A Garota Que Se Permite. Brian Quinlan

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A Garota Que Se Permite - Brian Quinlan

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corredor do prédio estava agradável e quentinho e… iluminado. Isso não era um bom sinal.

      Beth, a garota que mora do outro lado, abriu a porta e me pegou em pé no meio do corredor, o edredom puxado para cima em volta do meu nariz enquanto eu tentava me aquecer.

      — Sem aquecimento ou água quente. — Olhe para mim. A garota do óbvio.

      Ela se inclinou para olhar para o meu apartamento, como se o ar frio pudesse parecer diferente. — Sério? Está tudo bem aqui.

      É claro.

      Beth me deu um sorriso do tipo o-que-se-pode-fazer-quanto-a-isso e desceu as escadas. O que também não foi uma surpresa. Ela era o tipo de vizinha que passava para avisar que ela estava dando uma grande festa, só para que você soubesse do que se tratava o barulho, mas nunca para te convidar.

      Apertei para rediscar e esperei pelo correio de voz de Micah.

      — Sério, Micah. Por que meu apartamento é o único que parece uma geladeira? Favor ligar de volta. Estou apenas, você sabe, passando um tempo no corredor de pijama.

      Uma porta no andar de cima se abriu e passos pesados cruzaram sobre minha cabeça em direção à escada. O cara, por quem Beth chamava a polícia o tempo todo por fazer o treino P90X depois das sete da manhã de um sábado, dobrou a esquina e parou no patamar.

      — Trancada do lado de fora? — Ocorreu-me o quão ruim eu devia parecer antes de tomar meu banho, ou antes da dose de cafeína.

      — Não.

      — Só passando o tempo? — Ele abriu um sorriso.

      E por que não deveria. Devo parecer ridícula. — Sem aquecimento, água quente ou eletricidade.

      — Sério? — Ele olhou para a minha porta como se pudesse ver o problema através do painel frágil. — Escute, eu só estou correndo para pegar um café e bagels, mas minha namorada está aqui para passar o fim de semana. Por que você não pega suas coisas e vem tomar banho na minha casa. Ela não vai se importar.

      Dan, que aparentemente era o nome do cara P90X, me acompanhou até o apartamento dele, me apresentou a sua namorada e se dirigiu para a porta.

      Isso mostrou o quão baixo eu tinha afundado, que eu nem me importava se estava tomando banho no apartamento de um cara estranho. A namorada de Dan pegou uma toalha para mim e certificou-se de que eu tinha tudo de que precisava.

      — Para sua sorte, ele sempre contrata uma diarista na semana anterior à minha visita. Tenho um medo mortal do que você poderia encontrar aqui caso contrário.

      — Obrigada. — Tentei imaginar Dan, que sempre parecia incrivelmente arrumado, tendo um banheiro imundo. Simplesmente não fazia sentido.

      Mas, quem era eu para tentar decifrar o namorado de outra pessoa quando nem mesmo consegui decifrar o meu?

      Corri para o meu banho, não querendo interromper o tempo da Namorada do Dan. Além disso, eu tinha um encontro com o dono de uma cafeteria que esperava encontrar um teto para eu morar. Eu estava disposta até a implorar naquela altura.

      Sequei o meu cabelo o mais rápido possível e o enrolei em um coque desleixado antes de agradecer a ambos, um pouco triste por só conhecer o vizinho simpático um dia antes de me mudar.

      De volta ao apartamento geladeira, abri minhas cortinas para deixar a luz do sol entrar antes de enrolar um lenço em volta do pescoço, puxar meu casaco e erguer minha bolsa. Como eu nunca percebi como ela ficava tão pesada assim com o notebook e o carregador nas minhas caminhadas de apenas uma quadra da minha casa até o ponto de ônibus?

      Posso não receber um pagamento pelo dia hoje, mas ainda era um dia útil. Eu tinha muito trabalho a fazer e ainda mais coisas para pensar. Então era melhor já começar a arregaçar as mangas.

      O ar estava úmido, o tipo de clima pré-outono que fazia tudo parecer um pouco mais fresco. Foi uma caminhada mais curta do que o esperado. Um pouco mais de um quilômetro. Isso é o que acontece quando você nunca não vai além do que a própria vizinhança, você perde a oportunidade de encontrar jóias escondidas.

      Entrei na cafeteria e inspirei o aroma inebriante de café. Estar lá novamente foi a primeira coisa que me fez sentir bem, algo que parecia certo, nos últimos dois dias.

      Aproximei-me do balcão, feliz por poder pedir outro daquele mocha delicioso e estranhamente não me surpreendi ao encontrar Abby no balcão novamente.

      Ela olhou para mim e balançou a cabeça. — É assim que você sai de casa?

      Eu olhei para minhas calças de ioga e jaqueta esportiva.

      — Sim. É assim que saio de casa quando preciso caminhar dois quilômetros para sentar e tomar um café enquanto trabalho.

      Ela balançou a cabeça novamente, desgosto emanando dela como se ela tivesse acabado de descobrir que eu chutava gatinhos como passatempo.

      — Se você insiste em sair assim, vai continuar solteira.

      — Eu só estou solteira desde a noite passada, você sabe, quando você me acusou de sair por aí traindo.

      — Então. Bem-vinda à Terra dos Solteiros. — Abby me entregou meu mocha como se ele fosse algo muito bom para alguém como eu. — Você vai ficar nessa Terra por um bom tempo.

      — Talvez eu queira ficar solteira por um tempo.

      Ela olhou para mim por cima da névoa do vapor. — Você não parece alguém que gosta de ficar solteira. — Com isso, ela foi até o final do balcão para limpar alguma máquina.

      Fiquei olhando para ela me perguntando se ela estava certa. Eu era do tipo de garota que não gostava de ficar solteira? Era? Foi por isso que fiquei tanto tempo com Jason?

      Achava que não, mas estava aprendendo muitas coisas novas sobre mim mesma esta semana.

      Sentei-me na mesma poltrona da noite anterior e ponderei. Eu estava definitivamente em um momento de reflexão de vida.

      Assim que deixei de lado a reflexão sobre a Terra dos Solteiros, comecei a considerar o verdadeiro problema em questão. No fundo da minha mente, eu tive uma ideia, uma que tinha vivido lá por um tempo tentando criar coragem para emergir. Mas agora, em uma situação mental de luta ou fuga, ela abriu caminho na minha mente e está cutucando o meu cérebro desde que acordei com frio e irritada.

      Meu próprio negócio de marketing e design. Divulgação, sites, banners, anúncios… Muitos designs divertidos para fazer sozinha. Sem todas aquelas grandes contas corporativas discutindo sobre o que tal ou tal tom de laranja diz subconscientemente. Apenas trabalho direto para startups, indivíduos e pequenas empresas.

      Trabalho acessível, mas lindo.

      Eu tinha as habilidades. Eu tinha a vontade.

      Examinando meus contatos, tentei descobrir onde poderia encontrar alguns clientes para lançar meu novo negócio assim que o colocasse em funcionamento. Eu não tinha certeza de onde estava a linha ética sobre entrar em contato com ex-clientes. Uma coisa que eu sabia sobre mim mesma, essa não era uma linha que eu cruzaria.

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