Atração De Sangue. Victory Storm

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Atração De Sangue - Victory Storm

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me agrada nenhuma das duas perspetivas» ripostei, fazendo-lhe perder completamente as estribeiras.

      Com um passo firme, veio para cima de mim e prendeu-me pela garganta.

      As suas mãos estavam geladas. Era a primeira vez que ele me tocava com a sua pele nua e foi eletrizante como sensação.

      Não sabia explicá-lo, mas não conseguia assustar-me.

      O meu coração começou novamente a bater cada vez mais forte, mas não de medo, mas por uma emoção indefinida muito mais profunda e impetuosa.

      «Não tens medo». A sua não era uma pergunta, mas uma simples constatação. Era a verdade.

      «Este perfume novamente» prosseguiu, percorrendo as mãos ao longo do meu pescoço com movimentos delicados.

      Aproximou o seu nariz à cavidade da minha garganta.

      Estava tão agitada pela sua proximidade, que não pensei na possibilidade que pudesse morder-me.

      Sentia a ponta fria do seu nariz percorrer o meu pescoço até à face esquerda.

      Parecia que tinha recebido um choque elétrico.

      Os nossos rostos tocavam-se, podia sentir a sua respiração gelada sobre a minha pele, enquanto os seus olhos enfeitiçavam os meus, embalados naquele vértice de sensações nunca antes experimentadas.

      Desta vez parecia ser ele a estar enfeitiçado por mim, enquanto o seu corpo encostou-se completamente ao meu. Através da camisola podia sentir os seus músculos contraírem-se contra mim, empurrando-me contra o balcão da cozinha.

      Sem querer coloquei as mãos sobre a sua pele nua e ainda molhada. Era terrivelmente excitante sentir a sua pele macia e fresca.

      Entretanto o seu olhar tornou-se ainda mais intenso, mas continuou impenetrável.

      Queria perguntar-lhe o que estava a acontecer, mas não saiu nenhuma palavra da minha boca.

      Dei-me conta de não ter nenhum autocontrolo.

      Parecia que era vítima de uma força que agia sobre mim e sobre a minha mente.

      Por uma fração de segundos os nossos lábios se tocaram, pegando-me fogo nas veias.

      Fiz escorregar delicadamente as mãos pelo seu dorso até o seu peito, quando de repente tocou o telemóvel.

      Foi como um banho de água gelada, que nos fez voltar bruscamente à realidade.

      Afastamo-nos num átimo como se o contato com o outro nos tivesse escaldado.

      Tinha o coração aos saltos e notei que o Blake estava ligeiramente abalado.

      Pegou com demasiada força o telemóvel, enquanto lia o nome sobre o ecrã, de forma a que eu não me conseguisse aperceber.

      «Marley, és tu? Finalmente! Onde estás?» responde aliviado, dirigindo-se à casa de banho.

      Não consegui ouvir o resto da conversa, mas sabia que aquele homem era quem o Blake queria consultar para saber que riscos corria ao me transformar em vampira ou outra coisa qualquer.

      Estava absolutamente decidida a descobrir como magoá-lo. Abatida, voltei ao quarto. A minha vida previa-se muito breve.

      Mal cheguei às escadas para subir ao sótão, vi Blake vestido de negro sair a toda a velocidade do banho, pegar no impermeável e ir-se embora.

      «Quando voltar, quero que estejas aqui» ordenou-me com um ar severo, antes de fechar a porta atrás de si.

      A minha esperança de poder escapar desapareceu imediatamente, mal ouvi a chave girar na fechadura. Resignei-me a estar ali, a esperá-lo.

      De certeza foi encontrar-se com o Marley nalgum lado.

      Acendi a televisão e joguei-me no sofá, mas não tinha nenhuma vontade de ver televisão, assim depois de nem sequer meia hora, desliguei-a e fui para o quarto.

      Estava preocupada com o que Blake descobriria naquele encontro, mas não queria pensar nisso.

      Revistei no meio das suas coisas, mas não encontrei nada de interessante. Por fim, joguei-me na cama macia e deixei os pensamentos divagarem livres na mente, tentando esquecer onde estava.

      Estava a relaxar-me, quando ouvi abrir a porta.

      Seria que Blake já tinha voltado?

      Debrucei-me sobre o corrimão e surge Will.

      Estava sozinho e da agitação que mostrava parecia estar à procura de alguma coisa.

      «Onde estás?» Sei que estás aqui.... Sinto o teu odor! Sai ou encontro-te eu!» gritou esfomeado.

      Senti o sangue gelar-me nas veias.

      Estava à minha procura.

      Estava condenada.

      O Blake não estava e de certeza que desta vez conseguiria saltar-me em cima e matar-me.

      Estava a morrer de medo.

      Apertei-me contra a cama na esperança que não me visse.

      Da minha posição podia ver que o vampiro, cada vez mais impaciente, continuava a procurar-me por toda a casa, da cozinha à casa de banho.

      Não demoraria muito a subir as escadas e a encontrar-me.

      De facto, pouco tempo depois, ouvi-o subir as escadas dando risadas.

      «Aqui estás!» disse, aproximando-se rapidamente com um olhar pouco tranquilizador.

      Podia ver nos seus olhos a fome que tinha e o desejo de encontrar-me que lhe incendiava o corpo.

      Não consegui dizer uma palavra. Estava paralisada.

      Mais alguns passos e...

      «Will, pára!».

      Ouvi a voz sonante de Blake. Não conseguia vê-lo, porque tinha medo de desviar o olhar do Will, mas podia sentir a sua força.

      Entretanto Will atirou-se sobre a cama e eu evitei-o por pouco, mas logo a seguir conseguiu segurar-me pela camisola e arrastar-me para debaixo dele.

      Vi o seu rosto deformado pela ânsia e os dentes caninos que se alongavam, enquanto se aproximava cada vez mais de mim.

      Gritei aterrorizada.

      Já estava prestes a morder-me, quando Blake alcançou-nos no piso superior e bateu-lhe violentamente atirando-o para fora da cama, para longe de mim.

      Recomeçaram a lutar de forma violenta.

      Pareciam dois animais enlouquecidos, até que Blake empurrou o Will do corrimão abaixo, fazendo-o cair no piso inferior.

      Debrucei-me para ver o seu cadáver esmagado lá em baixo,

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