Guerreiro Místico. Brenda Trim

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Guerreiro Místico - Brenda Trim

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de que estava amaldiçoado. Essa era a única explicação de por que o livro se recusava a ajudá-lo. Ele o queria mais do que ela, mas por razões diferentes. Havia feitiços contidos no livro que ele poderia usar para quebrar os encantamentos colocados nas amarras.

      Lady Angelica o esbofeteou, deixando sulcos de suas unhas. O sangue pingou em seu cabelo, grudando nos anos de fuligem e sujeira.

      — Agora veja o que você me obrigou a fazer. Coopere e terá uma refeição de verdade esta noite. Vai ajudá-lo a curar esse rosto lindo.

      Jace cuspiu na cara dela.

      — Vai se arrepender disso, escravo – gritou ela.

      Seu arrependimento foi instantâneo quando as palavras em gaélico do feitiço saíram dos lábios dela e a bile subiu até sua garganta. Ele vomitou o pão mofado com o qual havia sido alimentado na noite anterior, enquanto sentia o membro se encher de sangue e enrijecer contra sua vontade. Orou à Deusa pelo fim daquele tormento.

      — Não, Angelica, não faça isso. Não tenho ideia de onde está o livro. Ele não vai me atender. Juro – afirmou ele, odiando como estava fraco e indefeso. Odiava ainda mais estar implorando a uma vadia sem coração.

      — Hmmm, assim é melhor – ronronou ela, alimentada pelo som de seu desespero e a visão de sua ereção crescente. Ele fechou os lábios, recusando-se a lhe proporcionar mais prazer.

      Ele ficou imóvel enquanto ela corria os dedos sobre seus testículos. Qualquer movimento e ela afundaria as garras em sua carne.

      — Traga-me o óleo – ordenou a um criado.

      Passos arrastados ecoaram, seguidos por um líquido escaldante derramado sobre seu peito e abdômen. As mãos de Angelica brincaram com o óleo, espalhando-o em seu corpo dominado. Ele não conseguiu evitar o estremecimento quando a mão dela rodeou seu membro. Foi recompensado com unhas cravadas sobre sua ereção. Infelizmente, o feitiço dela o impedia de desinchar. Ela subiu no altar com ele, montando em seus quadris. Novamente, Jace tentou acessar seus poderes e neutralizar os feitiços. Nada.

      — Você não pode me recusar. Vamos tornar isso interessante. – Ela estalou os dedos e uma bengala foi imediatamente colocada na palma da sua mão. Ela rastejou até o rosto dele e colocou o sexo sobre sua boca fechada. Esfregando-se sobre a linha de seus lábios, ela desceu a bengala em sua ereção. Jace gritou de dor e ela atingiu o clímax em seu rosto. Ela adorava causar-lhe dor e humilhação. Ele desistiu de orar à Deusa para salvá-lo daquele inferno. Nunca conseguiria escapar.

      Jace se ergueu de um salto, confuso e encharcado de suor, o coração batendo forte. Era impossível afastar o medo e a ansiedade, então ele se preparou para lidar com o que Angelica o forçaria a seguir. Procurando se orientar, ele olhou ao redor do quarto e viu Cailyn dormindo, com espasmos, na cama ao lado dele.

      Quando a lucidez lhe atingiu, percebeu que era apenas um sonho. Não estava de volta à câmara de tortura. Graças à Deusa. Seu alívio durou pouco, pois a náusea o dominou e ele correu para o banheiro.

      Ele se curvou sobre o vaso sanitário e vomitou, esfregando a pulseira de prata que estava no pulso. A pulseira de Draiocht aliviou seus nervos e acalmou o estômago revolto.

      Jace odiava os pesadelos. Em seiscentos anos, eles ainda não o haviam deixado e ele raramente tinha uma noite inteira de sono. Não foi o suficiente que seu cativeiro lhe roubasse a capacidade de ter intimidade com uma mulher. Lady Angelica havia tirado tudo dele e continuava tirando.

