não pudesse. Era suficiente para ela—mais do que suficiente. Isso a ajudou a sentir-se… segura. Ela e Kate tinham dependido uma da outra por tanto tempo. Agora, ela tinha sua família estendida, seus primos, seu tio… e um irmão. Sophia mal sabia dizer o quanto isso a fazia sentir como se seu mundo tivesse se expandido.

      A única coisa que poderia melhorar a situação era se Sebastian estivesse ali. Sua ausência era como um buraco no mundo que não podia ser preenchido.

      “Então,” disse Lucas. “O pai de sua criança é o filho da mulher que mandou matar nossos pais?”

      “Você acha que isso deixa tudo muito complicado?” perguntou Sophia.

      Lucas meio que deu de ombros. “Complicado, sim. Muito complicado? Isso você que me diz. Por que ele não está aqui?”

      “Eu não sei,” admitiu Sophia. “Eu queria que ele estivesse.”

      Finalmente, eles chegaram ao castelo, atravessando-o até o saguão. As notícias da chegada de Lucas devem ter se espalhado à frente deles, pois todos os primos estavam lá, até Rika, que tinha um curativo cobrindo a ferida em seu rosto de quando defendeu Sophia. Sophia foi até ela primeiro, pegando em suas mãos.

      “Você está bem?” ela perguntou.

      “Você está?” Rika respondeu de volta. “O bebê está?”

      “Está tudo bem,” Sophia a assegurou. Ela olhou à sua volta. “A Kate está aqui?”

      Ulf balançou a cabeça. “Frig e eu ainda não a vimos hoje.”

      Hans tossiu. “Nós não podemos esperar. Precisamos entrar. O pai está esperando.”

      Ele soava muito sério, mas Sophia ainda se lembrava de como havia sido quando ela chegou, e como as pessoas tinham sido cautelosas com ela. Em Ishjemme, eles eram cuidadosos quando alguém afirmava ser um deles. Sophia sentiu-se quase tão nervosa enquanto esperava as portas se abrirem como se sentiu pela primeira vez, quando era ela reivindicando sua herança.

      Lars Skyddar estava parado em frente ao trono ducal, aguardando-os com uma expressão séria como se pronto para receber um embaixador. Sophia segurava as mãos de seu irmão enquanto andavam, apesar disso parecer gerar um olhar de confusão em seu tio.

      “Tio,” disse Sophia, “esse é Lucas. Ele é um dos que chegaram de Silk Lands. Ele é meu irmão.”

      “Eu lhe disse que isso não é possível,” disse Jan. “Que—”

      Seu tio levantou uma mão. “Havia um menino. Eu pensei… eles me disseram, até a mim, que ele havia morrido.”

      Lucas deu um passo à frente. “Eu não morri. Eu estava escondido.”

      “Em Silk Lands?”

      “Com o Oficial Ko,” disse Lucas.

      O nome parecia ser suficiente para o tio de Sophia. Ele se aproximou e deu em Lucas o mesmo abraço esmagador e acolhedor que ele havia dado em Sophia quando a havia reconhecido.

      “Eu pensei ter sido abençoado suficiente com a volta de minhas sobrinhas,” ele disse. “Eu não pensei que eu poderia ter um sobrinho também. Precisamos celebrar!”

      Pareceu óbvio que deveriam realizar um banquete, assim como era óbvio que eles não tinham tempo para preparar um, então quase que imediatamente haviam servos correndo em quase todas as direções, tentando preparar as coisas. Sophia e Lucas praticamente se tornaram um ponto imóvel no âmago de tudo, parados ali enquanto seus primos corriam de um lado pro outro tentando preparar tudo.

      As coisas são sempre caóticas assim? Perguntou Lucas, enquanto meia dúzia de criados passavam correndo com pratos.

      Só quando chega um membro novo da família, eu acho, Sophia enviou de volta. Ela ficou ali parada, se perguntando se deveria fazer a próxima pergunta.

      “O que quer que seja, pergunte,” disse Lucas. “Eu sei que devem ter muitas coisas que você precisa saber.”

      “Você disse antes que foi criado por mentores,” disse Sophia. “Isso significa que… os meus, os nossos pais não estão em Silk Lands?”

      Lucas balançou a cabeça. “Ao menos não que eu tenha encontrado. Eu tenho procurado desde que atingi a maioridade.”

      “Você os tem procurado também? Seus mentores não sabiam onde eles estavam?” perguntou Sophia. Ela suspirou. “Me desculpe. Parece que eu não estou feliz de ter ganho um irmão. Eu estou. Eu estou muito feliz que você está aqui.”

      “Mas seria perfeito se estivéssemos todos aqui?” Lucas adivinhou. “Eu entendo, Sophia. Eu ganhei duas irmãs, e primos…, mas eu sou ganancioso o suficiente para querer pais também.”

      “Eu não acho que isso conta como ganância,” disse Sophia com um sorriso.

      “Talvez sim, talvez não. O Oficial Ko disse que as coisas são como são, e desejar que sejam diferentes só gera dor. Para ser sincero, ele geralmente dizia

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