Razão para Salvar . Блейк Пирс

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Razão para Salvar  - Блейк Пирс Um mistério de Avery Black

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      - Prefeito Greenwald – Connelly disse. – Não é o que você está pensando.

      - O que você me disse hoje de manhã? – Greenwald disse. – Você me disse que todos os sinais apontavam para que esse crime fosse obra de Howard Randall. Você me assegurou que tomaria conta disso com cuidado e que a cena do crime poderia oferecer pistas de onde esse filho da puta está escondido. Não foi?

      - Sim, senhor. Eu falei – Connelly disse.

      - E agora você está me dizendo que meter Avery Black nesse caso é tomar conta do assunto? A mesma detetive que a mídia sabe que se encontrava em privado com ele?

      - Senhor, eu posso assegurar, ela não está no caso. Eu chamei ela apenas para uma consulta. Afinal ela conhece Howard Randall melhor do que qualquer um na polícia.

      - Não me importa. Se a mídia souber disso... se eles imaginarem que a Detetive Black está cuidando do caso, vou ter tanta merda para juntar que vou usar seu salário para comprar as pás.

      - Sim, eu entendo, senhor. Mas o—

      - A cidade já está aterrorizada com Randall à solta – o prefeito continuou, realmente irritado. – Você sabe tão bem quanto eu que estamos recebendo pelo menos trinta ligações por dia de pessoas preocupadas achando que viram ele. Quando souberem desse assassinato—e vamos ser realistas, é só uma questão de tempo—todo mundo vai saber que foi ele. E se a porra da Avery Black estiver no caso, ou perto do caso—

      - Isso não vai importar – Avery disse, tendo escutado o suficiente.

      - O que você disse? – O prefeito Greenwald quase gritou.

      - Eu disse que não vai importar. Howard Randall não cometeu esse crime.

      - Avery... – O’Malley disse.

      Nesse momento, Connelly e o Prefeito Greenwald a olharam como se tivesse surgido nela um terceiro braço.

      - Você está falando sério? – Greenwald perguntou.

      E antes que ela pudesse responder, Connelly falou—o que não a surpreendeu.

      - Black... Você sabe que isso é coisa de Howard Randall. Por que diabos você pensaria que não é?

      - Apenas veja os arquivos, senhor – ela disse. Depois, olhou para Greenwald e acrescentou: - O mesmo serve para você. Veja os arquivos de Howard Randall. Encontre um dos assassinatos dele onde ele fez algo desse tipo—algo tão fora do normal e sangrento. Desmembramento é uma coisa. Mas isso vai muito além. Howard estrangulou a maioria de suas vítimas primeiro. O que estou vendo nesse último crime é muito pior que algo assim.

      - Howard Randall esmagou a cabeça de uma mulher com um tijolo – Greenwald disse. – Eu diria que isso é bem sangrento e brutal.

      - É sim. No entanto, aquela mulher foi atingida duas vezes e a investigação diz que foi o segundo golpe que a matou—não o primeiro. Howard Randall não está nessa pela emoção, violência ou pela exploração. Mesmo quando despedaçou os corpos, tinha pouco sangue. Era quase como se ele evitasse sangue, apesar de seus atos. Mas esse assassinato aqui... é demais. É sem fundamento. E mesmo que seja um monstro e com certeza um assassino, Howard Randall não é alguém sem fundamento.

      Avery viu uma mudança na expressão de Connelly. Ele estava ao menos pensando naquilo, considerando seus exemplos. O prefeito Greenwald, por outro lado, não estava aceitando a ideia.

      - Não. Isso é obra de Howard Randall e é ridículo pensar outra coisa. Até onde eu sei, esse assassinato colocou fogo em todo o A1—caramba, em todos os departamentos da cidade! Eu quero Howard Randall algemados ou cabeças vão rolar! E imediatamente, eu quero a Black fora desse caso. Ela não pode estar envolvida de nenhuma maneira!

      Depois disso, Greenwald voltou a seu carro esbravejando. Avery já havia sofrido com reuniões com ele no passado e estava começando a pensar que ele era sempre assim. Ela nunca havia o visto caminhando normalmente.

      - Você voltou ao trabalho há meia hora – O’Malley disse, - e já conseguiu tirar o prefeito do sério.

      - Não estou trabalhando – ela pontuou. – Como ele descobriu que eu estava aqui, afinal?

      - Não faço ideia – Connelly disse. – Nós achamos que alguém da mídia viu você deixando o departamento e alguém disse algo para ele. Tentamos chegar aqui antes que ele, mas não conseguimos. – Ele suspirou, puxou o ar e acrescentou: - Quão certa você está de que não foi Howard Randall? Definitivamente?

      - Claro que não é definitivamente. Mas isso aqui não casa com nenhum dos assassinatos dele. Esse aqui é diferente. Parece diferente.

      - Poderia ser uma imitação? – Connelly perguntou.

      - Poderia, eu acho. Mas por que? E se for, esse cara está fazendo um trabalho ruim.

      - E um fanático de merda por cultura de assassinatos? – Connelly perguntou. – Um desses derrotados que juntam material sobre serial killers e, com o escape de Randall, finalmente criou coragem para matar pela primeira vez.

      - Pode ser um caminho.

      - Então eu não devo relacionar a recente fuga de Howard Randall com um assassinato tão parecido com o estilo dos antigos crimes dele.

      - Senhor, você pediu minha opinião e eu lhe disse.

      - Bem – Connelly disse, - você ouviu o Greenwald. Não posso mais deixar você ajudar nisso. Agradeço você ter vindo hoje pela manhã quando eu chamei mas... Acho que foi um erro.

      - Acho que sim – ela disse, odiando a facilidade com que Connelly cedia à pressão do prefeito. Ele sempre fazia isso e essa era uma das razões pela qual era achava difícil respeitar o capitão.

      - Desculpe – O’Malley disse a ela quando eles voltaram para o carro. Finley estava atrás deles, e assistira a toda a cena com um desconforto aparente. – Mas talvez ele esteja certo. Mesmo que o prefeito tenha sido muito duro, você acha mesmo que esse é o tipo de coisa em qual você deveria se envolver agora? Faz só duas semanas desde o seu último grande caso—onde você quase morreu, tenho que dizer. E duas semanas desde que Ramirez...

      - Ele está certo – Connelly disse. – Tire mais um tempo. Mais algumas semanas. Você consegue?

      - Se tem que ser assim – ela disse, indo para o carro com Finley. – Boa sorte com esse assassino. Você vão encontra-lo. Tenho certeza.

      - Black – Connelly disse. – Não leve para o pessoal.

      Ela não respondeu. Entrou no carro com pressa, dando a Finley apenas alguns segundos para entrar no carro antes que ela arrancasse, deixando para trás a rua e um corpo morto, que ela tinha quase certeza de que não fora assassinado pelo recém-livre Howard Randall.

      CAPÍTULO QUATRO

      Avery estava muito irritada e cheia de adrenalina para voltar ao hospital. Ao invés disso, depois de deixar Finley novamente no departamento e pegar seu próprio carro, ela foi para seu apartamento. Havia várias caixas nos fundos do guarda-roupa cujas quais ela de

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