Uma Jóia Para Realezas. Морган Райс

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Uma Jóia Para Realezas - Морган Райс Um Trono para Irmãs

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ela. “Mas não machuque Sophia. Você não tem motivo para machucá-la.”

      “Eu tenho todos os motivos,” disse Siobhan. “Você acha que me disfarçar como a irmã mais nova de uma governante é suficiente? Você acha que morrer em uma única existência humana é suficiente? Sua irmã carrega uma criança. Uma criança que governará. Eu vou moldá-la antes de nascer. Eu vou mata-la e arrancar a criança de dentro dela. Eu vou toma-la e crescer com ela. Eu vou me tornar tudo o que eu preciso ser.”

      “Não,” disse Kate quando percebeu quão horroroso era esse plano. “Não.”

      Siobhan riu de um jeito cruel. “Eles matarão seu corpo quando eu matar Sophia,” ela disse. “E você ficará largada lá, entre mundos. Eu espero que você aproveite sua liberdade, aprendiz.”

      Ela murmurou algumas palavras e por um momento pareceu que ela tinha desvanecido. Porém, a imagem da cabana de Haxa não desapareceu, e Kate gritou quando viu seu próprio corpo tomar fôlego e acordar.

      “Haxa, não, não sou eu!” ela gritou, e tentou enviar a mesma mensagem com seu poder. Nada aconteceu.

      Porém, do outro lado daquela fina divisa, muito acontecia. Siobhan suspirou com seu pulmão, abriu seus olhos, e sentou-se com o seu corpo.

      “Calma, Kate,” disse Haxa, não se levantando. “Você passou por muita coisa.”

      Kate assistiu seu corpo tatear à sua volta hesitante, como se tentando descobrir onde estava. Para Haxa, deve ter parecido como se Kate ainda estivesse desorientada pela sua experiência, mas Kate podia ver que Siobhan estava testando seus braços e pernas, descobrindo o que eles conseguiam fazer.

      Ela finalmente se levantou, instavelmente. Seu primeiro passo foi cambaleante, mas seu segundo foi mais confiante. Ela desembainhou a espada de Kate, abanando-a pelo ar como se testando seu equilíbrio. Haxa parecia um pouco preocupada com isso, mas não se retraiu. Ela pensou que era provavelmente algo que Kate faria para testar seu equilíbrio e coordenação.

      “Você sabe onde está?” perguntou Haxa.

      Siobhan a encarou através dos olhos de Kate. “Sim, eu sei.”

      “E você sabe quem eu sou?”

      “Você é aquela que se chama de Haxa para esconder seu nome. Você é a guardiã dos feitiços, e não era minha inimiga até você decidir ajudar minha aprendiz.”

      De onde ela estava presa, Kate viu a expressão de Haxa mudar para uma de terror.

      “Você não é a Kate.”

      “Não,” disse Siobhan, “Eu não sou.”

      Ela se moveu então, com toda a velocidade e força do corpo de Kate, atacando com sua espada de modo que em um piscar de olhos ela atravessou o peito de Haxa. A espada projetou-se para o outro lado, atravessando-a.

      “O problema com nomes,” disse Siobhan, “é que eles só funcionam quando você tem fôlego para usá-los. Você não deveria ter ficado contra mim, bruxa feiticeira”.

      Ela deixou Haxa cair, e então olhou para cima, como se soubesse de onde era o ponto de vista da Kate.

      “Ela morreu por sua causa. Sophia morrerá por sua causa. Sua criança, e esse reino, serão meus por sua causa. Eu quero que você pense nisso, Kate. Pense nisso quando a bolha murchar e seus medos te encontrarem.”

      Ela balançou uma mão, e a imagem desapareceu. Kate se jogou contra a bolha, tentando chegar até ela, tentando sair dali e encontrar um jeito de impedir Siobhan.

      Ela parou quando viu que as coisas em torno dela se transformaram em uma paisagem acinzentada agora que Siobhan não estava mais moldando-a para enganá-la. Havia um brilho fraco prateado à distância que poderia ser o caminho seguro, mas que estava tão longe que poderia muito bem nem estar lá.

      Figuras começaram a aparecer pela névoa. Kate reconheceu as faces de pessoas que ela havia matado; freiras e soldados, o mestre de treino do Lorde Cranston e os homens do Mestre dos Corvos. Ela sabia que eram só imagens em vez de fantasmas, mas isso não fez nada para diminuir o medo dentro dela, fazendo sua mão tremer e a espada que carregava parecer inútil.

      Gertrude Illiard estava lá novamente, segurando um travesseiro.

      “Eu vou ser a primeira,” ela prometeu. “Eu vou te sufocar como você me sufocou, mas você não vai morrer. Não aqui. Não importa o que nós façamos com você, você não morrerá, mesmo se você implorar por isso.”

      Kate olhou à sua volta, e cada um deles tinha um tipo de instrumento, quer fosse uma faca ou um chicote, uma espada ou corda para estrangular. Cada um deles parecia ansiar com a necessidade de machuca-la, e Kate sabia que eles cairiam em cima dela sem piedade assim que pudessem.

      Ela podia ver o campo desaparecendo agora, se tornando mais translúcido. Kate agarrou firmemente sua espada e se preparou para o que estava por vir.

      CAPÍTULO TRÊS

      Emeline seguiu Asha, Vincente, e os outros através do pântano além de Strand, segurando o braço de Cora para que não se perdessem na névoa que subia do pântano.

      “Nós conseguimos”, disse Emeline. “Encontramos Stonehome”.

      “Eu acho que Stonehome nos encontrou,” Cora observou.

      Esse era um bom ponto, levando em consideração que os habitantes deste lugar haviam resgatado-as da execução. Emeline ainda se lembrava do calor ardente das piras quando fechava os olhos, o fedor pungente da fumaça. Ela não queria se lembrar.

      “Mas também,” disse Cora, “Eu acho que, para encontrar um lugar, você deve conseguir enxergá-lo.”

      Eu gosto desse seu animal de estimação, Asha enviou a Emeline. Ela sempre fala tanto assim?

      A mulher que parecia ser um dos líderes de Stonehome continuou andando, seu casaco longo arrastando, seu largo chapéu evitando a umidade.

      Ela não é meu animal de estimação, Emeline enviou para ela. Ela pensou em dizer isso em voz alta, pela Cora, mas foi por ela que não o fez.

      Por que alguém ficaria com uma Normal? Perguntou Asha.

      “Ignore a Asha,” disse Vincente, em voz alta. Ele era alto o suficiente para ver tudo por cima delas, mas apesar disso, e do cutelo que carregava, ele parecia o mais amigável dos dois. “Ela tem dificuldade em acreditar que aqueles sem nosso dom possam fazer parte da nossa comunidade. Felizmente, não são todos nós que pensamos assim. Quanto à névoa, é uma de nossas proteções. Aqueles que procuram Stonehome para prejudica-la vagueiam sem acha-la. Eles se perdem.”

      “E nós podemos caçar aqueles que vêm para nos machucar,” disse Asha, com um sorriso não muito reconfortante. “Mas, estamos quase lá. A névoa se levantará logo.”

      Se levantou, e foi como pisar em uma ilha rodeada pela névoa, a terra se elevando pra além dela em uma grande área que era facilmente maior do que Ashton foi um dia. Não que fosse cheio de casas, como a cidade era. Pelo contrário, a maior parte parecia terras de pastagem, ou terrenos onde as pessoas estavam trabalhando para plantar vegetais. Dentro desse perímetro de terra fértil tinha uma muralha de pedras da altura do ombro de uma pessoa, situada em

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