Sanidade Antes, Magia Depois. Brenda Trim
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Minha garganta imediatamente se fechou e eu não conseguia colocar oxigênio nos meus pulmões, depois a coisa inundou meu esôfago e jorrou no meu intestino como uma torrente. O fogo explodiu e se espalhou por mim da cabeça aos pés, ao mesmo tempo que notei que a coisa tinha gosto de minhoca morta na beira da estrada, apodrecendo ao sol.
Depois de vários minutos agonizantes, eu balancei a cabeça e vi Violet e Aislinn pairando perto de mim. — Estou bem. — Minhas palavras saíram mais como um coaxar do que qualquer outra coisa. Peguei um copo d'água, mas Camille o tirou de mim com um aceno de cabeça.
— Você não pode beber nada. Nunca se sabe como outras substâncias vão interferir com uma poção.
Eu fiz uma careta. — Por que isso não podia ter um gosto melhor?
— Toda magia requer um preço. Poções podem machucar e te deixam doente. — Pisquei e olhei para Camille. Ela não poderia ter mencionado isso antes? Como diabos ela esperava que eu vendesse merda para as pessoas sem saber disso? Eu teria clientes reclamando constantemente e querendo seu dinheiro de volta.
— É hora de recitar o feitiço. — A voz de Aislinn me tirou das minhas ruminações.
— Certo. — Eu me concentrava na carta e nas palavras que minha avó escreveu quando notei que eu estava brilhando com uma luz azul. Pelo menos agora você sabe que fez a poção direito.
Deixe minha voz ser ouvida do outro lado.
E alcance a ancorada ao meu lado.
Ignore os limites da física e dê forma ao sem forma.
Pelas leis de nossa antiga magia, que assim seja.
O vento soprou mais forte e apagou as velas. Do lado de fora os trovões soaram e as nuvens se abriram. A chuva golpeou a janela quando correntes de energia azul deixaram meus dedos para formar um ciclone do outro lado do sótão.
Protegi meus olhos do redemoinho e assisti através da proteção criada pelos meus braços. A luz se fundiu na forma de uma pessoa. Quando o vento acalmou, baixei os braços e vi uma figura que nunca pensei que veria novamente.
— Vó! — Corri para o lado dela e joguei meus braços em sua volta. Eles atravessaram pelo seu corpo, deixando-me tremendo de frio.
— Já era hora de você me invocar, criança. Por que demorou tanto?
Coloquei minhas mãos nos quadris e estreitei meus olhos. — Desculpe, mas fui pega de surpresa com toda essa coisa de híbrida Bruxa-Feérica. Depois, fui atacada e quase morta pela Rainha dos Feéricos. E antes disso eu tinha que encontrar o portal e então aprender como evitar que os feéricos atravessassem. Um aviso teria sido bom!
Eu estava mais do que feliz por tê-la de volta e não tinha percebido até aquele momento como eu estava com raiva por ter sido mantida no escuro. Aparentemente, eu não era a única.
Aislinn limpou a garganta. — Não se esqueça que você teve que pegar o seu grimório de volta das mãos do Filaron também.
— Aquela pequena peste roubou meu grimório? — perguntou vovó, seu brilho ficando vermelho nas bordas. Ela tinha um brilho azul-claro e transparente, mas quando ela rosnou de raiva, ela mudou. Sua forma ficou um pouco mais sólida e apareceu um filamento vermelho em torno dela.
— Eu não o chamaria de pequeno, mas ele é uma peste. — respondi, erguendo um ombro. Filarion era um ladrãozinho de uma figa. Um ladrão muito bonito, mas que não prestava.
— Tudo o que importa agora é que você conseguiu realizar o feitiço e eu estou aqui com você. Camille, é bom vê-la. Preciso que você, Aislinn e Violet ajudem a lançar um feitiço para dissipar a assinatura de energia de Fiona.
Camille lançou um olhar para vovó que deixou claro que ela estava chateada. Eu me perguntava se era porque ela não contou quem, ou melhor, o que eu era ou se era outra coisa. — Eu já lhe disse antes, Isidora. Não sou uma idiota, independentemente do que você possa pensar. Eu estava planejando abordar o assunto depois que eu ensinasse a sua neta como fazer poções. Aposto que foi por isso que a Rainha Feérica a atacou. Ela queria roubar o poder da sua neta junto com o portal. Mas eu quero saber como você conseguiu voltar sem atravessar.
— Sim, ela só pensa em ser o mais poderoso ser vivo. Imagine como a luta teria acabado e como ela seria se tivesse uma bateria recarregável de magia dentro dela — apontou Aislinn.
— Eu não tenho ideia do que você acabou de dizer. Por favor, me explique. E preciso saber como posso manter meus amigos seguros. Desde que vocês começaram a sair comigo e os Feéricos vieram morar em Pymm's Pondside, eles foram atacados. Eu não quero ser a razão pela qual alguém acabe ferido. — Eu tinha culpa suficiente nas minhas costas no momento.
— Isso é besteira. Você não é responsável pelo que aquele ser sujo com sede de poder fez. O que importa é que entenda que agora você é como um reator nuclear. Você emite um sinal que é impossível para os sobrenaturais não notarem ou resistirem. — Minha avó flutuava ao redor da sala enquanto ela falava. Isso ia levar algum tempo para me acostumar, mas eu a tinha de volta!
— Isso é porque eu sou uma nicotisa certo? O que isto significa exatamente?
— E, como você descobriu isso? Ela se mudou quando tinha cinco anos! E, não pense que eu esqueci que você ainda não respondeu como você está aqui com a gente agora. — Havia um pouco de agressividade no tom de voz de Camille. Estava claro que ela não se dava muito bem com a minha avó. Havia uma história não contada no meio disso, mas eu não tinha as faculdades mentais para abordar o assunto no momento.
Vovó olhou para Camille e virou para mim com um sorriso. — Sabíamos que você era diferente assim que nasceu. Começou quando você nasceu com uma energia que ajudou a acalmar sua mãe. Mas eu tive certeza quando você invocou sua mamadeira um dia, quando eu estava cuidando de você enquanto sua mãe trabalhava na cabine dela na F&F. Agora, respondendo sua pergunta Camille: não tinha certeza se teria essa capacidade, mas liguei meu espírito à Fiona. Eu não tinha certeza se funcionaria. Não encontrei nada sobre lançar um feitiço enquanto fazia projeção astral. Eu tinha que lançar o feitiço na minha alma, não no meu corpo.
A ideia de ter o corpo da minha avó amarrado a mim revirou meu estômago, mas foi nisso que minha mente focou no meio de tudo o que ela disse.
— Ceeeeerto. Gostaria de poder invocar as coisas agora.
Eu estava precisando desesperadamente de uma xícara de café, daqueles de levantar defunto se eu fosse sobreviver a essa conversa. Ou talvez uma dose, ou dez, de tequila. Minha cabeça já estava começando a doer, um aviso que a cafeína era necessária. Minha habilidade de me concentrar na conversar iria rapidamente por ladeira abaixo se eu ignorasse essa necessidade.
Violet deu um tapa no meu braço. — Acho que você não entendeu, mas isso é incrível. Nós não despertamos os nossos poderes antes dos vinte anos. Caso contrário, seria impossível esconder nossa existência. Imagina seus filhos invocando um sorvete ou os brinquedos até eles enquanto você anda pelas lojas?
Vovó