Atração De Sangue. Victory Storm
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Não pude evitar admirar a sua beleza.
Para além do físico jovem, perfeito, elegante, harmonioso com as ancas estreitas e as costas largas, tinha um rosto estupendo. Os cabelos negros brilhantes, a pele clara, o nariz direito, os lábios sensuais e os olhos azuis, que não conseguia parar de olhar fixamente.
Eram olhos muito mais claros e frios que os do Kevin, mas mais fascinantes e charmosos.
Não podia acreditar. Tinha acabado de o comparar com o Kevin, o amor da minha vida. Como fui capaz?
E ainda assim, naquele momento, o Kevin pareceu-me tão longe e pequeno. Quem sabe se se questionava acerca do que me teria acontecido?
Não percebi o motivo, mas naquele momento não me interessava muito.
O padre Dominick tinha mesmo razão quando me dizia que me sentia apenas atraída pelo Kevin, mas que o amor era outra coisa. Quem sabe se algum dia irei realmente amar intensamente alguém?
Com estes pensamentos e continuando a olhar fixamente o Blake, deitado imóvel no sofá, adormeci.
Sonhei que o Kevin me chamava. Tentava alcançá-lo e quando finalmente consegui abraçá-lo, descobri que era o Blake.
UNIÃO
Quando acordei descobri que já era de manhã.
Olhei ao redor e veio-me imediatamente à cabeça a minha nova situação.
Levantei-me e desci ao piso inferior.
Enquanto descia as escadas, decidi que aquele ia ser um dia decisivo. Queria saber o que o Blake queria fazer de mim.
Tinha que saber. Estava farta de brincar ao gato e ao rato.
Tentei chamá-lo, mas não obtive resposta.
Estava um silêncio sepulcral naquela casa.
Talvez estivesse realmente sozinha.
Provavelmente o Blake tinha saído.
Haveria momento mais oportuno para deixar o caminho livre?
Era o meu momento.
Sem fazer barulho, aproximei-me da porta de entrada e posei a mão na maçaneta.
«Chamaste-me?» exclamou o Blake atrás de mim, fazendo-me voltar num clique.
Dei por mim em frente ao corpo seminu de Blake. Estava completamente molhado, com uma toalha azul à volta da cintura.
«Eu...Sim. Pensava que estava sozinha» gaguejei cruzando-me com os seus lindíssimos olhos, rodeados por alguns tufos de cabelo negros rebeldes, que lhe caíam sobre o rosto, enquanto algumas gotas de água escorriam-lhe sobre o peito, seguindo a linha dos seus peitorais e da sua barriga lisa e musculada.
Era ainda mais lindo do que imaginava.
De repente, senti o coração bater-me forte no peito e a garganta a arder. Vê-lo daquela maneira tinha-me afetado e não era pouco.
«Com que então querias dar uma volta?» perguntou-me ironicamente, trazendo-me de volta à realidade.
«Não, queria apenas assegurar-me que a porta estava bem fechada. Sabes, temia que algum mal-intencionado...» menti descaradamente.
«Tomas-me por estúpido?».
Não consegui responder diante daqueles olhos em brecha que se tinham tornado de novo ameaçadores.
Sem perder mais tempo, arrastou-me para longe da porta, em direção à cozinha.
«Prepara o teu pequeno-almoço e ai de ti se tentas de novo enganar-me» ordenou-me com um tom de voz autoritário.
Não ousei contradizê-lo. Abri o frigorífico e tirei o sumo de frutas que o Peter tinha comprado no dia anterior.
Bebi apenas um copo. Não tinha fome, por isso não comi nada.
Entretanto o Blake tinha começado a vestir-se. Usava umas calças de ganga azuis, enquanto o tronco continuava nu e parecia estar mais sereno.
Tinha que enfrentá-lo absolutamente!
«Blake, preciso de saber» comecei com calma e decidida.
«O quê?».
Ganhei coragem.
«O que queres fazer de mim?».
Blake olhou-me por um instante, depois soltou uma risada amarga.
«Vejamos... Usaste escapar mais que uma vez, apesar das minhas ameaças. Ontem à noite esbofeteaste-me e não pareces querer te submeter a mim.... Superaste todos os limites, fazendo-me perder a paciência mais que uma vez. Asseguro-te que por muito menos, teria desfeito qualquer outro» confessou-me.
Estava decidida.
«Logo?» pressionei-o.
«Não sei. Existe em ti algo que quero descobrir, mas primeiro preciso de falar com uma pessoa» respondeu-me com um ar sério.
«Será que eu poderia voltar a estar com a minha tia, até que tu contates essa pessoa?» tentei.
«Não».
«Porque não?» lamentei-me.
«Porque decidi assim».
Perdi novamente a paciência.
«Mas quem és tu para decidires acerca da vida dos outros?» gritei irritada.
«Será possível que nunca consigas aceitar uma decisão minha sem levantar discussões?».
«Obviamente não, uma vez que isto diz respeito a mim e só a mim!».
«Devia consultar-te?» perguntou sarcástico Blake.
«Exato e dir-te-ia que sou absolutamente contra a ideia de permanecer presa nesta gaiola dourada. Não te apercebes do sacrifício que me estás a pedir».
Sabia que estava novamente a testar a sua paciência.
«Sacrifício? Eu sacrifico-me, não tu. Se fosse por mim, eu ter-te-ia devorado viva, pelo menos ias parar de chatear-me com as tuas queixinhas e fazer-me perder a calma com o teu odor tão irresistível. Contigo nas proximidades, tenho que estar sempre a controlar os meus instintos. Agradece que tenho um ótimo autocontrolo, em vez de ser como o Will! E como se não chegasse, às vezes o teu odor torna-se ainda mais doce e atraente, como há instantes atrás. Não sei o que aconteceu, mas tu, minha querida, és seguramente uma arma contra mim, uma vez que, mais cedo ou mais tarde, vais fazer-me enlouquecer. Desculpa incomodar-te, mas és tu a mais perigosa entre nós. Bem que o cardeal Montagnard alertou-me acerca de ti, avisando-me para não me deixar tentar ou haveria consequências. Quero descobrir o motivo deste teu cheiro tão hipnótico e depois decidirei se matar-te imediatamente