Razão para Salvar . Блейк Пирс

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Razão para Salvar  - Блейк Пирс Um mistério de Avery Black

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Três horas atrás.

      - O corpo ainda está lá?

      - Sim, acabamos de chegar de lá. Os legistas vão chegar em cerca de quinze minutos. Os peritos estão lá com o corpo até eles chegarem.

      - Ligue e diga para eles esperarem. Não toquem o corpo. Quero ver a cena.

      - Eu disse que você está fora dessa – Connelly disse.

      - Você disse. Mas se você quer que eu te diga o que se passa na mente de Howard Randall—se ele cometeu mesmo esse crime—então só olhar para as imagens não vai ser suficiente. E mesmo correndo risco de parecer arrogante, você sabe que eu sou a melhor investigadora de cenas de crime que você tem.

      Connelly a xingou rapidamente sem dizer uma palavra. Sem falar mais nada, ele virou-se e pegou seu celular. Discou um número e, segundos depois, alguém atendeu.

      - É o Connelly – ele disse. – Olhe só. Não mexam o corpo já. Avery Black está a caminho.

      CAPÍTULO TRÊS

      Estranhamente, Connelly mandou Finley ir com Avery até a cena do crime. Finley não falou muito no caminho, e olhou pela janela pensativo na maioria do percurso. Ela sabia que Finley nunca havia se aprofundado em nenhum caso muito importante. Se aquele fosse o primeiro, ela teria pena dele.

      Acho que eles estão se preparando para o pior—alguém precisa assumir a bronca caso Ramirez não resista. Finley é bom como qualquer outro. Talvez até melhor.

      Quando chegaram à cena do crime, era claro que os peritos e investigadores já tinham terminado suas tarefas. Eles estavam matando tempo, a maioria deles atrás da fita que separava a cena, olhando através da entrada do beco. Um deles tinha um café na mão, fazendo Avery perceber que já era de manhã. Ela olhou o relógio e viu que eram 8:45.

      Meu Deus, ela pensou. Eu perdi seriamente todo o conceito de tempo nos últimos dias. Poderia jurar que eram pelo menos nove da manhã quando cheguei no apartamento.

      Aquele pensamento a fez sentir-se muito cansada naquele momento. Mas deixou o sentimento para trás quando ela e Finley se aproximaram dos investigadores. Avery automaticamente mostrou seu distintivo e Finley assentiu educadamente com a cabeça a seu lado.

      - Você tem certeza de que está pronta para isso? – Finley perguntou.

      Ela apenas assentiu e eles entraram no beco, passando por baixo da fita. Eles caminharam pela via estreia por vários metros e depois viraram à esquerda, quando o beco se tornava uma pequena área cheia de poeira, detritos e grafite. Havia algumas latas de lixo velhas na esquina, abandonadas. Não tão longe delas estava a mulher que Avery havia visto nas fotos do crime. As imagens não haviam a preparado totalmente para vê-la na vida real.

      O sangue, na verdade, estava, de alguma maneira, muito pior agora. Sem o acabamento das fotos, parecia mudo e mortal. A natureza surpreendente do assassinato a trouxe rapidamente de volta à realidade, afastando seus pensamentos quase que completamente do quarto de hospital de Ramirez.

      Ela chegou o mais perto que pode sem pisar no sangue e deixou sua mente trabalhar.

      O sutiã e a calcinha não são nem um pouco provocantes, ela pensou. Não era uma garota que estava na rua procurando bons momentos. Se a calcinha diz isso, há grandes chances da roupa dela não ser nada reveladora também.

      Ela circulou pelo corpo devagar, com sua mente pensando em pequenos detalhes mais do que nunca. Viu um ferimento por perfuração onde o prego havia entrado na parte de baixo da mandíbula. Mas depois viu muitos outros ferimentos, todos exatamente iguais—todos feitos com uma pistola de pregos. Um entre os olhos. Outro acima da orelha esquerda. Um em cada joelho, um na base do peito, um na mandíbula e um na parte de trás da cabeça. O fluxo de sangue e a breve descrição que Connelly fizera sugeriam que também havia ferimentos similares na parte de trás do corpo da garota, que agora estava pressionado contra a parede de tijolos como uma boneca.

      Aquilo era brutal, excessivo e violento.

      A cereja do bolo era o fato de que ela estava sem a mão esquerda. O braço, ainda sangrando, sugeria que a mão fora cortada menos de seis horas antes.

      Ela chamou os pesquisadores por cima do ombro da garota.

      - Algum sinal preliminar de estupro?

      - Nada visível – um deles respondeu. – Não teremos certeza até tirarmos ela daqui.

      Ela sentiu o tom do comentário, mas o ignorou. Circulou em volta da mulher, devagar. Finley a olhava à distância, parecendo querer estar em qualquer outro lugar. Ela estudou o corpo, a natureza dele. Aquilo fora feito por alguém que precisava provar algo. Isso era claro.

      Por isso eles querem ir direto ao Howard, Avery pensou. Ele acabou de escapar, foi preso por seus crimes, e agora quer provar que ainda é perigoso—para si mesmo e para a polícia.

      Mas aquilo não parecia certo. Howard era louco, mas quase bárbaro, primitivo. Aquilo estava abaixo dele.

      Howard não vê problema em matar—e em fazer isso de um jeito que chame a atenção da mídia. Ele deixou parte dos corpos de suas vítimas espalhadas por Harvard, na verdade. Mas nada desse tipo. Isso aqui é além de obsceno. Os assassinatos de Howard eram violentos, mas havia algo quase limpo neles... evidências sugeriram que ele primeiro estrangulava para depois cortar. Mas até os cortes nas partes do corpo eram feito com precisão.

      Quando Avery finalmente se afastou, gravando tudo na mente, Finley se aproximou.

      - O que você acha? – Ele perguntou.

      - Tenho uma ideia – ela disse. – Mas Connelly com certeza não vai gostar nada.

      - O que é?

      - Howard Randall não tem nada a ver com isso.

      - Besteira. E a mão? Quer apostar que está escondida em algum lugar do campus de Harvard?

      Avery apenas fez um hum. Ele estava fazendo uma suposição justa, porém na qual ela ainda custava a acreditar.

      Eles decidiram voltar para o carro, mas antes que chegassem a passar da fita que separava a cena do crime, ela viu um carro estacionando em uma parada ao lado da rua. Avery não reconheceu o carro, mas reconheceu o rosto. Era o prefeito.

      O que esse cretino está fazendo aqui? Ela pensou. E por que ele parece tão bravo?

      Ele partiu com raiva em direção aos investigadores, que tentavam se afastar. Quando todos sumiram, Avery passou por baixo da fita que separava a cena do crime para encontra-lo. Ela achou melhor para-lo antes que ele inventasse de meter o nariz na bagunça sangrenta atrás dela.

      O rosto do prefeito Greenwald estava vermelho de raiva. Ela esperava que a boca dele fosse começar a espumar a qualquer momento.

      - Avery Black – ele disse, - que porra você acha que está fazendo aqui?

      - Bem, senhor – ela disse, sem estar muito certa do que responder.

      Na verdade, ela não precisou responder. Outro carro apareceu do nada e parou na calçada,

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