Sanidade Antes, Magia Depois. Brenda Trim

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Sanidade Antes, Magia Depois - Brenda Trim

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sua família? Eu não tive escolha.

      — Sempre há uma escolha. E o que mais importa é se você poderá ou não viver com sua decisão e conseguir se olhar no espelho no fim. Não há nada pior do que trair sua integridade. Você nunca obtém um alívio da repulsa que sentirá toda vez que se olhar no espelho ou do autodesprezo em sua mente. O que você fez machucou a mim e aos meus amigos, mas eu entendo que você estava fazendo isso para salvar sua família. Só espero que você tenha aprendido a lição nesse processo porque Aislinn está certa, você nunca pode confiar em alguém que não valoriza a vida.

      Tunsall abaixou a cabeça. — Eu irei me redimir contigo, eu prometo.

      Eu fiz um aceno com a mão para indicar que aquilo não era necessário e caí de bunda. Eu não conseguia mais ficar agachada. Minhas coxas estavam queimando como um pecador na igreja. — Ai! — Levantando uma banda do bumbum, peguei algo oval e vermelho-escuro debaixo de mim. Era iridescente e mais duro do que o aço. Ele brilhou quando o levantei acima da minha cabeça.

      — Onde você conseguiu isso? — exigiu Aislinn, enquanto pegava o objeto da minha mão.

      — Eu sentei nele. Por quê? O que é isso?

      — É uma escama de dragão, mas o que ela está fazendo aqui? — Os olhos de Aislinn saltaram entre a casa de Tunsall e o objeto em sua mão.

      Eu li sobre dragões outro dia e me lembrei de algo sobre eles serem capazes de soltarem fogo. — Ah meu Deus! Um dragão fez isso? Por que a Rainha chamaria os cachorros grandes quando ela poderia usar muito menos recursos para se livrar de Tunsall e sua irmã?

      — Você tem razão. Um dragão não poderia ter feito isso. Se tivesse sido um, não teria restado nada em pé — explicou Aislinn.

      — Faz sentido… Não imagino que eles possam controlar o tamanho da bola de fogo que cospem da boca. — Eu me virei para Tunsall. — Você ou sua irmã irritaram mais alguém?

      Talvez a Rainha não estivesse por trás das mortes, afinal. Talvez elas estivessem procurando no lugar errado. A Rainha usou outros em sua trama para roubar meu poder, mas quando se tratava do âmago da questão, ela fazia o trabalho sozinha.

      Eu apreciava essa ética de trabalho. E entendia isso. Não havia nada como a satisfação de chocar as pessoas e provar exatamente do que você é capaz. Especialmente quando as pessoas te subestimam ou julgam com base em algo como o seu título. A maioria pensaria que uma rainha nunca sujaria as mãos. Assim como poucos médicos me consideravam capaz de conectar pacientes à ECMO quando geralmente era o trabalho de um médico.

      — Eu e minha família somos muito reservados. Nem sei como entramos no radar da Rainha para ser sincera. Eu achava que era porque Isidora confiava em nós e sempre permitiu passagem livre por Pymm's Pondside. Agora já não faço ideia.

      — Talvez tenha sido a Rainha — arrisquei. — Esta escama pode ter sido plantada aqui para despistar.

      — Há uma maneira de testar essa teoria. Você sente a presença dela aqui? Depois de seu encontro com ela, você deve ser capaz de detectar vestígios de sua presença — informou Aislinn.

      Respirando fundo, fechei meus olhos e foquei nos elementos ao meu redor. Inicialmente, o poço mágico que eu tinha me acostumado a convocar era um leito de lago seco. Dentro de alguns segundos, o poder gotejou e me preencheu.

      Sem ter uma pista, concentrei-me na terra, depois nas plantas e árvores, e depois nos seres próximos. Meu dedo formigava com cada novo elemento. Eu estava cercada por todos os elementos e eles adicionavam outra camada à magia que carregava em meu peito.

