Guerreiro Místico. Brenda Trim

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Guerreiro Místico - Brenda Trim

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Zander, com a determinação o dominando. – Preciso ir até elas – declarou. Ninguém o impediria de ir até onde Cailyn estava.

      — Concordo. O caminho mais rápido será o portal para Basketane – ressaltou Zander, referindo-se ao complexo de San Francisco. — Você acha que pode aguentar o dreno de energia? Não sabemos a extensão dos ferimentos delas.

      — Farei o que for preciso para chegar até ela o mais rápido possível e vou curá-la… mesmo que isso me mate – prometeu Jace, ignorando os suspiros chocados e olhares questionadores.

      — Envie uma mensagem para Gerrick e diga-lhe para retornar – disse Zander, poupando Jace de quaisquer explicações adicionais. Jace enviou uma mensagem para Gerrick e Killian, companheiros feiticeiros, antes de Zander terminar de falar. A resposta deles foi instantânea, fazendo com que Jace praguejasse, enquanto disparava outra mensagem.

      — O que foi? – perguntou Zander.

      — Eles estão a quinze minutos de distância. Vou ter que fazer isso sozinho. – Eles não tinham tanto tempo assim. Precisava chegar lá, naquele momento.

      — Leve as mulheres de volta para Basketane – disse Zander, no viva-voz, sustentando o olhar de Jace, firme.

      — Estamos levando-as agora e estaremos esperando por você – respondeu Thane.

      — Estaremos aí em breve. Gerrick está a cinco minutos daqui e eles irão estabelecer o portal imediatamente após o retorno dele. Envie outra equipe para limpar a cena do acidente. Não queremos que as autoridades humanas se envolvam – instruiu Zander.

      O suor escorria da testa de Jace e seu coração estava acelerado. Ouviu Zander confortar Elsie e os outros que haviam se juntado a eles discutirem aquela virada nos acontecimentos. Jace estava pior do que Elsie havia estado, buscando ouvir Gerrick ou Killian a cada dez segundos. Ficar sentado, esperando, não era algo que Jace sabia fazer bem. Precisava agir. Outra volta pela sala não ajudaria. No momento em que pensou que iria enlouquecer, Gerrick entrou pela porta da frente.

      Jace correu para as portas duplas.

      — Vamos, Gerrick. Você pode se atualizar a respeito mais tarde. Precisamos lançar um portal para Basketane. Agora! – retrucou, quando Gerrick não fez nenhum movimento para ajudá-lo.

      — Minha irmã está ferida e precisamos chegar até ela – disse Elsie ao guerreiro mal-humorado na porta da sala de guerra.

      Jace sabia que Gerrick odiava ouvir que uma mulher estava em perigo, o que não era surpresa, visto que sua companheira havia sido brutalmente assassinada séculos antes por escaramuças. Felizmente, as palavras de Elsie colocaram o guerreiro em ação. Com apenas os dois lançando o portal, isso consumiria toda a energia deles e os esgotaria, mas ele não podia esperar por mais ninguém.

      Precisando consolidar sua magia, ele convocou seu bastão de feiticeiro do reino da Deusa. Uma luz branca e brilhante cintilou e então ele agarrou a familiar madeira de amieiro de seu bastão, e ouviu o zumbido adicional de poder irradiando até ele. A serpente que adornava o alto do bastão de dois metros e meio brilhava sob luz do teto. Jace respirou fundo para centralizar sua energia. Conseguiria fazer aquilo.

      Ele olhou e viu que Gerrick havia convocado seu próprio bastão. Balançou a cabeça afirmativamente para o guerreiro, e eles começaram a cantar na língua antiga. Jace sentiu a magia crescer sob a pele. Luzes verdes, azuis e roxas, semelhantes às da aurora boreal, ondulavam ao redor deles. O poder aumentou até que Jace pensou que sua pele iria rachar. Com um olhar de soslaio para Gerrick, eles jogaram a magia no grande vestíbulo. Uma porta mística se formou e uma elegante sala de estar, com móveis antigos e painéis de madeira, tornou-se visível do outro lado do portal. Um aroma sensual de canela flutuou pela abertura.

