A Cidade Sinistra. Scott Kaelen

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A Cidade Sinistra - Scott Kaelen

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décadas.” Os cantos dos seus lábios curvaram em um sorriso triste. “Dagra, certamente comece a rezar que aquela suposta joia funerária ainda esteja aqui. Orik, você pode desejar para as estrelas e as luas, se isso lhe agradar. Da minha parte, depois da nossa longa viagem até esta extremidade do fim do mundo, estou ansiosa para garantir uma recompensa para nós. Mas se alguém nos derrotou…”

      “Não vamos tirar conclusões precipitadas,” Dagra disse. E eu estava começando a me acostumar com a ideia de que, talvez, nós encontrássemos a joia no final das contas.

      As moedas de prata do contrato iriam garantir refeições quentes e canecas cheias por um ano inteiro, para todos os três. Até mesmo a parte de Maros como Oficial da Guilda lhe renderia um bom lucro. Era um trabalho que nenhum deles poderia se dar ao luxo de deixar passar.

      Eles retomaram o avanço mais profundo no corredor. Mais uma vez Dagra assumiu a liderança com a lamparina, seguindo as trilhas de poeiras desbotadas, verificando as alcovas à medida que eles passavam. Ele fazia uma busca rápida por sinais da joia funerária, mas elas não continham nada além de lajes semelhantes de granito e pedras preciosas de pouco valor.

      “Sabe,” Oriken disse, dando uma coçada preguiçosa na barba, “Notei uma coisa sobre esta cripta mortuária. Desde aquele corredor lá atrás, mal vi sinal de teia de aranha. A não ser que o teto lá em cima esteja cheio delas; felizmente mal podemos vê-lo para descobrir.”

      Dagra olhou para Jalis. “O homem tem um ponto.”

      “É quase como se…” O rosto de Oriken fixou-se com uma concentração interna.

      Dagra deslocou seu peso. “Sim?”

      Oriken levantou as mãos em derrota. “Não sei o que é, quase como se. De qualquer maneira, alguma coisa.”

      “Obrigada por este discernimento,” Jalis disse. “Quem precisa de um oráculo quando temos um Oriken?”

      “Esqueça isso.” Ele puxou a aba do chapéu uma fração, ficando em silêncio enquanto eles continuavam a entrar na cripta.

      Para Dagra, a escuridão opressiva tornava-se cada vez mais asfixiante quanto mais eles avançavam. Ele passou a parte de trás da manga pelo suor que brilhava em sua testa e deu um puxão no colarinho já afrouxado. O teto era quase invisível aqui; apenas algumas linhas cinzas e manchas que sugeriam pedras de corte grosseiro e vigas mestras bem acima, mas o espaço aberto esmagava-o mais do que o corredor apertado. A última coisa que ele queria era ficar preso no lado errado de um desmoronamento de rochas, sem nenhum lugar para fugir enquanto os fantasmas dos falecidos há muito tempo se infiltravam das paredes, suas luzes fantasmagóricas se aproximando cada vez mais…

      “Lugar profano,” ele resmungou, reprimindo um tremor.

      Mesmo assim, ele estava feliz por ser ele segurando a lamparina. Ele imaginou Jalis se posicionando na retaguarda e em silêncio, admirou sua coragem. Confiando nele para ser seus olhos, isso era algo estranho, com certeza.

      Você tem mais coragem do que eu, moça. Irei lhe conceder isso.

      Seus olhos estavam nas lajotas cobertas de poeira quando algo se moveu no limite da sua visão. Ele congelou, um suspiro alojando-se na sua garganta. O alcance da luz da lamparina caiu em um punhado de formas sombrias se contraindo que se arrastavam para o caminho a partir de uma alcova à esquerda. Ele se atrapalhou com sua espada, os dedos esquecendo seus anos de treinamento, mas o gládio estava meio fora da sua bainha antes que ele reconhecesse as formas pelo que elas realmente eram e ele soltou um suspiro ruidoso de alívio.

