Nunca Desafie Uma Raposa. Dawn Brower
Чтение книги онлайн.
Читать онлайн книгу Nunca Desafie Uma Raposa - Dawn Brower страница 5
Não demorou muito para que a carruagem parasse do lado de fora do castelo de Graystone. Quando parou, Zach se preparou para sair. Um lacaio abriu a porta e ele deslizou para fora com facilidade.
— Vossa Graça — cumprimentou o lacaio. — Estamos felizes por ter o senhor aqui.
Claro que eles estavam. Afinal, ele era a fonte da renda deles. Zach assentiu e dirigiu-se para a entrada. Ele não tinha mais nada a dizer a ele. A porta se abriu quando ele se aproximou dela. Um homem com cabelos escuros e mechas grisalhas nas laterais estava do outro lado. O mordomo empertigou-se e manteve seu olhar focado em algo distante de Zach. — Vossa Graça — cumprimentou ele. Demoraria um pouco para Zach se acostumar com seu novo título.
— Bentley? — perguntou ele. Zach havia se correspondido com o mordomo algumas vezes desde a morte de seu tio. Ele não compareceu ao funeral porque não se importou muito que o velho tivesse falecido. Ele também não pretendia respeitar o período de luto. Zach não chorou por seu tio e nunca faria isso. O mundo estava muito melhor sem ele.
— Sim, Vossa Graça — disse Bentley. — Estou feliz que o senhor chegou em segurança. — Todos eles estavam tão felizes em vê-lo… era quase nauseante. Eles o estavam bajulando como se ele fosse da realeza. Era possível que ele estivesse sendo muito duro com eles. Afinal, eles eram a criadagem. Era isso que eles deveriam fazer. Embora ele duvidasse da veracidade de suas reações.
— Onde está a nova noiva do meu tio? — Zach queria colocar o lixo para fora o mais rápido possível. Se ele conseguisse, ela estaria instalada na Casa do Viúva antes do anoitecer.
— Creio que ela está na sala de estar com as irmãs. — O mordomo apontou para o longo corredor. — Ela geralmente toma chá com elas a essa hora do dia.
Certo… — Leve minhas malas para os meus aposentos. Espero que tenham sido devidamente preparados para a minha chegada.
— Certamente senhor — respondeu o mordomo. — Os aposentos ducais foram limpos e toda a roupa de cama substituída como o senhor especificou.
— Bom. — Ele não queria nenhum vestígio de seu tio deixado naquele quarto. Zach esperava que tivesse mais mudanças a fazer, mas ele não saberia o que isso implicaria até que examinasse os aposentos. — Agora, conhecerei a minha nova tia. Depois, gostaria que você me encontrasse no escritório do meu tio. Há muito para discutirmos.
— Como quiser, Vossa Graça. — Ele fez uma reverência. — Cuidarei de seus baús agora.
Zach assentiu e depois foi para o corredor para encontrar a esposa de seu tio. A risada ecoando da sala em que ela estava viajou pelo corredor. Elas pareciam estar se divertindo. Ele parou na entrada e olhou, encantado. Havia quatro moças loiras lá dentro, em uma faixa etária entre 15 e 20 anos, se ele arriscasse um palpite. Duas gêmeas idênticas, as mais jovens, presumiu ele, estavam sentadas na espreguiçadeira com outra de suas irmãs. A mais velha estava sentada serenamente em uma cadeira azul que quase combinava com a cor de seus olhos. Havia um brilho travesso naqueles oceanos que o atraía mais do que ele esperava. Todas as quatro eram adoráveis, mas a mulher solitária na cadeira… ele a achou de tirar o fôlego, mas isso não o ajudaria em nada.
Ele limpou a garganta. — Perdoe-me, mas qual de vocês teve a ousadia de se casar com um idoso?
Todas as quatro pararam de falar e olharam para ele com a boca aberta. Ah, bom, ele tinha captado a atenção delas…
Billie encarou o cavalheiro parado, parecendo todo taciturno, na entrada do salão e perdeu toda a capacidade de pensar. Ele tinha que ser o homem mais bonito que ela já teve o privilégio de pousar os olhos. Ele tinha cabelos castanhos, beijados pelo sol e que reluzia algumas mechas de ouro vermelho vivo. Seus olhos eram da mesma cor da grama em um dia quente de verão. O problema era que aqueles olhos verdes brilhantes estavam olhando para ela com nada além de desdém. Ele não gostava dela e ela não tinha ideia do porquê. Billie nem sabia quem ele era, mas ele parecia ter um problema com seu casamento recente. Isso só podia significar que ele… era o herdeiro. Ela tentou engolir enquanto um nó se formava em sua garganta. Seu estômago roncou e ela teve que resistir à vontade de levantar-se e andar pela sala para aliviar sua ansiedade crescente. — Creio que sou a pessoa que você está procurando. — Ela manteve seu tom leve e neutro. Ele pode ter invadido a sala com más intenções, mas ela não tinha que reagir da mesma maneira.
Ele entrou na sala e pegou uma xícara, em seguida, despejou chá nela. Ele bebeu o chá preto sem acrescentar nada a ele. Billie gostava do dela com ao menos um pouco de doce e quase se encolheu quando ele tomou um gole do chá puro. Ele colocou a xícara em um pires que segurava na mão e então a encarou. — Agora que bebi algo, podemos discutir sua situação.
— Perdão… — Ela olhou para ele, surpresa com suas palavras. — De que situação se refere? — Ele sabia o quanto ela estava desamparada quando se casou com o duque? Ele pretendia expulsá-la da casa? Não, ele não poderia. Ela era legitimamente a duquesa. Ninguém sabia que o casamento não havia sido realmente consumado e ela nunca admitiria isso. Os criados ou não estavam cientes de sua atual condição virginal, ou, caso soubessem, pareciam não se importar. Para eles, ela ainda era a duquesa e ela queria encorajar esse comportamento tanto quanto possível. O bem-estar de sua família dependia disso.
— Você não pertence a esta casa e você está bem ciente desse fato. — Ele tomou outro gole de chá. Em seguida, gesticulou em direção às irmãs de Billie. — Parece que você mudou a família inteira para a minha casa. O que para mim não dará certo.
— Meu marido concordou que eles poderiam morar aqui — disse ela austeramente.
— Seu marido — começou ele. — Está morto. Esta não é mais a propriedade dele.
Ela abriu e fechou a boca várias vezes. O gesto estava se tornando um péssimo hábito. Ele continuava dizendo coisas terríveis. O homem não sabia falar de outra forma senão com tamanha franqueza? — Isso é verdade, eu suponho… — Parte dela estava começando a entender por que o velho duque não queria que este homem herdasse seu título. Ele era rude e arrogante.
— Bom — disse ele, colocando o chá e o pires na mesa. — Então estamos de acordo. Você fará as malas e partirá antes do escurecer.
— O que? — disseram suas três irmãs de uma só vez.
— Você não pode fazer isso — disse Billie a ele. Ela tinha que fazê-lo entender que eles não tinham para onde ir. Certamente ele não poderia ser tão cruel como parecia. — Esta é a nossa casa agora.
Ele arqueou uma sobrancelha. — Verdade? Exatamente há quanto tempo está aqui. É do meu entendimento que seu casamento ocorreu há uma quinzena. Você se mudou antes de dizer seus votos?
— Não seja ridículo — zombou ela. — Que absurdo! Claro que não nos mudamos