Acredite No Amor. Amanda Mariel

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Acredite No Amor - Amanda Mariel

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style="font-size:15px;">      O Beijo da Cigana (Dawn Brower)

      A Duke’s Christmas Kiss (Tammy Andresen)

       Coletâneas e antologias multiautores

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      Prólogo

       Cumbria, Inglaterra, 1804

      Lady Brooke Linwood brincava em um aromático campo de lavanda com as saias seguras nas mãos. O sol aquecia o seu rosto enquanto a suave brisa de verão evitava que ficasse acalorada demais. A menina respirou fundo o ar do verão, então sorriu para o vizinho de seus avós, Drake Kingston, o marquês de Grafton.

      — Não tenha vergonha — gritou ela, enquanto girava pelo campo aberto. — Venha dançar comigo.

      Drake sorriu e foi até ela. Os cabelos negros dele estavam sendo agitado pela brisa e os olhos verdes brilhavam.

      — Eu nunca tive vergonha. — Ele abriu os braços, convidando-a. Brooke riu enquanto corria para os braços dele. Ela inclinou a cabeça para trás quando ele a girou e logo puxou-a de volta para si.

      As coisas entre eles sempre foram assim, fáceis e divertidas. Drake a fazia rir todas as vezes em que se viam. Ele era o seu paraíso seguro, e lhe provia uma fuga da solidão. Como Brooke desejava poder ficar para sempre. Infelizmente, não podia. A mãe a abandonara na propriedade dos avós para que ela passasse o verão. Nem ela, nem o pai pareciam se incomodar com Brooke. Estavam ocupados demais desfrutando de suas vidas separadas para se preocupar com a criação de sua inconveniente filha.

      Em breve, Brooke seria enviada para concluir os estudos na Escola da Senhorita Emmeline de Educação e Decoro para Damas de Excepcional Qualidade, na Cantuária. Ela sequer voltaria para a casa antes de ir. Era mais uma forma de os pais a ignorarem e doía saber daquilo. Não que se importasse demais com a sua casa, mas a Cantuária… O lugar poderia muito bem estar a um mundo de distância da Cumbria. E o mais importante, de Drake.

      Brooke se apoiou nele, o coração pesado de anseio. Aconchegou-se em seu ombro.

      — Queria poder ficar aqui para sempre. Vou sentir saudade de você. Saudade disso.

      — Sério? — perguntou Drake enquanto sorria para ela. — Você não quer ver mais o que há por aí? Não está nenhum pouco animada para ir para a escola? — Ele arqueou uma sobrancelha questionadora. — Vou sentir saudade, mas não irei esquecê-la. — Brooke suspirou, o coração acelerado.

      — Só temos catorze e quinze anos. Você se esquecerá de mim antes que cresçamos, e eu não me importo com o que haja por aí. Estou feliz aqui. — Ela franziu o cenho.

      — Prometo que você encontrará felicidade em outro lugar. Haverá muitas meninas na escola, e você fará mais amigos. — Drake a ergueu e a girou em círculos.

      Ele se animou enquanto girava mais rápido, ela explodiu em risadas.

      — Essa é a minha garota. — Ele sorriu. O coração de Brooke inchou tanto que parecia prestes a explodir. Pela milésima vez nesse verão, ela imaginou se o amava. Era uma emoção com a qual não tinha nenhuma experiência, exceto saber o que não era amor.

      Com certeza não era pais que faziam o possível para evitar a filha. Amor não era solidão e lágrimas. E não podia ser pessoas que se importavam mais consigo mesmas que com os outros. O amor tinha que ser algo mais, algo como dividir risadas, camaradagem e sorrisos cálidos. Algo como o que ela tinha com Drake. Brooke jogou a cabeça para trás, deixando o sol aquecer o seu rosto enquanto o céu azul e o campo de lavanda giravam.

      O coração dilatou quando encontrou o olhar de Drake. Com certeza o amor era risadas e diversão despreocupada? O amor tinha que ser duas pessoas que gostavam da companhia uma da outra. Um menino e uma menina que ouviam o que o outro dizia e que se preocupavam de verdade com o que o outro sentia. E um frio na barriga e a animação ao ver um ao outro.

      Será que Drake sentia o mesmo frio na barriga que ela? Ele com certeza sorria quando ela se aproximava. E ele sempre tinha tempo para ela. Esperava que a barriga do rapaz ficasse fria por ela, principalmente agora que tinha se convencido de que ele era o dono de seu coração.

      — Você parece um pássaro grande com seu vestido voando e a cabeça inclinada para trás — disse Drake. — Um belo cisne.

      — Não pareço, não. — Brooke riu com mais vontade enquanto ele a girava para baixo e para cima em um arco, como se ela realmente estivesse voando. Ele a colocou novamente sobre os pés, as mãos segurando-a pela cintura para equilibrá-la enquanto lhe dava um sorriso travesso.

      — O riso lhe cai bem.

      — Então, eu devo me dedicar a sorrir mais vezes. — Brooke se virou e se afastou vários metros antes de olhar para trás e lançar um desafio. — Venha me pegar, se puder.

      — Eu lhe alcançarei antes de que chegue ao cume. — Drake correu a toda velocidade.

      — Jamais. — Ela correu, deixando uma trilha de risadas em seu rastro. As alfazemas roçavam seus tornozelos e calcanhares enquanto ela corria pela terra. O aroma era revigorante.

      — Peguei você — Drake gritou um segundo antes de passar o braço ao redor da sua cintura.

      Os joelhos de Brooke se curvaram e os dois caíram no chão quente. Ela riu e se deitou para olhar para as nuvens fofas e brancas que cruzavam o céu. Drake se acomodou ao seu lado, a cabeça nivelada com a de Brooke e o corpo apontando para outra direção, como se fossem dois dos raios da roda de uma carruagem, encontrando-se no centro.

      Ela fechou os olhos e suspirou.

      — Se você fosse um pássaro, para onde voaria?

      — Para toda parte — respondeu Drake. — E você?

      Brooke pensou por um momento, não muito certa sobre o que responder, pois já estava onde queria estar. Ela virou a cabeça para olhar para Drake.

      — Eu o seguiria.

      Ele virou o rosto para olhá-la nos olhos e sorriu.

      — Teríamos as melhores aventuras. Eu a conduziria por todo o mundo, e veríamos todos os lugares sobre os quais as pessoas escrevem e falam. Seria muito divertido.

      Brooke se sentou e puxou as pernas para o peito, abraçando os joelhos.

      — Uma pena não sermos pássaros.

      — É sim — concordou Drake. Ele colocou as mãos atrás da cabeça e cruzou os tornozelos. — Ainda assim, poderíamos viajar juntos algum dia.

      — Concordo — disse Brooke, embora soubesse, em seu coração, que não iriam. Drake ia crescer e conhecer outra dama.

      Ele se casaria, e viajaria, e teria uma família, e ela seria uma memória distante, isso se ele se lembrasse dela.

      Drake virou de lado e apoiou a cabeça em uma das mãos.

      —

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