Corações Em Fúria. Amy Blankenship

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Corações Em Fúria - Amy Blankenship

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por ele.

      - Toya... - sussurrou baixinho. - Por favor, beija- me. - Antes mesmo de poder atender ao seu pedido docemente falado, Kyoko inclinou- se para ele, envolvendo os seus braços em volta do pescoço. Ela murmurou as palavras “Eu amo- te" assim que os seus lábios desceram sobre o dele.

      Toya sentiu um choque de prazer passar pelo seu corpo como se tivesse acabado de morrer e voltado à vida. Quando ela abriu os lábios para ele, ele não podia deixar de enfiar a língua nela, cedendo ao beijo de uma vida, procurando todos os lugares escondidos que ele desejava encontrar.

      Ele sentiu o seu hálito quente quando o seu beijo tentou dominar o dele. Os seus braços chegando em torno dela trouxe- os mais perto ainda como uma onda de possessividade correu em suas veias. A sua mão pequena tinha acabado seu caminho até seu cabelo, onde ela agarrou- o, mantendo- o em cativeiro.

      Shinbe recuperou a consciência. Sentado, seus olhos seguiram os olhares atordoados de Kamui e Suki. Virando- se para olhar, sua mandíbula caiu. Eles pareciam dois amantes totalmente em um ao outro e sem saber que estavam sendo observados. Shinbe estendeu a mão e agarrou o braço de Suki, sacudindo- o para chamar sua atenção, embora seus olhos ainda estivessem trancados no casal.

      Suki virou o rosto ligeiramente para que ele soubesse que ela reconheceu seu tremor de braço, mas seus olhos ainda estavam transfixados em Toya e Kyoko. Nenhum deles podia acreditar no que estavam testemunhando. Shinbe tentou sair dela balançando a cabeça para limpar os pensamentos sujos que ameaçavam assumir o exemplo. Usando seu melhor julgamento, ele inclinou- se para Suki.

      - Não achas que devemos pará- lo antes que vá longe demais? - sussurrou honestamente se sentindo como um voyeur. - Quero dizer, uma vez que o feitiço passa e Kyoko volta ao normal, ela vai ficar com raiva se ela ainda não estiver inteira. - Shinbe sabia que Suki entenderia o duplo significado. Suki corou como ela olhou para ele.

      - Sim, estou feliz que ele a parou antes que ela fizesse isso comigo. - sorriu.

      Shinbe engatilhou uma sobrancelha, imaginando o que diabos ele tinha perdido.

      Kamui, que tinha sido silenciosamente assistindo com espanto, ouviu o comentário de Suki. Ele não pôde evitar... o pensamento de Kyoko recebendo Suki com um batom como esse. Isso fê-lo rir que ele tentou ficar quieto, mas não conseguiu. Shinbe e Suki sorriam enquanto Kamui ria como uma tola, mas então Suki olhou para Toya vendo como o seu corpo já estava começando a se mover num ritmo sedutor contra Kyoko.

      Ela sabia que eles tinham que intervir de alguma forma. Toya estava no céu, tirando tudo do beijo que podia. Ele levou o beijo ainda mais fundo como sua paixão começou a inflamar. A necessidade de fazer Kyoko fervilhar dentro do seu sangue guardião. Ele deu um rosnado baixo quando a sua mão agarrou a parte de trás da sua cabeça. Os seus dedos passaram através do seu cabelo quando ele puxou- a mais para o beijo agora exigente.

      A maneira como ela estava sentada sobre ele com as pernas em cada lado dele, ele podia sentir o seu calor contra a sua necessidade crescente. Toya colocou o seu outro braço mais baixo nas suas costas quando se aproximou ainda mais dela. A sensação estava fazendo ele perder o controlo. Ele estava alheio a tudo, exceto à sua necessidade de tê- la. O cheiro estimulante de desejo que ela estava dando deixou- o saber que ela estava pronta para se tornar sua... Sempre.

      Tudo o que ele precisava era estar dentro dela... no fundo dela. Shinbe e Suki perceberam que tinha ido longe o suficiente e eles podiam dizer que nenhum dos dois estava mais no controlo. Shinbe levantou- se e Suki levantou- se ao lado dele, seus sorrisos agora se foram. Ambos com medo de se aproximar. Não tinha mais graça.

