Sete Planetas. Massimo Longo

Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Sete Planetas - Massimo Longo страница 5

Sete Planetas - Massimo Longo

Скачать книгу

Para quê?

      - Estamos aqui por uma missão de paz que envolve todos os povos.

      - Muitos celebram a paz mas depois desencadeiam a guerra.

      - Mas nós, como podes ver, não somos Anic. Sou Xam dos Tetramir, já ouviram falar de nós…

       - Xam do Sexto Planeta?

      Xam anuiu.

      - Chamem o sábio – ordenou o guerreiro barrigudo.

      Xam não estava à espera de ver saindo da cabana um seu companheiro de tantas batalhas e o chamou pelo nome:

       - Xeri! Eis onde viste parar, pensava que te tinha feito desaparecer.

      - Xam? O quer fazes aqui, meu amigo? Morreu apenas a minha alma de combatente: vi muitos jovens amigos a morrer.

      - Rever-te deixa-me feliz - exclamou Xam abraçando o velho amigo.

      - Eu também, mas o que vos traz aqui? Onde está Oalif?

      - Se tivesse sabido que te encontras aqui não o teríamos retido na naveta.

      Procuramos o mosteiro de Nativ.

      - Então não vos serve ir longe, basta erguer os olhos. Encontra-se na ilha flutuante.

      Os Tetramir ergueram o olhar para cima e viram que, precisamente por cima das suas cabeças, pendia uma espada de rocha enorme contendo no topo umas árvores que ocultavam a vista de toda ilha.

      - Como faremos para ali chegar?

      - Não fica perto como pode parecer, não se iludam, ninguém conseguiu de maneira alguma alcançá-la. Muitos tentaram inutilmente chegar ali – continuou Xeri – a distância que vos separa da ilha ficará sempre a mesma de todas as formas procurem de alcançá-la, é como se encontrasse numa outra dimensão.

      Reparem em volta. Não projecta nenhuma sombra no solo.

      Não tiveram o tempo para dirigir de novo os olhos no seu amigo, que um assobio atingiu a sua atenção. Viram cair no chão Xeri, Xam correu para o socorrer mas percebeu que era bastante tarde.

      - Todos ao abrigo – Gritou.

      - Às armas – gritou o chefe guerreiro.

      De novo as bolas de bilhar espalharam-se, mas desta vez os buracos encontravam-se no mato da selva.

      A batalha alastrava-se, os soldados de Mastigo tinham chegado mais rapidamente do previsto. Alguns meninos tinham ficado petrificados pelo medo no centro da aldeia.

      - Devemos fazer alguma coisa – disse Xam, mas não foi a tempo de terminar a frase que a Oriana já tinha-se precipitado sobre eles para protegê-los com a sua couraça envolvendo-os.

      Xam cobriu o seu afastamento abrindo fogo, enquanto Ulica, subida rapidamente numa árvore graças as suas dimensões de seda, planou silenciosa sobre os soldados de Mastigo escondidos entre as moitas, como um falcão sobre a sua presa, e os atacou até a morte.

      Cessados os ataques as mulheres correram para recuperar os meninos entre os braços de Zàira, Xam e Ulica precipitaram-se ao encontro dela.

      A praça estava vazia, um vento levantou-se fortíssimo, como um pequeno redemoinho dirigiu-se para o centro da aldeia sem destruir nada ao longo do seu trajecto. Zàira, Xam e Ulica sentiram os seus movimentos endurecer-se e, como quem está retido por magia, não conseguiram fugir. Rodopiaram durante vários segundos antes de serem depositados no limite de um grande litoral daquela ilha flutuante.

       Durante um tempinho Ulica sentiu-se suspensa no vazio. A cabeça ainda girava como quando desde criança por brincadeira, agarrando pela mão as amigas, rodeava até mais que podia, mas recuperou e procurou os seus companheiros da viagem.

      Xam já tinha encontrado Zàira, que tinha perdido os sentidos, e estava ao lado dele de joelhos: os seus olhos escuros estavam cheios de tristeza, um fraco por aquela Oriana o tinha sempre acompanhado.

      Ulica aproximou-se a eles e, realista como sempre, começou a controlar Zàira para perceber o que fazer, apalpou-lhe o pulso e disse:

      - Batimento lento mas normal, o seu corpo esta a tentar minimizar o esforço para recuperar.

      Girou-a lentamente para ver onde a teriam atingida, tirou-lhe o vestido que trazia amarrado atrás do pescoço e deixava descoberta as costas que permitia de se enrodilhar se necessário e a cingia nos flancos nas ilhargas até à metade da coxa.

      - Está ferida na ilharga direita, atrás da coluna, felizmente de raspão, a sua couraça lha protegeu.

      Não tinha perdido muito sangue, o laser tinha causticado em parte a ferida que não era profunda.

      - Não parece que tenha atingido os órgãos vitais ou já estaria morta – continuou Ulica.

      Xam a reparava estupefacto, aquele homem indómito que durante a batalha não destilava uma gota de medo e piedade pelos seus inimigos, habituado aos campos de batalha onde o horror da guerra e do sangue eram algo comum, não conseguia falar.

      Acenou com a cabeça que concordava.

      - Devemos encontrar um lugar para cuidar a ferida – sugeriu Ulica.

      Xam já tinha segurado no braço de Zàira e se dirigia para aquilo que parecia um templo, no cume de uma colina verdíssima.

      A sua aproximação e o seu cheiro lhe levaram outra vez à razão quando desde menino Zàira tirou-o fora do Canyon dos Cristais sobre Oria, tinha acontecido num dos poucos períodos em que deixava a academia, para ele única família conhecida.

      Durante as ferias, quase todos os amigos do curso regressavam às suas famílias. Nem todos os rapazes tinham esta sorte: alguns eram órfãos, como Xam; outros permaneciam porque as suas famílias eram bastante ocupadas pelas suas necessidades laborais; outros ainda, pelo contrário, pertenciam às famílias onde realmente a demasiada carga de trabalho não permitia o seu regresso. Para todos eles vinham organizados alguns campos de verão e muitas vezes o destino era Oria.

      Neste planeta, a atmosfera era rarefeito por causa das suas pequenas dimensões que comportavam uma baixa força gravitacional. Todos aqueles que não eram Orianos deviam usar um pequeno compensador de ar para obter uma oxigenação perfeita, sem o tal se sentiria como quem está no cume de uma montanha que supera os oito mil metros.

      A estadia no campo estival de Oria era marcada por um monte de tarefas mas no fim das actividades diárias, Xam encontrava-se a mandriar nos arredores do campus, nas quais vizinhanças encontrava-se a fazenda do pai de Zàira e foi ali que a conheceu.

      Naquele Verão a amizade deles solidificou-se. Como todos os adolescentes amavam arranjar sarilhos mais ou menos graves. Zàira, efectivamente, naquele Verão contou a Xam sobre um lugar que a ela parecia encantador, não revelou toda a verdade, manteve secreta uma parte para não estragar a surpresa e acima de tudo escondeu que os adultos o proibiam pela sua perigosidade.

      Foi desta forma que arrastou o amigo naquela aventura no deserto. Pediu a Xam para calçar as botas mais pesadas que possuísse e não quis que levasse alguns amigos

Скачать книгу