Uma Marcha De Reis . Морган Райс

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Uma Marcha De Reis  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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olhava para Thor boquiaberto.

      “Eu não sei como agradecer a você.” Merek disse. “Não sei como você fez isso – seja como for, seja quem você for, ou seja o que você for – você salvou minha vida. Eu lhe devo uma. E isso é algo que eu levo muito a sério.”

      “Você não me deve nada.” Thor disse.

      “Errado.” Merek disse estendendo a mão e apertando o antebraço do Thor. “Agora você é meu irmão. Eu vou recompensá-lo. De alguma forma. Um dia.”

      Com isso, Merek se virou, apressou-se em direção à porta aberta da cela e correu pelo corredor enquanto ouvia os gritos dos outros prisioneiros.

      Thor olhou para os lados, viu o carcereiro inconsciente, a porta da cela aberta e soube que ele tinha de atuar rápido também. Os gritos dos prisioneiros estavam ficando mais fortes.

      Thor saiu, olhou para ambos os lados e decidiu correr em direção contrária a Merek. Depois de tudo, os dois não poderiam ser agarrados ao mesmo tempo.

      CAPÍTULO TRÊS

      Thor correu toda a noite pelas ruas caóticas da corte do Rei, ele estava espantado com a comoção em torno dele. As ruas estavam lotadas, multidões de pessoas correndo no meio da agitação. Muitas portavam tochas, iluminando a noite, projetando sombras nos rostos, enquanto os sinos do castelo soavam incessantemente. Era um tom baixo que soava uma vez a cada minuto e Thor sabia o que isso significava: morte. Os sinos da morte. E havia apenas uma pessoa no Reino por quem os sinos dobrariam nessa noite: o rei.

      O coração de Thor batia descompassado enquanto ele imaginava. O punhal de seu sonho passou diante de seus olhos. E se fosse verdade?

      Ele necessitava ter certeza. Ele estendeu a mão e agarrou um transeunte, um menino que ia correndo na direção oposta.

      “Aonde você vai?” Thor perguntou com insistência. “Por que toda essa comoção?”

      “Você não ouviu?” O garoto retrucou agitado. “Nosso rei está morrendo! Apunhalado! Multidões estão se formando ao lado do portão do rei, tentando obter notícias. Se for verdade, será terrível para todos nós. Você consegue imaginar? Uma terra sem um rei?”

      Com isso, o rapaz empurrou a mão de Thor, virou-se e correu de volta para a noite.

      Thor ficou ali, seu coração batia agitado, desejando ignorar a realidade que o rodeava. Seus sonhos, suas premonições – eles eram mais que fantasias. Ele tinha visto o futuro. Duas vezes. E isso o assustava. Seus poderes eram mais profundos do que ele tinha consciência e parecia que ficavam mais fortes a cada dia que passava. Até onde tudo isso conduziria todos?

      Thor permaneceu ali, tentando descobrir para onde ir depois. Ele tinha escapado, mas agora ele não sabia bem para onde ir. Certamente, dentro de momentos, os guardas reais – e possivelmente toda a Corte do Rei – estariam em seu encalço. O fato de que Thor tinha escapado, apenas o fazia parecer ainda mais culpado. Porém, mais uma vez, o fato de que MacGil foi apunhalado enquanto Thor estava na prisão – não o vindicaria? Ou faria parecer que ele era parte de uma conspiração?

      Thor não podia arriscar-se. Claramente, ninguém no reino estava com vontade de ouvir a lógica – parecia que todos ao redor dele estavam clamando por sangue e ele provavelmente, seria o bode expiatório. Ele precisava encontrar abrigo, algum lugar para ir, no qual ele pudesse refugiar-se da tempestade e limpar seu nome. O lugar mais seguro para ir seria muito longe dali. Ele devia fugir refugiar-se em sua aldeia – ou ainda mais longe, tão longe quanto fosse possível.

      Thor, porém, não desejava tomar o caminho mais seguro; essa não era sua maneira de ser. Ele queria ficar ali, limpar o seu nome e manter sua posição na Legião. Ele não era um covarde e não fugiria. Acima de tudo, ele queria ver MacGil antes que ele morresse – supondo que ele ainda estivesse vivo. Ele precisava vê-lo. Sentia-se oprimido pela culpa, por não ter sido capaz de impedir o assassinato. Por que ele tinha sido condenado a prever a morte do rei se não havia nada que ele pudesse fazer a respeito? E por que ele tinha visualizado o rei sendo envenenado quando ele foi de fato apunhalado?