      - Toya, por favor, pára com isso de uma vez. Lembra- te... Kyoko está sob um feitiço e não sabe o que está a fazer.

      - Toya! - gritou Shinbe, esperando que não fosse tarde demais. Ele deu um passo rápido para trás quando a cabeça de Toya quebrou.

      Os olhos de Toya ficaram prateados e depois coloridos de vermelho enquanto ele rosnava, enviando um aviso para eles se afastarem.

      Shinbe deu um passo na frente de Suki protetoramente.

      - Isso não é Toya. - assobrou ele enquanto segurava a sua arma com tanta força que seus dedos ficaram brancos. Ele precisava encontrar uma maneira de tirar Toya do seu estado de espírito atual antes que as coisas fossem longe demais.

      - Não tenho medo do lado demoníaco de Toya. - disse Kamui e franziu a testa e começou a fazê- lo com toda a intenção de tirar Kyoko do seu irmão. Ele foi parado quando Suki agarrou um braço e Shinbe agarrou seu outro.

      - Não, Kamui! - gritaram em uníssono.

      O coração de Suki batia rápido por medo de ambos os amigos.

      - Maldito Hyakuhei e as suas maldições! - Ela tentou mais uma vez fazê- lo entender. - Toya, ela vai odiar se a levares enquanto ela não sabe o que ela está a fazer. Por favor, controla- te.

      O olhar de Toya voltou- se contra Suki com raiva enquanto as palavras lentamente alcançavam através da neblina do desejo e penetravam o seu subconsciente. A cor perigosa recuou dos seus olhos, voltando- os para o ouro líquido.

      Ele relutantemente retornou a sua atenção para Kyoko com o coração despedaçado. Ele quase perdeu de novo quando ela se pressionou para baixo, aquecendo o calor através da sua ereção dura como uma rocha.

      Os olhos de Kyoko estavam vidrados com paixão desenfreada e ele podia sentir o cheiro da sua necessidade. O olhar de Toya suavizou na compreensão. Ela estava à espera por dele fazer amor com ela. Ela queria tanto isso quanto ele a queria.

      Era tudo o que ele podia fazer para não agarrá- la e sair com ela. Mas com toda a força de vontade que ele tinha nele, ele entendeu a verdade das palavras de Suki. Kyoko odiá- lo- ía. Ele já a tinha beijado contra a vontade dela, e agora isso?

      Toya gentilmente empurrou- a dele e levantou- se, mas ela não tinha fechado os olhos para o olhar rejeitado que ela estava agora a dar. Kyoko não entendia por que ele a estava a deixar. Ela estendeu a mão para segurar a sua camisa, querendo que ele ficasse. Parecia que o mundo dela iria quebrar se ele a deixasse.

      - Toya, por favor, eu amo- te. - Os seus olhos da cor de neblina como ela tentou fazê- lo olhar para ela. Ela sussurrou com uma voz confusa:

      - Não me deixes.

      Toya tinha congelado no lugar, incapaz de se afastar da sua mão. Ele tentou lembrar a si mesmo que ela teria dito a mesma coisa a Hyakuhei se ele não tivesse quebrado a barreira antes que ela desaparecesse naquele vazio. As suas garras cavaram nas palmas das mãos até sangrar e ele tentou concentrar- se na dor para ajudar a estabilizar a sua força de vontade.

      Suki veio por trás de Kyoko e segurando- a, ela olhou para Toya.

      - Talvez devesses ir embora por um tempo até que o feitiço passa e ambos estão sob controlo novamente.

      Ela acenou com a cabeça em direção às árvores, esperando que ele escutasse uma vez. Toya pendurou a cabeça... o seu cabelo escuro mal escondendo a necessidade dos olhos de todos que viam. Deus, ele queria reclamá- la, queria marcá- la ali mesmo e então..., mas Suki estava certa, Kyoko não estava em si agora.

      Ela só o odiaria por isso mais tarde e ele não queria isso. Ele cerrou os dentes com a contenção. Se ele pegasse Kyoko como se fosse sua, nunca a devolveria. Ela seria dele... para a vida toda. Suki engasgou com o olhar no rosto

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