A Cidade Sinistra. Scott Kaelen

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A Cidade Sinistra - Scott Kaelen

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deu de ombros. “Verdade, mas o dono do moinho alega que a redistribuição do trabalho está gerando custos adicionais, além de cobrir os danos pela perda de mão-de-obra qualificada, reduzindo os níveis de produção, por assim dizer.”

      “Mão-de-obra qualificada. Vou lhe dar mão-de-obra qualificada. Tudo bem, dez moedas de prata para o ladrão bastardo. E a carroça?”

      “Aye, bem, o próprio Wymar vai nos conduzir, além disso ele está falando sobre comida para as mulas, desgaste das rodas da carroça...”

      “Pelo pau peludo de Cherak!” Maros agarrou a cerca. Os músculos em seu braço avolumaram-se enquanto ele apertava a madeira.

      “Calma, chefe,” Henwyn avisou quando a cerca começou a lascar.

      “Certo. Certo. Vai para o final, Hen. Vou ficar calmo.”

      “Cinquenta moedas de prata.”

      A madeira foi arrancada da cerca. Maros a jogou para o lado. Um sorriso sem graça atravessou seu rosto. “Violência me deixa mais calmo.” Ele ergueu as sobrancelhas para ênfase.

      “Aye,” Henwyn suspirou. “Estou feliz que você tinha algo diferente de mim ao alcance de quebrar.”

      “Cinquenta moedas de prata representam dez por cento deste trabalho. Isso é muito para ir para Wymar se não encontramos a joia ou é metade da minha parte se encontrarmos. Deuses, homem, teria sido mais barato comprar um par de mulas para você conduzir e uma carroça para mim viajar.”

      “Tentei isso também.” Henwyn deu de ombros. “Você sabe como há poucas mulas na cidade. Ninguém estava disposto a vender. Inverta a situação e não posso dizer que eu os culpo. Nem posso culpar Wymar por querer ficar de olho em seus animais em vez de confiá-los em nossas mãos.”

      Maros suspirou. “Ah, bem, qualquer coisa para os amigos, certo? Vá dizer àquele ladrão dono do moinho que pelo preço que ele está pedindo, vamos partir antes do pôr do sol hoje à noite. Ele tem quatro horas para juntar suas coisas e estamos na estrada. Não cheguei tão longe na vida por não confiar nas minhas entranhas e minhas entranhas estão dizendo que Jalis e os rapazes estão em perigo.”

      Capítulo Sete

      Paciência e Orações

      O sol do início da noite se aproximava cada vez mais do horizonte distante enquanto Dagra e seus amigos desciam para o vale. Os pináculos e torres fantasmas da cidade distante afundavam de vista, seguidos pela própria muralha e sua ponte levadiça. Levaria mais uma hora para alcançar a muralha, mas a noite estaria em cima deles logo depois. Dagra olhou para o leste, semicerrando os olhos enquanto observava uma árvore gawek solitária aninhada na base da terra em ascensão. Seus troncos gêmeos estavam enroscados um no outro, os galhos altos lançando uma longa sombra para o lado do vale.

      “Não vamos entrar naquele lugar negligenciado pelos deuses até de manhã,” ele disse. Ao ver a expressão de Oriken, ele acrescentou, “Não, isso não está em disputa. Não vou colocar o pé lá a não ser que tenhamos muitas horas de luz do dia à nossa frente. É ruim o suficiente que temos de entrar em uma cripta, mas não vou passar uma eternidade tentando encontrá-la dentro de um cemitério enorme e escuro quando não há necessidade.”

      Oriken deu de ombros. “Está deserto, Dag. Não vejo o problema.”

      “Dagra está certo,” Jalis disse. “Não sabemos o que há lá. Poderia haver um ninho de lyakyn até onde sabemos. Ou cravantes que se adaptaram a viver nas ruínas e não entre as árvores. Ou poderia haver armadilhas antigas espalhadas que não veríamos no escuro.”

      “Isso,” Dagra disse com a voz rouca, “e os espíritos de todos os mortos pagãos que, provavelmente, estão assombrando o lugar. Esqueça. Exijo montarmos acampamento até amanhã. Chegamos até aqui; qual é a pressa?”

      “Vamos escalar o vale e encontrar um lugar para acampar,” Jalis disse.

      “Podemos muito bem nos abrigar debaixo daquela árvore.” Dagra acenou com a cabeça na direção da árvore gawek. “É um lugar tão bom quanto qualquer outro nesta região amaldiçoada.”

      Oriken balançou a cabeça. “Estamos quase lá e você está perdendo a coragem.”

      Dagra lançou um olhar semicerrado para ele.

      “É uma exigência sensata,” Jalis disse, alterando a rota para árvore. Quando Dagra a seguiu, ela olhou para Oriken. “Vamos lá, vamos encerrar o dia e enfrentá-lo com energia renovada pela manhã.”

      “Tudo bem, tudo bem.” Oriken torceu a aba do seu chapéu e se arrastou atrás deles. Quando se aproximaram da árvore gawek, ele disse, “Pelo menos me deixe fazer um reconhecimento da entrada antes do anoitecer. Prometo que não vou entrar sozinho.”

      “Não. Nenhum de nós vai sair sozinho. Não desta vez. Além disso, a entrada está gradeada. Vamos ter de usar o gancho para escalar.” Ao ver a expressão decepcionada de Oriken, Jalis lançou um olhar severo para ele. “Há um ditado em Vorinsia: Ansiedade acabou com o Edel.”

      “Não faço ideia o que isso significa.”

      “É uma frase cunhada pelo Primeiro Descendente na época em que Vorinsia conquistou as terras ao sul do Arkh, primeiro Sardaya, depois Khalevali. Os nobres – ou Edel no idioma Vorinsiano – de Khalevali e minha terra natal estavam muito seguros dos pontos fortes dos seus países e organizaram uma revolta contra o controle avassalador das forças Vorinsianas. A alta nobreza foi esmagada, mas os Arkhus pediram indulgência, permitindo que os membros sobreviventes das suas famílias deixassem suas propriedades e fortunas com vida.” Alcançando a sombra dos galhos de longo alcance da árvore gawek, ela acrescentou, “Nenhum heroismo, Oriken.”

      Ele deu de ombros. “Você é o chefe, chefe.”

      “Menos disso.”

      “Como você diz, chefe.

      Jalis mostrou-lhe o dedo do meio. “Malan-gamir!”

      Oriken sorriu. “Ficaria feliz em acomodá-la com isso, siosa, mas isso pode esperar até estarmos instalados para passar a noite?”

      Jalis estendeu a mão e bateu o chapéu para fora da sua cabeça.

      “Ei!”

      Enquanto ele se inclinava para recuperá-lo, ela lançou um olhar de advertência para ele. “A vara divina, querido Orik, aponta para o tesouro e para a armadilha igualmente. Tenha cuidado para onde você aponta a sua. Agora, pegue uma tigela e veja se consegue encontrar para nós algumas frutas frescas.”

      “Vou usar meu chapéu.” Pelo seu tom, ficou claro que ela magoou seus sentimentos.

      “Não vamos comer desta coisa velha e surrada,” Dagra disse. “Bagas do pântano já tem um gosto ruim o suficiente sem acrescentar seu suor estagnado e cabelo na mistura.”

      Oriken deu de ombros e pegou uma tigela da sua mochila.

      “Me passe a besta, moça,” Dagra disse. “Vou com ele.”

      Oriken olhou para ele enquanto amarrava sua mochila de novo. “Isso

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