      Mais do que tudo, Jace queria uma vida normal. O problema era que ele não fazia ideia de como assumir o controle e tornar isso realidade. Ela havia cravado as garras e deixado o veneno ali, e não importava o que acontecesse, ele não conseguia extirpá-lo de seu corpo. Ele deu a descarga e lavou as mãos e o rosto antes de voltar ao quarto para ver que Cailyn ainda dormia.

      Ele bloqueou as imagens do pesadelo e se lembrou do motivo pelo qual estava em um quarto com a mulher que vinha ocupando suas fantasias por meses. Olhou para o relógio e viu que havia dormido por algumas horas. Todos haviam seguido para os seus quartos para descansar, logo depois de seu insucesso em curar Cailyn. O fracasso ainda lhe doía. Ela sofria porque ele caiu direto na armadilha da fada.

      Afastando a culpa, ele mandou uma mensagem para Bhric para ter certeza de que Jessie estava protegida nas masmorras. A resposta do guerreiro foi instantânea: a mulher dormia pacificamente em uma cela. Trancar a amiga aborrecia Cailyn, mas eles não tinham escolha, com tantas incógnitas. Pelo menos Jessie ainda estava viva.

      Jace inclinou a cabeça, ouvindo os outros guerreiros. A casa estava quieta àquela hora do dia, com todos dormindo. Jace havia usado sua posição como médico e insistido que fosse ele a ficar ao lado de Cailyn, enquanto Elsie podia ter seu descanso do dia.

      Foi difícil arrancar Elsie do lado da irmã, mas sendo uma recente vampira, Elsie precisava descansar durante as primeiras horas da manhã. Mais uma vez verificando rapidamente a hora, Jace viu que tinha mais algum tempo para ficar sozinho com Cailyn.

      Jace foi até a cama e sentou-se ao lado de Cailyn, que estava longe de ter paz em seu sono. Ele pressionou os dedos no pulso dela e notou que o ritmo ainda estava acelerado. Levantando as cobertas, viu que a tala e as ataduras estavam bem ajustadas em torno da perna quebrada. Os hematomas e o inchaço aumentavam acima da bandagem. Sua capacidade de cura não resultou em nada, a não ser desencadear o feitiço daquela maldita fada. Seu polegar percorreu o pulso dela; em seguida, um ruído fez com que ele olhasse para o rosto dela. Ela se mexeu e as pálpebras se abriram.

      — Oi, linda – murmurou ele.

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      * * *

      — Ei – resmungou Cailyn, engolindo em seco, tentando molhar a garganta ressecada. Sentia-se muito mais velha do que seus vinte e nove anos. – Preciso de um pouco de água – gemeu, tentando se sentar e alcançar o copo na mesa de cabeceira. Jace já estava ali, ajudando assim que ela esticou o braço.

      — Deixe-me pegar. Você não pode se mover muito. Aqui, vamos deixá-la mais confortável – falou, enquanto empilhava travesseiros sob as costas dela. O braço dele passou por suas costas e Cailyn se inclinou no calor do peito dele, inalando o perfume masculino. Ele tinha cheiro de uma tempestade, forte e potente.

      Em vez de se encostar nos travesseiros, ela permaneceu aninhada ao lado dele. Ela o sentiu enrijecer antes de relaxar, então retirou o braço e pegou um copo d'água para ela. Ele colocou o copo nos lábios dela.

      — Obrigada – sussurrou ela, entre goles.

      — Não beba demais. Não quero que você passe mal. Como está se sentindo? – perguntou ele enquanto passava a mão pela cabeça e pelo braço dela. Ela gostava um pouco demais da sensação do toque dele.

      — Sinto como se tivesse sido atingida por uma bola de demolição algumas dezenas de vezes. Posso tomar um pouco de ibuprofeno para essa dor de cabeça?

      — Deixe-me examiná-la primeiro. Preciso ter certeza de que não causaria mais danos do que benefícios. Vou desenfaixar sua perna e isso vai doer, mas quero ter certeza de que está estável – respondeu ele, enquanto se inclinava para trás e pegava uma caneta-lanterna da mesa de cabeceira.

      Ela imediatamente sentiu falta do calor dele. Estar perto dele parecia natural e certo, como se ela pertencesse àquele lugar. Aparentemente, a dor a deixara sentimental.

      Ele

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