Recordações de um amor - Uma amante temporária. Emma Darcy

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Recordações de um amor - Uma amante temporária - Emma Darcy Ómnibus Geral

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Depois de dois anos na universidade tinha começado a trabalhar numa loja de noivas e aos vinte e dois anos fora promovida a gerente. Mas encontrara o trabalho dos seus sonhos ao tornar-se conselheira de moda para clientes com muito dinheiro e muito mau gosto. Adorava a roupa, fazia muitos dos seus vestidos e vivia num apartamento de onde se via o estreito da Georgia.

      Era muito unida aos seus pais, que tinham morrido há cinco anos. O seu pai sofrera um aneurisma enquanto via televisão e morrera antes de puderem chamar a ambulância. Trinta e quatro meses depois, a sua mãe, que sofria de asma, morrera de uma pneumonia.

      – Sinto a falta deles – confessou.

      Ir a Itália fora uma decisão de última hora e uma espécie de presente da senhora Elliott-Rhys, uma cliente agradecida que, além disso, era mãe da Pamela.

      – A amiga que devia ter vindo com ela partiu uma perna na semana passada e a senhora Elliott-Rhys convenceu-me a vir com Pamela porque não queria que a filha viajasse sozinha.

      – E quanto tempo ficarás em Portofino? – perguntou, tratando-a por tu.

      – Cinco dias. Voltamos para casa na próxima quarta-feira.

      Perfeito. O tempo suficiente para se divertir sem receio a compromissos.

      – Mais champanhe? – sugeriu Dario.

      – Não, obrigada. Eu não gosto de beber demasiado.

      – Será possível beber demasiado de uma coisa tão boa?

      – Não sei, mas se não te importas prefiro passear.

      – Como queiras – Dario levantou-se da cadeira e inclinou-se para lhe calçar as sandálias, um gesto que Maeve agradeceu e a fez corar.

      Passearam pelas ruas empedradas até ao porto e ela não pôs nenhuma objecção quando a levou pela rampa do porto.

      – Tem cuidado. Esses saltos não foram feitos para caminhar por aqui e não quero que escorregues.

      – Preocupa-me mais que nos prendam – confiou ela, olhando para a frota de luxuosos iates. – Tens a certeza de que podemos estar aqui?

      – Claro que podemos. O meu iate está ancorado no porto.

      – Se o teu iate se parecer com algum destes, acho que não estou no meu elemento.

      – Não deixes que te impressionem, a maioria são alugados – sorriu Dario. Embora não se preocupasse em explicar-lhe que o seu era o maior de todos.

      Ancorava-o sempre o mais longe possível do porto, uma decisão inteligente porque quando sentia vontade de navegar era mais fácil chegar a mar aberto. E quando o que queria era seduzir uma mulher bonita, tinha mais intimidade. E naquela noite, definitivamente, precisava de intimidade.

      Assim que entraram na lancha Dario arrancou e, uma vez no iate, começara a preparar o ambiente de sedução: champanhe, música suave e uma luz acesa na coberta para não tropeçar.

      Ele não vivia no iate, mas passara muitos dias ali a fazer um cruzeiro pelo Mediterrâneo. E levá-la-ia a navegar no dia seguinte se Maeve desejasse. Enquanto isso, convidou-a para dançar.

      – Se puder dançar descalça…

      Poderia despir-se se preferisse, pensara Dario. Embora, é claro, não o dissesse em voz alta. A noite estava a começar, logo haveria tempo para isso mais tarde.

      – Claro que sim – respondeu, agarrando-a pela cintura.

      Ao princípio ela mostrara-se um pouco rígida, mas Dario tinha escolhido bem a música. Agora os nomes importantes são outros, mas para uma noite de sedução não há como Nat King Cole.

      Com um metro e oitenta e oito, era mais alto do que a maioria dos italianos, mas Maeve também era alta, com um metro setenta e sete pelo menos… sem os saltos.

      Enquanto o encanto eterno da música os envolvia, ela relaxara o suficiente para se deixar levar. O seu cabelo cheirava a bergamota e a tomilho, a sua pele era suave e quente como a pétala de uma gardénia acariciada pelo sol.

      Dario pôs uma mão nas suas costas e apertou-a contra o seu corpo para que sentisse a erecção que não se incomodava em esconder… e, ao fazê-lo, sentiu a respiração de Maeve sobre o colarinho da camisa, o toque das suas pestanas na sua face.

      A música acabou e, levantando a sua cara com um dedo, procurou os seus olhos, deixando que o silêncio os envolvesse; a tensão sexual entre eles era tão poderosa que, quando por fim a beijou, Maeve derreteu-se entre os seus braços.

      Como ele nunca apressava os seus prazeres, e sem a menor dúvida Maeve era a promessa de um prazer extraordinário, voltou a beijar a sua têmpora, o seu nariz, a sua garganta. E quando voltou a procurar a sua boca, sentindo que se rendia perante a dele, soube que tinha a vitória na mão.

      Mesmo assim, não tinha pressa. De que serviria apressar-se a comer o bolo todo de uma vez, se tinha a noite toda pela frente?

      Dario voltou a beijá-la, mais profundamente desta vez, passando a língua pelos seus lábios que se abriram para ele. Tinham o sabor do champanhe, embriagadores, irresistíve. Mas ele queria mais. Muito mais.

      Lentamente desabotoara o seu vestido, que caiu ao chão, ao redor dos seus pés. Não usava sutiã e as cuecas eram tão pequenas que até ele, que julgava conhecer todos os mistérios da roupa interior feminina, não podia imaginar como se seguravam. Mas, colocando um dedo sob o elástico, livrou-se da roupa com um simples puxão.

      Obedientemente, Maeve levantou os pés para se libertar do vestido. Vestida era linda, nua era de cortar a respiração: pernas longas, cintura estreita e curva suaves, pura simetria, com uma pele tão suave como o seu colar de pérolas.

      E, de repente, olhá-la não era suficiente. Desejava-a toda e desejava-a com uma urgência que deveria havê-lo envergonhado.

      O desejo de seduzi-la a pouco e pouco mergulhou nas profundezas do mar e Dario tirou a roupa com toda a pressa, atirando-a ao chão. Pensara beijar cada centímetro da sua pele até que ela lhe suplicasse que fizessem amor, em vez disso, encontrou-se a si mesmo a suplicar-lhe a ela, a sua voz estava rouca de desejo enquanto a urgia a tocá-lo intimamente.

      Maeve fê-lo, os seus dedos fechavam-se sobre o seu membro com tal suavidade que esteve prestes a explodir… quando planeava levá-la ao orgasmo com a língua.

      Isso não ia acontecer. Estava demasiado perto do final para adiar o inevitável. De modo que, ou se arriscava a fazer uma figura ridícula ou faziam amor imediatamente, rezando para se aguentar o suficiente.

      Escolheu a última opção. Sentando-a sobre um banco acolchoado, Dario pôs-se sobre ela, abrindo-lhe as suas pernas com um joelho. Num momento de loucura roçou-a entre as pernas com a ponta, mas foi tão excitante sentir o seu calor que apenas teve tempo de colocar um preservativo antes de entrar nela.

      Inesperadamente, encontrou-se com uma barreira e sentiu que Maeve se agarrava convulsivamente aos seus ombros. Isso dizia-lhe tudo o que precisava de saber e, se tivesse alguma integridade, ter-se-ia afastado. Mas Dario tinha passado o ponto de retorno e, esquecendo a decência, empurrou com mais força e tremeu dentro dela uns segundos depois.

      E

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