Razão para Salvar . Блейк Пирс

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Razão para Salvar  - Блейк Пирс Um mistério de Avery Black

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é sua casa, Avery pensou. Só porque Ramirez pode acabar não vindo para cá com você, não quer dizer que não é sua casa. Não seja tão dramática.

      E ali estava, claro como o dia. Ela havia forçado seus pensamentos contra a realidade, mas agora que tudo havia tomado forma em pensamento, parecia um pouco mais assombroso.

      Com os ombros caídos, Avery seguiu para o banheiro. Tirou a roupa, entrou no banho, fechou a cortina e ligou a água quente. Ficou por lá vários minutos antes de se preocupar com sabonete ou xampu, deixando a água relaxar seus músculos. Quando acabou de se limpar, desligou o chuveiro, fechou a banheiro e a encheu de água quente. Ela se abaixou quando a banheira encheu, deixando-se relaxar.

      Quando a água chegou à borda, quase transbordando, desligou-a com os dedos. Fechou os olhos e mergulhou.

      O único som no apartamento era o da água em excesso e sua própria respiração.

      Logo depois, um terceiro som: o choro de Avery.

      Ela havia se segurado na maior parte do tempo, não querendo mostrar aquele seu lado no hospital e sem querer que Ramirez a escutasse chorando, como se ele pudesse ouvir qualquer coisa. Havia ido até o banheiro do quarto dele algumas vezes e chorado, porque não aceitava ter deixado tudo aquilo acontecer.

      Avery chorou na banheira e, com o pensamento de que Ramirez poderia não sobreviver vindo a sua mente, o choro foi um pouco mais forte do que ela imaginara.

      Ela continuou chorando e não saiu da banheira até que a água ficasse morna e suas mãos e pés enrugassem. Quando finalmente saiu, cheirando como um humano normal novamente e no meio de tanto vapor, se sentiu muito melhor.

      Depois de se vestir, Avery tirou um tempo para se maquiar um pouco e fazer seu cabelo ficar pelo menos apresentável. Depois, foi até a cozinha, serviu a si mesma uma tigela de ceral como almoço tardio, e checou o telefone, que havia deixado no balcão da cozinha.

      Aparentemente, seu nome estivera muito popular enquanto ela estava no banheiro.

      Havia três mensagens de voz e oito mensagens de texto. Todas elas de números conhecidos. Dois eram de linhas fixas do trabalho. Os outros eram de Finley e O’Malley. Uma das mensagens era de Connelly. Era a última recebida—sete minutos antes—e não era nada vaga. O texto dizia: Avery, é melhor você atender a porra do telefone se você gosta do seu trabalho!

      Ela sabia que aquilo era um blefe, mas o fato de Connelly ter enviado uma mensagem significava algo. Connelly quase nunca enviava mensagens. Algo sério havia acontecido.

      Ela não se preocupou em olhar as mensagens de voz. Ao invés disso, ligou para O’Malley. Avery não queria falar com Finley porque ele perdia tempo falando de coisas sem sentido. E ela não gostava nada de ter que falar com Connelly quando ele estava com aquele humor.

      O’Malley atendeu na segunda chamada.

      - Avery, meu Deus... Onde você estava?

      - Na banheira.

      - Você está no seu apartamento?

      - Sim. Aconteceu algo? Eu vi a mensagem do Connelly. Ele mandou mensagem. O que está havendo?

      - Olha... Podemos ter algo muito complicado acontecendo e se você puder, gostaríamos que você viesse. Na verdade, mesmo que você não possa, Connelly quer você aqui.

      - Por que? – Avery perguntou, intrigada. – O que aconteceu?

      - Apenas... Apenas venha aqui, pode ser?

      Ela suspirou, percebendo que a ideia de voltar ao trabalho na verdade a atraia. Talvez aquilo a daria alguma energia. Talvez aquilo a tiraria do humor lamentável em que ela estivera nas duas últimas semanas.

      - O que é tão importante, porra? – Ela perguntou.

      - Temos um assassinato – O’Malley disse. – E estamos certos de que foi Howard Randall.

      CAPÍTULO DOIS

      O medo de Avery aumentou quando ela chegou ao Departamento. Havia vans da imprensa por todos os lados, com repórteres brigando por posição. Havia muita comoção no estacionamento e no gramado onde havia guardas uniformizados nas portas frontais, mantendo a imprensa afastada. Avery dirigiu pela outra entrada, longe da rua, e viu que havia vans estacionadas por lá também.

      Entre os poucos oficiais que estavam nos fundos do prédio mantendo a paz, ela viu Finley. Quando ele viu seu carro, se afastou da multidão e acenou, dizendo-a para vir até ele. Aparentemente, Connelly havia o posicionado ali como guarda para conseguir faze-la passar por toda aquela loucura e entrar.

      Avery estacionou seu carro e caminhou o mais rápido que pode até a entrada dos fundos. Finley logo chegou a seu lado. Por conta de sua história como advogada e dos grandes casos que ela resolvera como detetive, ela sabia que tinha um rosto que seria facilmente reconhecido pela mídia local. Felizmente, graças a Finley, ninguém a viu antes que ela entrasse pela porta dos fundos.

      - Que porra está acontecendo? Pegamos Randall? – Avery perguntou.

      - Eu gostaria muito de te dizer o que aconteceu – Finley disse. – Mas Connelly me disse para não falar nada. Ele quer ser o primeiro a falar com você.

      - Justo. Eu acho.

      - Como você está, Avery? – Finley perguntou enquanto eles caminhavam rapidamente até a sala de conferências da sede do A1. – Digo, com tudo isso que está acontecendo com Ramirez.

      Ela encolheu os ombros e respondeu:

      - Estou bem. Lidando bem com tudo.

      Finley entendeu a mensagem e esqueceu o assunto. Eles seguiram pelo resto do caminho até a sala de conferências em silêncio.

      Ela esperava encontrar a sala de conferências tão cheia quanto o estacionamento. Imaginou que algo envolvendo Howard Randall levaria todos os agentes disponíveis a estarem por lá. No entanto, quando entrou com Finley, viu apenas Connelly e O’Malley sentados à mesa. Os dois homens já estavam na sala, com expressões paradoxais uma a outra. O olhar de O’Malley era de sincera preocupação, enquanto a expressão de Connelly parecia dizer Que porra eu tenho que fazer com você agora?

      Quando sentou-se, Avery quase se sentiu como uma criança que fora mandada à sala do diretor.

      - Obrigado por vir tão rápido – Connelly disse. – Eu sei que você está passando por uma barra. E acredite... Eu só te chamei porque eu achei que você gostaria de estar envolvida no que está acontecendo.

      - Howard realmente matou alguém? – Ela perguntou. – Como você sabe? Vocês o pegaram?

      Os três homens compartilharam um olhar desconfortável em volta da mesa.

      - Não, não exatamente. – Finley disse.

      - Aconteceu ontem à noite – Connelly disse.

      Avery suspirou. Ela na verdade já esperava escutar algo assim na imprensa ou em uma mensagem do A1. Ainda assim... o homem com quem ela conversara na prisão pedindo por conselhos não parecia capaz de um assassinato. Era estranho...

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