      No início, foi uma confusão de respostas na forma de energia e elementos. Tentei identificar a energia de Aislinn no meio de tudo isso. Minha pele zumbiu quando consegui isolar sua vibração do resto. Depois disso, foi fácil separar os diferentes fios.

      Lembrei-me de como a energia da Rainha me sufocou e repuxou minhas entranhas. Eu agora sabia que ela estava tentando roubar minha bateria, por falta de uma descrição melhor. Graças à forma como me foi explicado, eu sempre veria um cilindro de lítio em meu peito, alimentando minha magia.

      Mantendo a vibração da Rainha em mente, eu vasculhei a área ao nosso redor. Não havia nem um indício de sua presença. O que eu senti foi pura maldade. Era o que eu imaginava que sentiria se olhasse na mente de um assassino em série.

      — Não foi ela. Foi algo muito, muito pior do que isso.

      Tunsall estava tremendo como uma folha e a tez de Aislinn havia perdido toda a cor. — Quem seria o responsável então?

      Eu balancei minha cabeça e tentei empurrar o peso que havia caído sobre mim para longe. — Não tenho ideia, mas nunca senti nada tão horrível. — Nenhum de nós sobreviverá ao que quer que este ser planejou para nossa cidade. Eu mantive esses pensamentos para mim, não querendo causar um pânico em massa.

      CAPÍTULO TRÊS

      Quando voltei para casa, uma hora depois, estava exausta e pronta para uma soneca. Sempre que o caos aparecia em minha vida, ele tendia a assumir o controle. Eu não tinha dormido ou tomado cafeína o bastante. Quando esses dois fatores combinavam, criavam a tempestade perfeita e eu sofria para continuar funcionando.

      Eu estava seriamente começando a duvidar da afirmação de minha avó de que eu tinha algum tipo de bateria interna. Eu mal podia levantar meu braço para acenar para o Feérico seriamente sexy que olhava para mim do outro lado do quintal. Já o meu coração não parecia sentir a fadiga quando começou a disparar no meu peito. Deus, ele era sexy demais.

      — Ei. — Foi uma saudação fraca, mas não tinha mais nada a oferecer no momento.

      — Quando você ia me contar que Isidora voltou, Borboleta? — Aquela carranca sempre presente estava no lindo rosto de Bas, o que indicava que ele estava irritado. Ele não poderia estar muito bravo porque estava usando o apelido que ele escolheu para mim recentemente.

      Muito parecido com a primeira vez que o conheci. Lutei contra a vontade de me desculpar. Eu não devia uma explicação a ele. Claro, eu estava animada para ver até onde esse relacionamento iria e estava me apaixonando por ele, mas eu não tive tempo sozinha para assimilar aquilo. Eu estava fazendo o que precisava para cuidar de mim mesma e garantir que não perdesse a cabeça desde que soube da morte de Tierny.

      Minha vida não girava e nunca mais giraria em torno das necessidades de outra pessoa antes das minhas. Era uma das vantagens de um recomeço. Eu podia definir o cenário desde o início. E esperar que meus hormônios excessivamente ansiosos não me traíssem.

      Eu lancei um olhar feio para o Sebastian. — Olá, Fiona. Como foi o seu dia? Parece que fazer poções foi produtivo. — Pigarreei para me livrar do tom de voz rouco que tinha feito e voltar ao meu tom de voz normal. — Foi bastante agitado. Ainda estou processando tudo, mas estou mais preocupada com a malevolência que captei na casa de Tunsall, quando fui investigar o assassinato de sua irmã.

      Eu tinha aprendido uma ou duas coisas sobre equilíbrio e a importância do autocuidado. Passei mais da metade da minha vida cuidando dos meus filhos e do meu falecido marido. Eu tinha perdido o meu equilíbrio depois que Tim morreu. Felizmente, eu tinha meus filhos para me manter ocupada. E justamente quando me deparei com o ninho vazio, minha avó morreu e eu me mudei para outro país do outro lado do globo. Eu sabia

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