Sanidade Antes, Magia Depois. Brenda Trim
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Minhas partes femininas ficaram alertas quando ele mencionou que Feéricos estavam sempre com tesão. Eu queria deixá-lo nu e mostrar a ele como eu estava excitada. Só o tom de sua voz era como uma carícia íntima. Merda. Ele ainda estava falando.
Pare de pensar besteira e volte a prestar atenção.
— O rei tem um harém desde que atingiu a maioridade, mas a rainha não. Pelo menos não oficialmente. O problema surgiu quando ela se apaixonou por outra pessoa. Ela falou sobre derrubar o rei com seu amante. De alguma forma, a notícia chegou até os pais dela e eles não ficaram felizes. Eles arranjaram um matrimônio com Vodor quando ele estava tentando disputar o trono. Ela implorou ao homem que ela amava que se apresentasse na disputa, mas ele recusou. — Os olhos de Bas ficaram distantes e pude vê-lo revivendo os eventos enquanto falava. Seu corpo ficava cada vez mais rígido com o passar do tempo.
— Por que ele recusou? — A carranca estava de volta e eu odiei aquilo. Eu esperava que minha voz o ancorasse no presente.
Ele piscou várias vezes e finalmente se concentrou em mim, mas foi a vovó que me respondeu. — Política. Somente aqueles no alto escalão da sociedade Feérica são poderosos o suficiente para assumir o trono. O critério das separações de classes entre os feéricos vai além da renda. Eles valorizam o poder mais do que qualquer coisa. É por isso que a Rainha quer roubar o seu, Fiona. Você poderia eclipsar o status dela.
— Ela está certa — acrescentou Bas. — O homem que ela amava não era da classe alta e, apesar de ser poderoso o suficiente para ascender, não tinha vontade de fazê-lo. A Rainha ficou chateada quando ele recusou. Ela sempre foi uma megalomaníaca e, mesmo assim, queria o homem mais poderoso como seu companheiro. Essa recusa a envergonhou e foi um grande escândalo. Nunca se ouviu falar que a Rainha queria alguém que fosse oficialmente de uma família mais fraca do que a de Vodor.
— Você é o tal homem, certo? — Não havia dúvida disso em minha mente. Ele exalava essa aura revestida de uma força inegável.
Sebastian ergueu um ombro. — Sim, mas isso não é importante. Precisamos nos concentrar na Rainha e por que ela está tão silenciosa.
— Isso é mais importante do que você imagina. Ela não te superou. Eu imagino que ela sente que você a desprezou ao rejeitá-la e depois indo embora. Isso, junto ao seu desejo por meu poder, a torna altamente perigosa. E isso poderia tê-la levado ao limite. Ela pode, agora, estar atacando sem se importar com quem fere.
— Essa parece a explicação mais plausível que já ouvi a noite toda — concordou vovó com um aceno de cabeça. — E não se esqueça de suas maneiras, Fiona. Você não ofereceu chá a Bas nem nada para comer.
Revirei os olhos para minha avó, mas não pude evitar minha vergonha. Ela e minha mãe me ensinaram melhor e eu as estava fazendo parecerem desleixadas. — Eu não tenho certeza sobre você, mas eu preciso de um pouco de vinho. Você aceita um pouco de uísque? Vou colocar uma pizza no forno.
— Eu pego. — Bas foi até o armário e pegou o uísque, em seguida, puxou o vinho branco da geladeira. Um sorriso cruzou seu rosto quando ele pegou a taça de vinho sem haste do balcão. Dizia: Eu harmonizo bem com vinho.
Depois de preaquecer o forno, coloquei uma pizza congelada com tomate, alho e manjericão numa assadeira e me sentei na ilha da cozinha. — Estamos seguros aqui? — Eu não conseguia afastar a sensação de que não era capaz de derrotar a Rainha. O que significava que todos os que viviam em Pymm's Pondside estavam em perigo. Isso agora incluía minha avó também.
— Suas proteções são tão boas quanto qualquer outra que eu já conjurei — respondeu vovó. Ela estava sorrindo para mim. O orgulho era inconfundível.
— Obrigada, mas elas são impenetráveis? Não quero que mais ninguém se machuque por minha causa.
— Eu encontrei todas as pedras enfeitiçadas que Tunsall plantou, então essa parte já está resolvida. E você já restringiu a entrada pelo portal.
Vovó fez um barulho que soou como se ela estivesse sufocando. — Você proibiu qualquer um de entrar em Pymm's Pondside?
Levantei-me e coloquei a pizza no forno. — Sim. Eu não tive escolha. Kairi e eu quase morremos porque a Rainha manipulou Tunsall para fazer seu trabalho sujo. Eu precisava ter certeza de que isso não aconteceria novamente.
— E aqueles que procuram passagem pelo portal? Você já pensou em como tal feitiço os afetaria? A maioria deles está fugindo do tirano em Eidothea e você bloqueou a única passagem segura que resta para eles.
Engoli em seco e me virei para encarar minha avó. Ela estava com as mãos nos quadris, mas fiquei feliz em ver que ela não estava vermelha nas bordas.
— É por isso que o portal está em silêncio desde a minha luta com a Rainha. Achei que tinha a ver com ela por algum motivo. Eu não tinha ideia de que isso aconteceria. — Eu engoli o pedido de desculpas. Eu não tinha nada pelo que lamentar. Tudo isso era novo para mim e eu estava dando o meu melhor com o que tinha.
— Claro que não. Eu culpo Filarion. Se aquela doninha não tivesse invadido e roubado meu livro, você teria visto minha carta e eu estaria aqui desde o início para ajudar. O mais importante agora é afrouxar as barreiras.
Sebastian terminou sua bebida e pousou o copo. — Existe algo que podemos fazer para garantir que ninguém com intenções maliciosas possa atravessar?
Vovó flutuou mais perto do forno quando eu o abri e ficou me observando enquanto eu removia a pizza. — Isso é complicado.
— Isso é o que eu pensei que tinha feito antes — interrompi. Quando lancei minhas proteções, eu até mantive esse desejo na frente da minha mente.
— A magia não é capaz de avaliar uma pessoa a menos que ela pratique magia nefasta. Isso muda uma pessoa, como eu disse antes, e por causa disso podemos manter essas pessoas fora. Mas ela não é capaz de detectar o que alguém está pensando. Ou se eles têm ciúmes de você. Nem pode dizer quando você está com fome e lhe fornecer uma refeição. Torna-se complicado ao lidar com um indivíduo que está sendo forçado a cumprir as ordens de outra pessoa.
— Certo. Isso faz sentido… Então eu só me resta ter esperanças de que ninguém mais seja manipulado como Tunsall foi?
Bas balançou a cabeça. — Isso não seria sábio. Garanto que ela encontrará outra pessoa para manipular, mais cedo ou mais tarde. Essa é uma de suas constantes.
Eu joguei minhas mãos para o ar. — Tem alguma coisa que eu possa fazer? Kairi quase foi morta da última vez. Eu prometi a ela um lugar seguro para morar depois que ela preferiu fugir de Vodor, em vez de dar a ele um pedaço de si mesma. — Ela sabia que a pior coisa que ela poderia fazer por seu povo era dar a ele poder sobre quem vive debaixo d'água. Eu respeitava isso e queria ter certeza de que ela poderia viver da forma mais segura possível, mesmo que estivesse longe de todos que amava.
Vovó flutuou de volta para a janela. — Nós podemos chamar Theamise. Ela e suas irmãs podem ficar de olho nas fronteiras e nos avisar se algo parecer suspeito.
Bas serviu outro copo de uísque enquanto eu cortava