Mundos aparte - De ama a esposa. Maggie Cox

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Mundos aparte - De ama a esposa - Maggie Cox Ómnibus Geral

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e dirigiu-se para a bandeja.

      Em silêncio, serviu-se de uma chávena do café aromático e bebeu um gole. Embora tivesse gostos muito definidos a respeito do café que bebia, não encontrou nenhum defeito na mistura escolhida.

      Virou-se novamente para Briana, que estava levemente corada.

      – Estarás aqui todo o fim-de-semana? – perguntou, consciente de que a conversa que tinham iniciado não podia acabar assim.

      – Sim, o meu trabalho exige-mo.

      – Há quanto tempo trabalhas para esta empresa?

      – Há três anos. Sou a dona.

      – Agora és uma mulher de negócios? Conseguiste surpreender-me outra vez!

      Embora não tivesse conseguido evitar o tom cínico da sua voz, Pascual estava realmente surpreendido. A Briana que conhecera não dera a impressão de ter interesse em criar a sua própria empresa. Na altura, alegara que só era feliz a trabalhar com crianças e animais. Quando chegara a Buenos Aires, encontrara trabalho a passear cães e depois como ama. No entanto, ele tivera de aceitar que não fora totalmente franca com ele e a sua desonestidade continuava a magoá-lo profundamente.

      – Deixarei que desfrutes do café em paz. Espero-te lá em baixo.

      Briana dirigiu-se para a porta, sem conseguir disfarçar a sua ansiedade por sair dali. Pascual irritou-se por ela querer manter distância entre eles outra vez.

      – Antes de fugires a correr, quero que me dês dados sobre os empresários com que vou reunir-me. Terás alguma informação útil para mim, não é? – olhou para ela fixamente. Desejava testá-la, descobrir se era competente no negócio que escolhera. Se ele se dedicasse a algo parecido, teria querido saber que tipo de gente contratava os seus serviços.

      – O que queres saber? – perguntou ela, obviamente incomodada por não poder fugir.

      – Quero saber o que não revelaram na sua oferta para comprar os meus cavalos. Entendes a que tipo de informação me refiro? É importante que os meus cavalos estejam nos melhores lares. Como sabes, não faço estas transacções só por dinheiro.

      – As suas qualificações são de primeira, mas se precisares de algum dado específico, pergunta. Garanto-te que fiz os meus trabalhos de casa nesse sentido.

      – A sério? No entanto, ignoravas que eu era o convidado VIP do fim-de-semana, não era? Não te parece um descuido digno de menção?

      – Não é um erro habitual em mim, garanto-te – as suas faces tingiram-se de vermelho. – Ultimamente, tenho tido muitas coisas na cabeça e…

      – Os teus problemas pessoais nunca deviam incapacitar-te para fazeres bem o teu trabalho.

      – Talvez seja assim num mundo perfeito, mas se por acaso não reparaste, este mundo não é perfeito. De vez em quando, as pessoas têm preocupações que influenciam o seu trabalho.

      – Que coisas te preocupam hoje em dia, Briana? – perguntou Pascual, num tom amargo. – Supostamente, devias estar feliz e contente. Ao fim e ao cabo, escapaste de um homem e de um casamento que não desejavas. Imaginava que me tinhas deixado plantado, porque tinhas encontrado exactamente o que procuravas.

      – Podemos parar com isto? Já é bastante doloroso encontrarmo-nos novamente de surpresa para, ainda por cima, discutirmos. Ambos estamos aqui por razões mais importantes do que o nosso vínculo pessoal. Sei que temos de falar, mas não me parece que este seja o melhor momento.

      Pascual não podia argumentar, embora gostasse de o fazer. Bebeu outro gole de café e deixou a chávena na bandeja.

