Sem Pistas . Блейк Пирс

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Sem Pistas  - Блейк Пирс Um Mistério de Riley Paige

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que você está procurando na seção errada."

      Bill virou-se e viu-se diante de uma pequena mulher robusta, com um sorriso caloroso. Algo sobre ela lhe dizia que ela era a encarregada dali.

      "Por que você acha isso?" Bill perguntou. A mulher riu.

      "Porque você não tem filhas. Posso ver que um homem não tem filhas a uma milha de distância. Não me pergunte como, é apenas algum tipo de intuição, eu acho."

      Bill estava atordoado pela percepção dela e muito impressionado.

      Ela ofereceu sua mão a Bill.

      "Ruth Behnke," disse ela. Bill apertou a mão dela.

      "Bill Jeffreys. Acho que você é a dona dessa loja."

      Ela riu novamente.

      "Vejo que você tem algum tipo de instinto, também," ela falou. "Prazer em conhecê-lo. Mas você tem filhos, não é? Três, eu acho."

      Bill sorriu. Seus instintos eram bastante afiados, tudo bem. Bill percebeu que ela e Riley iriam desfrutar a companhia uma da outra.

      "Dois," ele respondeu. "Mas bem perto."

      Ela riu.

      "Quantos anos?" Ela perguntou.

      "Oito e dez."

      Ela olhou ao redor do lugar.

      "Eu não sei se tenho muita coisa para eles aqui. Ah, na verdade, tenho alguns soldados pitorescos de brinquedo no próximo corredor. Mas os meninos não gostam mais desse tipo de coisa, não é? Só querem saber de jogos de vídeo game hoje em dia. E aqueles violentos."

      "Temo que sim."

      Ela olhou para ele de forma avaliadora.

      "Você não está aqui para comprar uma boneca, né?" Ela perguntou.

      Bill sorriu e balançou a cabeça.

      "Você é boa," ele respondeu.

      "Você é um policial, talvez?" Ela perguntou.

      Bill riu baixinho e pegou seu distintivo."

      Não exatamente, mas um bom palpite."

      "Ah, meu Deus." ela disse, preocupada. "O que o FBI quer com a minha lojinha? Eu estou em algum tipo de lista? "

      "De certa forma," disse Bill. "Mas não é nada para se preocupar. Sua loja surgiu em nossa busca de lojas nesta área que vende bonecas antigas e colecionáveis."

      Na verdade, Bill não sabia exatamente qual ele estava procurando. Riley tinha sugerido que ele fosse para alguns desses lugares, supondo que o assassino poderia ter frequentado, ou pelo menos visitado em alguma ocasião. O que ela estava esperando, ele não sabia. Ela estava esperando que o assassino estivesse lá? Ou que um dos funcionários conhecesse o assassino?

      Duvidoso que sim. Mesmo que tivessem, era improvável que o pensariam como um assassino. Provavelmente todos os homens que iam ali, se houvesse algum, eram esquisitos.

      Era mais provável que Riley estivesse tentando conseguir mais visões de dentro da mente do assassino, sua maneira de olhar o mundo. Se for isso mesmo, Bill achou que ela ia acabar decepcionada. Ele simplesmente não tinha a mente dela, nem o talento para entrar facilmente nas cabeças dos assassinos.

      Parecia-lhe que ela estava tentando obter mais informações. Havia dezenas de lojas de bonecas dentro do raio que eles estavam procurando. Seria melhor, pensou ele, deixar a equipe forense continuar rastreando os fabricantes da boneca. Apesar de, até agora, nada ter sido encontrado.

      "Eu ia perguntar que tipo de caso é," disse Ruth, "mas eu provavelmente não deveria." "Não," Bill disse, "você provavelmente não deveria."

      Não que o caso fosse um segredo – não depois que o pessoal do senador Newbrough tinham colocado um comunicado de imprensa sobre o assunto. A mídia agora estava saturada com a notícia. Como de costume, o Escritório estava tremendo sob um ataque de dicas de telefone errôneas e a internet estava repleta de teorias bizarras. A coisa toda tinha se tornado uma dor.

      Mas por que contar à mulher sobre isso? Ela parecia tão boa, sua loja tão íntegra e inocente, que Bill não queria aborrecê-la com algo tão triste e chocante como um assassino em série obcecado por bonecas.

      Ainda assim, havia uma coisa que ele queria saber.

      "Diga-me uma coisa," pediu Bill. "Quantas vendas você faz para adultos – quero dizer adultos sem filhos?"

      "Oh, essas são a maioria das minhas vendas, de longe. Para colecionadores."

      Bill ficou intrigado. Ele nunca teria imaginado isso.

      "Por que você acha que é isso?" Ele perguntou.

      A mulher sorriu, um sorriso distante e estranho e falou num tom suave.

      "Porque as pessoas morrem, Bill Jeffreys."

      Agora Bill estava realmente assustado.

      "Perdão?" Disse ele.

      "À medida que envelhecemos, nós perdemos pessoas. Nossos amigos e entes queridos morrem. Ficamos de luto. As bonecas param o tempo para nós. Elas fazem-nos esquecer da nossa dor. Elas nos confortam e nos consolam. Bem, olhe à sua volta. Eu tenho bonecas que tem mais de um século de idade e algumas que são quase novas. Entre elas, você provavelmente não consegue dizer a diferença. São eternas."

      Bill olhou ao seu redor, assustado com todos aqueles olhos centenários olhando para ele, perguntando-se quantas pessoas aquelas bonecas teriam sobrevivido. Ele se perguntou o que elas haviam testemunhado – o amor, a raiva, o ódio, a tristeza, a violência. E, ainda assim, elas o encaravam com a expressão vazia. Elas não faziam sentido para ele.

      Pessoas tem que envelhecer, ele pensou. Elas devem ficar velhas e enrugadas e grisalhas, como ele o fizera, devido a todo o mal e horror que havia no mundo. Dado tudo o que ele tinha visto, seria um pecado, ele pensou, se ele ainda parecesse o mesmo. As cenas dos assassinatos tinham invadido seu interior como se fossem um animal vivo, o fizeram desejar não ser mais jovem.

      "Elas também – não estão vivas," Bill disse finalmente.

      Seu sorriso virou agridoce, quase com pena.

      "Isso é verdade, Bill? A maioria dos meus clientes não pensa assim. Eu também não tenho certeza quanto mim."

      Um estranho silêncio se seguiu. A mulher o rompeu com uma risada. Ela ofereceu a Bill um pequeno folheto colorido com várias fotos de bonecas estampadas.

      "Acontece que eu estou indo para a próxima convenção em D.C. Talvez você também queira ir. Talvez lhe dê alguma ideia para sua investigação."

      Bill agradeceu e saiu da loja, grato pela dica sobre a convenção. Ele esperava que Riley fosse com ele. Bill lembrou que ela deveria entrevistar o senador Newbrough e sua esposa à tarde. É um compromisso importante – não apenas porque o senador pode ter boas informações, mas por razões diplomáticas. Newbrough realmente estava complicando a situação do Escritório. Riley foi a única agente a convencê-lo de que eles estavam fazendo tudo o que

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