O Diário De Um Gato Detective. R. F. Kristi

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O Diário De Um Gato Detective - R. F. Kristi

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sentados à volta da lareira com a Mãe, o jovem humanóide que nos pertence.

      Eu pensei que estivesse a imaginar coisas, que nos estivessem a observar, e sacudi a cabeça para me acalmar.

      Mas aquela sensação voltou.

      Como não queria assustar os outros, fui espreitar cuidadosamente pela janela. Não havia nada lá fora – só escuridão, com alguma luz vinda da enorme Lua lá em cima.

      Dei duas ou três voltas e sentei-me de novo, virada para a janela, para o caso de entrarem por lá EXTRATERRESTRES para nos atacar.

      Os meus olhos estavam a começar a fechar-se quando vi uma sombra a mover-se do lado de fora da janela. Abri-os logo muito outra vez e olhei lá para fora. Mas não vi nada. Só a calma de uma noite muito escura.

      De repente, vi dois olhos verdes brilhantes a fixar-me.

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      O meu coração parou!

       Seria um demónio?

       Seria um dragão que come fogo?

       Seria uma cobra rastejante?

       Estaria o meu maior pesadelo prestes a tornar-se realidade? Seriam os extraterrestres que nos iam atacar?

      O meu coração começou a bater furiosamente:

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      Vi uma pata cinzenta, grande e forte a esticar-se na minha direcção e o pelo das minhas costas eriçou-se como um porco-espinho prestes a atacar.

      E, depois, percebi que a aquela figura gorducha na janela, que aparecia e desaparecia, era só a cara do nosso amigo Monk!

      Expirei então lentamente e os batimentos do meu coração voltaram gradualmente ao seu ritmo normal.

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      Monk é um Russo Azul com pernas compridas e olhos grandes verde-dourados, que tem um pelo sedoso e cuidado e é muito bonito – para quem gosta de gatos mais gorduchos. Ele usa sempre com um laço vermelho vivo.

      Monk é um gato bem esperto.

      Vamos a ver se me explico bem. A maior parte dos gatos é naturalmente inteligente. Mas eu já tinha reparado que o Monk é muito mais inteligente do que a maior parte dos outros gatos que eu conheço. Acho que podemos chamar-lhe um gato nerd.

      Monk vivia na casa ao lado da nossa com o Solo (um detective mundialmente famoso), o seu assistente Hobbs, e um cão grande chamado Terrance.

      Terrance era o melhor amigo do Monk e também ele um grande cão detective.

      Levantei-me devagar para não incomodar os outros, saltei pela janela e fui ter com o Monk debaixo de um arbusto denso que separa a nossa casinha do parque que fica na frente da casa enorme dele.

      “O que é que se passa, Monk?”, ronronei baixinho.

      O Monk, que normalmente é um gato calmo e descontraído, parecia bastante abalado.

      Ouvi um som como se fossem campainhas e o pêlo do meu pescoço, que já tinha voltado ao normal, voltou a eriçar-se quando senti o quão perturbado ele estava.

      “Tudo OK?”, miei, tentando abafar o meu próprio pânico.

      O Monk engoliu em seco e respondeu no seu costumado miau lento, fazendo um esforço para controlar o medo.

      “Vocês, gatinhos, têm de vir hoje à noite até minha casa. O Terrance tem novidades, e bastante inesperadas”, murmurou ele.

      Prometi-lhe que íamos lá ter assim que a Mãe adormecesse.

      Apressei-me a regressar para junto dos outros para lhes dar as novidades, ao mesmo tempo que me perguntava o que poderia perturbar tanto alguém normalmente tão calmo como o Monk.

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      Domingo Durante A Noite:

      A noite estava escura como breu quando nos esgueirámos para casa do Monk. Comparado com o nosso chalé, o Monk vivia numa casa enorme e muito chique. Mas nós adorávamos a nossa casinha e não a trocávamos por nada deste mundo.

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      Atravessámos a grande cozinha silenciosamente, e o Fromage parou para cheirar uma taça de natas muito tentadoras que o Hobbs tinha deixado para o Monk.

      “Anda, Fromage”, silvou a Cara. “O Monk não vai ficar contente se comeres da comida dele sem lhe perguntar primeiro.”

       “Nem penses, Cara, o Monk é meu amigo!”, respondeu o Fromage, ao mesmo tempo que punha a língua de fora à Cara.

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      Mas mesmo assim ele veio atrás de nós, não sem antes olhar melancolicamente para trás, para o prato cheio de natas.

      O Monk e o Terrance estavam juntos, sentados numa sala aquecida, em frente a uma lareira enorme, onde a lenha ainda crepitava.

      No início, a amizade entre o Monk e o Terrance tinha-me surpreendido.

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      Como é que um gato esperto como o Monk podia ser tão amigo de um cão?

      Mas fui obrigada a mudar de ideias depois que conhecer melhor o Terrance.

      Nós, gatos, tínhamos uma má opinião dos cães. Mas o Terrance é alguém de quem até nós, gatos, aprendemos a gostar e respeitar.

      Para ser sincera, a nossa opinião sobre cães tinha mudado gradualmente.

      Nunca tínhamos tido muito contacto com cães antes de chegar a Londres. Também nunca tínhamos querido ter. Tínhamo-los sempre tratado como animais terríveis e peludos e um bocado malcheirosos.

      Mas agora era diferente. Agora tínhamos dois amigos cães com quem andávamos regularmente.

      O Terrance e o Polo!

      O Terrance era um cão forte, um Golden Retriever com um pêlo comprido dourado. Apesar do seu olhar um bocado piegas e da sua língua cor-de-rosa, babada e sempre ao dependuro, ele é muito esperto.

      Ele era famoso por ter ajudado o Solo a resolver muitos casos.

      Se havia alguma coisa que eu respeitava

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