      Enquanto Thor estava ali, debatendo, uma ideia veio à sua mente: Reece. Reece era a única pessoa que certamente não o entregaria às autoridades e talvez até mesmo lhe desse um lugar seguro onde abrigar-se. Thor sentia que Reece acreditaria nele. Ele sabia que o amor de Thor por seu pai era genuíno. Se alguém tinha uma oportunidade de limpar o nome de Thor, esse seria Reece. Thor tinha de encontrá-lo.

      Thor começou a correr através dos becos, dando voltas e se esgueirando no meio da multidão, enquanto ele se afastava do portão do rei, em direção ao castelo. Ele sabia onde estavam os aposentos de Reece – na ala leste, perto da parede exterior da cidade – e ele só esperava que Reece estivesse lá dentro. Se ele estivesse, talvez Thor pudesse captar sua atenção, para que Reece o ajudasse a encontrar uma entrada para o castelo. Thor tinha a triste sensação de que se ele demorasse um pouco mais ali nas ruas, logo ele seria reconhecido. E quando essa turba o reconhecesse, ela certamente iria fazer picadinho dele.

      Enquanto Thor virava rua após rua, seus pés escorregavam na lama da noite de verão até ele finalmente alcançou a parede de pedra das muralhas exteriores. Ele corria colado às paredes, ao longo delas, justo abaixo dos olhos observadores dos soldados que se encontravam a poucos passos de distância.

      Quando ele se aproximou da janela de Reece, se agachou e recolheu uma pequena pedra. Afortunadamente, a única arma que não tinha sido tirada dele era a sua velha e querida funda. Ele a retirou de sua cintura, colocou a pedra nela e atirou.

      Com sua pontaria certeira, Thor atirou a pedra que voou sobre as muralhas do castelo e entrou perfeitamente pela janela aberta dos aposentos de Reece. Thor ouviu o som da pedra ao bater contra a parede interna, então esperou agachado contra a muralha, para evitar ser detectado pelos guardas do rei, os quais haviam recuado com o barulho.

      Nada aconteceu por vários momentos e o coração de Thor encolheu no peito quando ele se perguntou se Reece não estaria no quarto dele depois de tudo. Se não estivesse, Thor deveria fugir daquele lugar; não havia outra maneira de conseguir um lugar seguro. Ele conteve sua respiração, seu coração batia acelerado enquanto ele esperava, observando a janela aberta do quarto de Reece.

      Depois do que pareceu ser uma eternidade, Thor já estava a ponto de ir embora quando ele viu uma figura se inclinar colocar a cabeça para fora da janela, apoiar as palmas das mãos no peitoril da janela e olhar ao redor com uma expressão confusa. Thor ficou de pé, deu vários para trás  tomando distância da parede e acenou com o braço levantado. Reece olhou para baixo e o viu, seu rosto se iluminou ao reconhecer Thor. Mesmo à distância, Reece estava visível sob a luz das tochas e Thor estava aliviado ao ver a alegria em sua face. Isso lhe disse tudo o que ele precisava saber: Reece não o denunciaria.

      Reece lhe fez um sinal para esperar e Thor apressou-se para voltar para o lado da muralha, agachando-se justo quando o guarda se virou em sua direção.

      Thor esperou ali por um bom tempo, pronto para fugir dos guardas em qualquer momento, até que finalmente Reece apareceu, ele saiu ofegante por uma porta da muralha exterior, olhou para ambos os lados e viu Thor.

      Reece correu até ele e o abraçou. Thor estava exultante. Ele ouviu um chiado e olhou para baixo para ver com prazer, Krohn enrolado na camisa de Reece. Krohn quase pulou da camisa quando Reece abaixou-se e entregou-o para Thor. Krohn – o filhote de leopardo branco que Thor havia resgatado antes – saltou nos braços dele rosnando, choramingando e lambendo a cara de Thor enquanto era abraçado por ele.

      Reece

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