      – Vou ter contigo dentro de cinco minutos – disse. – Sem dúvida, teremos oportunidade de falar de assuntos pessoais durante o fim-de-semana. E, se parecer que não será possível, criaremos uma oportunidade. Posso garantir-te uma coisa: Não vais sair daqui antes de me contares porque fugiste de mim e do casamento. Não te deixarei ir até estar convencido de que me contaste a verdade!

      Enquanto tentava conversar com Tina no hall, depois do seu encontro com Pascual, Briana continuava a tremer por dentro. Apercebeu-se de que a sua colega reparava na sua distracção. Briana orgulhava-se da sua capacidade para manter a calma na maioria das situações e, sobretudo, em assuntos de trabalho, mas ia ter de procurar no mais profundo de si mesma para encontrar recursos que a ajudassem a aguentar o resto do fim-de-semana.

      Quando, segundos depois, Pascual desceu a escada, ficou com falta de ar. Se queria deixar claro que ele era o convidado VIP daquele fim-de-semana, conseguira. Vestia um casaco preto feito à medida, calças bem cortadas e uma camisa azul. Os joelhos de Briana tremeram ao vê-lo. Sempre parecera incrível com fato. Elegante, muito masculino, elegante sem esforço, tão bonito e sexy que uma mulher esquecia tudo assim que punha os olhos nele, fosse qual fosse a sua idade ou o estado civil!

      Não a surpreendeu que Tina se inclinasse para ela para lhe sussurrar ao ouvido.

      – Meu Deus! É o homem mais fantástico que vi em toda a minha vida. Temos sorte por ser o cliente VIP.

      «Sorte?» Briana não teria descrito assim o que sentia, quando Pascual lhe lançou um olhar desdenhoso, avisando-a de que ainda não acabara com ela.

      – Senhor… Domínguez… A sua reunião é por aqui. Por favor, siga-me.

      Conduziu-o até à sala elegante onde esperavam três homens de negócios. Levantaram-se em uníssono ao vê-lo. Num tom de voz trémulo, Briana fez as apresentações. Foi óbvio o alívio dos três homens ao verem Pascual e percebeu imediatamente a deferência com que o tratavam. O seu ex-noivo sempre conseguira essa reacção das pessoas. A sua atitude, quase aristocrática, aliada à sua beleza sensacional, garantia-lhe atenção imediata em qualquer lugar que fosse.

      Briana descobriu que o impacto que exercia ao entrar numa divisão não diminuíra um ápice naqueles cinco anos. Perguntou o que Tina diria se descobrisse que o argentino bonito e rico era o pai de Adán. Ela própria achava difícil de acreditar. Parecia-lhe que passara uma eternidade desde que o seu romance intenso e apaixonado acontecera. Uma eternidade solitária e manchada de dor.

      – Pode trazer-nos mais café e talvez brande, querida? – disse Steve Nichols a Briana, levando-a para um canto. Era director de uma agência publicitária, com sede em Soho e, há pouco tempo, co-proprietário, com os seus dois colegas, de um picadeiro situado em Windsor.

      Ela, olhando para os seus olhos azul-claros, a pele pálida e brilhante, sentiu um calafrio de desagrado. Infelizmente, conhecia os do seu tipo. Embora estivesse numa viagem de negócios, considerava que podia seduzir qualquer mulher razoavelmente atraente entre os dezasseis e os quarenta anos de idade. Briana teria de ter muito cuidado. O facto de as suas qualificações empresariais serem impecáveis, não significava que as suas maneiras e comportamento com as mulheres seguissem a mesma pauta.

      Com Pascual, um empresário de alto nível que vendia uma coisa que ele desejava, seria lisonjeiro e diferente. Mas podia transformar-se num problema para Tina e para ela.

      – É claro. Desejam mais alguma coisa? – perguntou Briana. Esperou até que todos dissessem que café e brande bastariam no momento.

      – Volta depressa, querida – sussurrou Steve Nichols, piscando-lhe um olho. Ela percebeu o olhar desaprovador

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