O Gato Sortudo. L.M. Somerton

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O Gato Sortudo - L.M. Somerton

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consegue colocar suas mãos nele?” Gage perguntou.

      “Claro. Apenas me dê um minuto.” Landry empurrou a cadeira para trás. A maior parte das joias decentes era mantida em um armário trancado no canto mais distante da loja, atrás de duas estantes repletas de primeiras edições. Sr. Lao sempre armazenava estoque que poderia incitar roubo por arrombamento nas partes menos acessíveis da loja. Abrindo caminho entre as pilhas de moveis oscilantes, Landry pegou a chave do armário do bolso. O colar estava na prateleira de baixo, aninhado no forro de veludo preto da caixa revestida de couro. Ao vê-lo novamente, Landry sabia que era idêntico ao da foto. Ele o tirou de seu lugar, trancou novamente o armário e depois arrastou os pés um pouco enquanto voltava para Gage. “Aqui está.”

      “É esse mesmo.” Gage empurrou a caixa de volta para Landry antes de dar uma mordida enorme no muffin. “Estes não são ruins.”

      “Não são ruins? Sobre o que você está falando? Acabei de expor meu chefe como um ladrão de joias e tudo em que você está interessado é em um muffin.” Landry pegou seu café e tomou um longo gole, desejando que contivesse um pouco de rum.

      “Um pequeno teste da sua honestidade.”

      “Você não está fazendo nenhum sentido.” Landry sentiu vontade de bater o pé, mas se contentou em fazer uma careta.

      “Semeei as fotos com itens legais das diversas lojas que tenho visitado. Se você não tivesse escolhido, eu teria suspeitado dos seus motivos. Um colega meu tirou uma foto do colar há alguns dias.”

      Landry ofegou. “Seu… Seu… Pé no saco! Você poderia ter me causado um ataque cardíaco.”

      Gage riu. “Valeu a pena para ver seu rosto. Você sabia que seus lóbulos ficam rosados quando você fica nervoso?”

      “Eles não ficam!” Landry puxou um lóbulo macio. “E pare de olhar para as minhas orelhas, sua aberração.” Ele sentou-se, tateando o saco de papel por um cookie. “Depois disso, você me deve um café e produtos assados todos os dias desta semana.”

      “Quer me ver de novo, hein?”

      “Você pode simplesmente deixá-los.” Desacostumado com a sensação de timidez e constrangimento que estava experimentando, Landry pegou as lascas de chocolate em seu cookie.

      “Acho que não. Precisamos sair em um encontro para que eu possa explicar como relacionamentos entre Dominantes e submissos funcionam.”

      “Eu não o vi na cena local… Como você descobriu?”

      “Pesquisa. Você ficaria surpreso com o quanto eu sei sobre você.”

      “Você esteve me seguindo?”

      “De vez em quando nas últimas semanas. O departamento tem ficado de olho nos funcionários das lojas de antiguidades em toda a cidade. Eu me interessei em especial por você após ouvir falar sobre alguns dos lugares que você frequenta. Gosta de couro e látex, não é?” Gage levantou seu café em um brinde.

      “Eu… Talvez?” Landry esfregou a ponta do tênis no piso de parquete. “Você é realmente um Dom, ou só está brincando?”

      “Da cabeça aos pés, o artigo genuíno.”

      Landry imaginou Gage em trajes de couro completo. Sua boca secou e seu pênis contraiu. Ele não sabia onde se colocar.

      “Que horas você fecha no sábado?”

      “Você é o detetive. Você decifra isso.”

      “Espero que você goste de ficar de pé, porque quando eu terminar com sua bunda rebelde, você não vai querer se sentar nela. Eu o buscarei aqui na hora de fechar.” Gage empurrou a cadeira para trás, sem esperar por uma resposta. Ele caminhou pela loja como se fosse dono do lugar.

      Em estado de choque, Landry o observou ir, se perguntando o que acabara de acontecer. Ele balançou a cabeça. “De maneira nenhuma ele vai aparecer.” Ele pegou o saco com as sobras das guloseimas para levar de volta para o balcão junto com seu café pela metade. “É uma pena.”

      Capítulo Dois

      Gage ainda tinha um sorriso no rosto quando voltou para o carro. Landry Carran prometia ser um desafio do tipo que Gage apreciava. Ele mal podia esperar para amarrá-lo e provocá-lo até que ele gritasse por misericórdia. “Dias felizes.” Ele tinha tempo para fazer alguns arranjos para o encontro antes de ter que se encontrar com sua parceira paciente e ele sabia o lugar perfeito para levar seu pirralho.

      Meu pirralho. Soa bem. Ele colocou o carro em movimento e em seguida entrou no fluxo constante de tráfego. Seu destino ficava a apenas alguns quarteirões de distância, mas ele não queria perder tempo ao caminhar até lá e voltar. The Bowline aceitava reservas pessoalmente, sem exceções, mesmo para ele. Sua sorte estava em ação, porque ele conseguiu uma vaga de estacionamento extremamente rara quando alguém arrancou bem na frente dele. O restaurante ficava em um beco estreito ao largo da rua principal. Como sempre, a passarela estava imaculada e cheirava vagamente ao produto de limpeza Simple Green. Sem dúvida, algum infeliz submisso estava esfregando o concreto caso um grão de sujeira tivesse ousado pousar ali. Sorrindo com o pensamento, Gage empurrou a campainha ao lado da porta com uma faixa de aço, que abriu segundos depois.

      “Estamos fechados.”

      “Sou um detetive. Descobri isso sozinho.” Gage sorriu com malícia.

      “Gage! Já se passaram meses desde que você nos agraciou com sua presença. Traga sua bunda bonita aqui. Diego está passando café.”

      “Ei, Mitch, não posso ficar muito tempo. Estou trabalhando. Apenas passei por aqui para fazer uma reserva.”

      “Diego tornará minha vida um maldito tormento se você não entrar, cara. Um café não vai te matar, embora eu ache que Sancha possa. Aquela diabinha do tamanho de uma pirralha ainda é sua parceira?”

      “Sim, e ainda estou respirando com todas as minhas partes intactas. Ela me ama.”

      “Ela te tolera porque você é bonito e escreve bons relatórios. Ela me disse isso.”

      “Você quer dormir no sofá? Porque posso dar meia volta e deixar você explicar minha partida para Diego.”

      “Eu retiro tudo. Você é feio como o pecado e mal consegue juntar duas palavras. Melhor?”

      “Querido, o que você está fazendo aqui?” Um rosto espiou ao redor do corpo de Mitch. “Gage, querido! Este meu gorila está mantendo você na porta?” Diego lançou um olhar furioso para Mitch. “Entre!”

      “Ei, Diego.” Depois de um olhar rápido para Mitch pedindo permissão, Gage deu um abraço em Diego. “Ainda mantendo seu Dom na linha, eu vejo.”

      “Sempre.” Diego agarrou sua mão e em seguida puxou-o pelo corredor até uma porta de vidro que dava acesso ao restaurante. “Sente-se. Vou pegar o café.”

      “É sempre melhor apenas fazer o que ele diz.” Mitch deu de ombros.

      Havia vários sofás dispostos ao redor de mesas baixas onde os

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