      O coração de Jace parou quando Jax entrou na sala de estar embalando Cailyn.

      Capítulo Dois

      — Cailyn, oh, meu Deus. Você está bem? – gritou Elsie e Cailyn virou a cabeça dolorida.

      Elsie, Zander e Jace a olhavam. O seu coração acelerou ao ver Jace. Ele era tão sexy quanto ela se lembrava e estava ali, para salvá-la. A casa atrás deles lhe parecia familiar. Ela percebeu que um portal havia sido criado para chegar até ela e Jessie. A porta mágica parecia exatamente com aquela que os feiticeiros haviam criado na noite da festa de formatura da irmã. Era um lembrete terrível do momento em que fugiram da batalha com os demônios, do lado de fora do Clube Confetti.

      Elsie correu até ela, murmurando palavras de conforto. Cailyn queria afastar a preocupação da irmã e tranquilizá-la. Odiava ver Elsie com medo ou infeliz. Não que sua irmã precisasse de garantias, agora que era uma vampira. Elsie havia mudado de muitas maneiras, além de apenas essa, desde que se tornara a Rainha Vampira. Sempre foi confiante e capaz, mas agora havia um poder em torno dela que exigia respeito.

      A Deusa Morrigan havia escolhido com sabedoria, pensou Cailyn, quando escolheu Elsie para ser a companheira de Zander. Cailyn se lembrava de ter visto a Deusa na cerimônia de acasalamento da irmã. O curso de mitologia que tivera na universidade havia lhe ensinado que Morrigan era a deusa da guerra e da morte, mas Cailyn viera a saber que esse era um pequeno aspecto de sua divindade.

      Era também a deusa do nascimento, tendo criado o Reino de Tehrex, junto com os sobrenaturais que ali moravam. Era estranho pensar que aquele reino coexistia com o dos humanos, na Terra. Elsie agora era uma parte vital desses sobrenaturais, mas velhos hábitos eram difíceis de superar, e Cailyn não achava que algum dia deixaria de ser mãe de sua irmãzinha.

      — El. Vou ficar bem. Esses rapazes nos acharam a tempo – acalmou Cailyn, tentando mascarar a agonia.

      Um baixo rosnado masculino a fez se virar nos braços de Jax. Incapaz de esconder o estremecimento que a dor lhe provocou, ela notou que Jace estava rapidamente se aproximando dela.

      — Entregue-a a mim – exigiu Jace, com a raiva estampada nas feições masculinas.

      A maneira gentil com que ele a tirou dos braços de Jax foi surpreendente, tendo em vista como estava irritado. Ainda assim, ela cerrou os dentes com a movimentação. Sentia como se um atiçador quente estivesse sendo enfiado nos músculos e ossos de sua perna, e sua cabeça estava matando-a.

      — A ghra, sua irmã está segura. Devemos voltar pelo portal até Zeum para que Jace possa recuperar sua força e cuidar dela. Jace a colocará de pé e em boas condições em um instante. Pare de se preocupar. Vamos sair daqui – instruiu Zander enquanto Bhric, irmão de Zander, tirava Jessie de outro guerreiro.

      — Jessie recuperou a consciência? – perguntou Cailyn ao Príncipe Vampiro. Ela estava apavorada de preocupação com a melhor amiga e nunca se esqueceria de ter visto o demônio mordê-la.

      — Não totalmente. Jace, você precisa fazer algo por esta pobre moça. Ela está se contorcendo e gemendo. Aqui, vou levar Cailyn e você pode levá-la – respondeu Bhric.

      — Infelizmente, Bhric, não há muito que eu possa fazer por Jessie agora. Essa marca de mordida no pescoço dela não é de uma escaramuça. É a mordida de um arquidemônio. Ela foi envenenada. O portal está a dez passos de distância. Leve-a e fique atrás de mim. O portal vai fechar rapidamente. Nosso poder está diminuindo e não podemos mantê-lo aberto por muito mais tempo – respondeu Jace, sem deixar de dar um passo.

      Sua

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