      Deuses, eu não precisava disso. Era somente escombros, uma placa quebrada de granito caída do seu nicho, nem agachada nem à espreita. Apenas um truque de luz e sombras. E imaginação, ele acrescentou em reprovação. As formas não estavam se movendo nem um pouco.

      Ao se aproximar dos escombros, ele notou com preocupação que as marcas de arranhões que eles haviam seguido levavam diretamente para a pedra esmagada e se reuniam em um aglomerado. Ele olhou para Jalis. Ela assentiu em aquiescência à pergunta não formulada. Apoiado pela sua coragem silenciosa, Dagra entrou na alcova, os fragmentos estilhaçados de granito esmagando sob suas botas. Seus olhos examinaram a pequena área, atraídos para o nicho no fundo, de onde a placa havia caído. Na sua ausência havia uma parede grossa de teias de aranha. Aranhas poderiam ter se esgueirado mais profundamente, mas era impossível de dizer; os fios densamente agrupados pareciam absorver o brilho da lamparina, sugando-o, sem revelar segredos.

      Sua atenção foi atraída para o canto superior direito da cavidade oblonga. Uma área escura de fungos de aparência frágil se agarrava à pedra, exatamente como a coisa que cobria as árvores no cemitério. Um aglomerado de cistos pálidos com veias finas e carmesins aninhadas em cima da mancha mofada Dagra se aproximou mais para inspecionar os crescimentos curiosos. Levantando um dedo para o cisto maior, ele tocou-o gentilmente. Com um pop suave, a membrana seca explodiu em uma nuvem de poeira. Ele recuou quando um cheiro pungente encheu suas narinas, mas a nuvem já tinha quase desaparecido. Ele espirrou e levantou-se rapidamente. Recuando, ele fez uma careta para a parede de teias de aranha, os crescimentos fúngicos, os escombros espalhados e a poeira agitada.

      Isso não é maneira de passar a vida depois da morte, ele pensou, nauseado com a perspectiva de ser deixado em um buraco para apodrecer em vez de ser queimado até os ossos. Eles eram selvagens durante os Dias dos Reis, eles realmente eram. Corpos deveriam ser queimados, tinham de ser queimados para libertar os espíritos para sua jornada para Kambesh.

      Espíritos …

      Um odor leve e de movo flutuou da cavidade cheia de teias de aranha. Ele estremeceu e reuniu-se com seus companheiros.

      “Algo interessante?” Oriken perguntou.

      Dagra lançou um olhar significativo para ele. “Nada sobre o que você queira saber.”

      “Aranhas.” Oriken fez uma careta. “Se for aranhas, apenas diga aranhas. Prefiro saber do que não.”

      “Não vi nenhuma aranha.”

      Oriken parecia reservado. “Muito justo.”

      “Mas…”

      “Mas o quê?”

      “Você sabe por que não há nenhuma teia de aranha aqui?”

      Oriken semicerrou os olhos em antecipação as próximas palavras de Dagra.

      “Creio que eu as encontrei.” Dagra empurrou um polegar por cima do ombro. “Elas estão todas reunidas naquele buraco. Assim parece, de qualquer maneira.” Oriken gemeu e Dagra deu de ombros inocentemente. “Ei, você perguntou.”

      “Sim, mas há informação e há informação demais. Você não conseguiu resistir a acrescentar o mas, não é?” Oriken empurrou um dedo para ele. “Minha vez na próxima vez.”

      Dagra forçou um sorriso tenso. O gracejo ajudou um pouco a combater seu atual estado de espírito.

      Um pedregulho de pedra de sangue chamou sua atenção nos escombros espalhados. Ele se inclinou, pegou-o e esfregou-o na calça. Um ovalado verde escuro suave, coberto de manchas escarlates brilhantes.

      Sem valor, mas uma peça bonita. Não é mais parte de um túmulo, Dagra argumentou, justificando a moralidade de pegá-lo. Talvez eu pudesse conseguir com que o ferreiro

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