A Garota Que Se Permite. Brian Quinlan

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A Garota Que Se Permite - Brian Quinlan

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      Estava afundando. No poço do levei-um-pé-na-bunda. Bem, não a parte do término. Essa parte eu assimilei até bem rápido. Foi mais a parte sobre como foi fácil para ele me largar. Que enquanto eu estava construindo esse pequeno sonho na minha cabeça, ele estava procurando por uma colega de quarto que convenientemente pagasse metade da hipoteca e compartilhasse sua cama.

      Boa sorte com isso na OLX, querido.

      Nunca me senti tão dispensável em minha vida. Meu chefe até havia usado essa palavra. — Kasey, temos que fazer alguns cortes e mesmo que você faça um ótimo trabalho, infelizmente, você é dispensável.

      Eu perguntei o que isso significava. O que significa ter três projetos sob sua liderança, seis pessoas subordinadas a você, vários prazos chegando nos próximos dois meses e ainda ser dispensável? Aparentemente, quando você contrata e treina grandes mentes logo que terminam o programa de graduação e que podem terminar o trabalho, mesmo que não tenham conseguido o contrato em primeiro lugar, ou administrado ele após conseguir, você é dispensável. Especialmente se cada um deles ganhasse apenas oitenta por cento do seu salário.

      Que bom que eu não tinha um cachorro. Ele provavelmente teria escrito com o xixi dispensável no meu tapete e então fugido com alguma poodle atraente da rua enquanto eu estava fora.

      O táxi estacionou em uma rua sob um dos belos e antigos carvalhos que ladeavam uma ampla calçada de paralelepípedos. Meu quarteirão? Não, minha rua era feita de postes padrões e calçadas irregulares. Sem árvores.

      Obviamente, esse não era o meu quarteirão.

      — Certo. — O taxista se virou e estendeu a mão.

      Eu olhei para o taxímetro vermelho piscando. — Dezoito dólares? — Ele não só não me levaria a milha extra para casa, ele nem mesmo me levaria até completar os meus vinte dólares.

      Acho que eu não era uma daquelas mulheres que dependem da bondade de estranhos.

      — Isso inclui a gorjeta.

      Sério mesmo? Esse cara era um charme. Ele estava fazendo Jason parecer decente. Eu estava pensando seriamente em atacar mais um carro.

      Entreguei a ele os vinte e esperei.

      Ele esperou.

      Eu esperei.

      — Você vai descer?

      Poderíamos ter percorrido a última milha a essa altura.

      Eu estendi minha mão. — Quem falou que eu te daria uma gorjeta?

      Continuamos nos encarando até que ele colocou dois dólares na minha mão. Eu planejava dar a ele os um e setenta e oito da minha carteira como gorjeta, mas ele me irritou.

      Pelo lado positivo, agora eu tenho três setenta e oito. Sim, isso salvaria o dia.

      Empurrei a porta e deslizei minhas pernas o mais graciosamente que pude usando uma saia minúscula os meus saltos para ocasiões especiais ridiculamente altos. Eu me endireitei e me encontrei abandonada em frente a uma cafeteria de um bairro chique onde nunca teria dinheiro para morar. O lugar tinha aquelas pequenas lâmpadas que pareciam lâmpadas a gás dos tempos do Jack, o Estripador, e charmosas venezianas verdes em volta das janelas de moldura preta. A porta era pesada, de carvalho, o que me fez pensar que estava nos limites de uma pequena aldeia irlandesa. Olhe para mim, reconheço uma coisa encantadora quando a vejo.

      Uma placa dourada e marrom na porta anunciava que eu havia chegado ao Coffeesão.

      Bem, isso resumiria minha noite de confusão de um jeito triste e taciturno. Além disso, a cafeína parecia uma boa ideia antes da andada de salto agulha de volta para casa.

      Olhando para os meus sapatos, não pude deixar de me perguntar o que estava pensando quando os comprei. Quer dizer, eles eram caros, não eram o meu estilo, e eram incrivelmente desconfortáveis. Mas a mulher disse que meu namorado os adoraria. Eu, sendo a idiota que acabei de descobrir que era, comprei.

      Agora, eu estava pagando o preço. Figurativa e literalmente.

      Empurrei a porta e respirei o ar com aroma de café. O conforto e o calor aliviaram a minha pele, suavizando cada nervo que estava em alerta máximo desde que a noite havia tomado uma inesperada curva na via de solteirice. Havia coleções de cadeiras estofadas com mesinhas de centro e bancos ao redor de mesas de madeira rústicas. Uma placa de “Leitura Relaxante” repousava contra uma estante de livros no canto com uma coleção de livros usados. Ele até tinha uma lareira contra a parede oposta com a evidência fuliginosa de uso.

      Como um oásis desses esteve a um quilômetro de distância da minha casa todo esse tempo e eu nunca soube?

      — Posso ajudar? — Atrás do balcão, uma adolescente me olhou com desconfiança, como se eu tivesse acabado de entrar em sua casa em vez de uma cafeteria, ou que estivesse disposta a pagar.

      — Vocês ficam abertos até que horas?

      — Por quê?

      Sério mesmo? Sem querer soar como uma velha, mas essa nova geração é um pouco estranha.

      — Porque eu quero pedir um café e relaxar um pouco.

      A garota barista me olhou, obviamente tentando descobrir se eu estava mentindo ou não. Quem mente sobre tomar uma bebida em uma cafeteria?

      — Até às nove em uma terça-feira — respondeu ela, continuando a me encarar. — Você vai para algum lugar?

      Um tanto intrometida, não?

      — Não. — Agora era eu quem estava me sentindo um pouco desconfiada.

      — Você não acha que está um pouco arrumada demais para só sair para tomar um café?

      Bem, era verdade. — Sim.

      — Você vai se encontrar com alguém?

      — Aqui?

      — Sim.

      — Por quê?

      — Você parece uma daquelas mulheres que saem tarde da noite para encontrar alguém. — Ela se inclinou sobre o balcão e olhou para meus sapatos. — Você está tendo um caso?

      — Abby, apenas dê o café à mulher. — A voz era tão rica quanto os grãos de café no balcão, só que sem o retrogosto amargo.

      Eu me virei, em direção à voz, surpresa com o cara da qual ela veio. Ele não era o gerente noturno típico. Ele tinha altura média, mas definitivamente era mais bonito do que a média, com um sorriso gentil e cabelo levemente despenteado.

      — Olá, me chamo John. — Ele estendeu a mão sobre o balcão. — Se você está aqui para ter um caso, devo avisá-la que instalei câmeras de circuito interno depois que fomos roubados nesta primavera.

      Eu não senti uma centelha quando ele apertou minha mão, mas o gesto me fez perguntar por que, por que, eu perdi os últimos três anos com Jason? Já que haviam caras realmente engraçados, legais e gostosões por aí, que provavelmente

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