Um Destino De Dragões . Морган Райс
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Читать онлайн книгу Um Destino De Dragões - Морган Райс страница 7
Um suspiro chocado espalhou-se por toda a sala quando Gareth caiu no chão. Vários assessores correram em seu auxílio, para verificar se ele estava bem, mas ele os empurrou violentamente. Ele se levantou constrangido, tentando recuperar a compostura.
Humilhado, Gareth olhou para seus súditos desejando ver como eles iriam vê-lo de agora em diante.
Eles já haviam se virado e começavam a deixar a sala. Gareth podia ver a decepção em seus rostos, podia ver que ele era apenas mais um espetáculo falido aos seus olhos. Agora, tudo o que eles sabiam, todos e cada um deles, era que ele não era o seu verdadeiro rei. Ele não era o Escolhido não era o MacGil destinado a reinar. Ele não era nada. Era apenas mais um príncipe que havia usurpado o trono.
Gareth sentia a vergonha queimando-o. Ele nunca tinha se sentido mais solitário do que naquele momento. Tudo o que ele tinha imaginado, desde quando ele ainda era uma criança, tinha sido uma mentira. Uma ilusão. Ele tinha acreditado em sua própria fábula.
E isso o havia aniquilado.
CAPÍTULO SEIS
Gareth dava voltas pelo seu quarto, sua cabeça girava atordoada devido a sua incapacidade de erguer a espada, tentando processar as ramificações. Ele sentia-se entorpecido. Mal podia acreditar que tinha sido tão estúpido para tentar erguer a espada, a Espada da Dinastia, a que nenhum MacGil tinha sido capaz de erguer por sete gerações. Por que ele pensou que seria melhor do que os seus antepassados? Por que ele supôs que com ele tudo seria diferente?
Ele deveria ter imaginado. Ele deveria ter sido cauteloso, jamais deveria ter superestimado a si mesmo. Ele deveria simplesmente ter se contentado com ter o trono de seu pai. Por que ele tinha querido ir mais além?
Agora todos os seus súditos sabiam que ele não era o Escolhido; agora o seu governo seria marcado por isso; agora, talvez, eles tivessem mais motivos para suspeitar dele pela morte de seu pai. Ele viu que todo mundo já olhava para ele de forma diferente, como se ele fosse um fantasma andante, como se todos eles já estivessem se preparando para a chegada do próximo rei.
Pior do que isso, pela primeira vez em sua vida, Gareth se sentia inseguro sobre si mesmo. Durante toda a sua vida, ele tinha visto o seu destino de forma clara. Ele tinha certeza de que estava destinado a tomar o lugar de seu pai, de que governaria e de que manejaria a espada. Sua confiança foi abalada ao máximo. Agora, ele não tinha certeza de nada.
O pior de tudo era que ele não conseguia parar de ver a imagem do rosto de seu pai, logo antes de tentar erguer a espada. Teria sido aquela, de fato, sua vingança?
“Bravo.” Disse uma voz lenta, sarcástica.
Gareth virou-se chocado ao perceber que alguém estava com ele em seus aposentos. Ele reconheceu a voz de imediato; era uma voz com a qual ele tinha ficado muito familiarizado com o passar dos anos, uma voz que ele tinha vindo a desprezar. Era a voz de sua esposa:
Helena.
Lá estava ela, em um canto da sala, observando-o enquanto fumava seu cachimbo de ópio. Ela respirou fundo, segurou a respiração e depois exalou lentamente o ar. Seus olhos estavam vermelhos e ele podia ver que ela tinha estado fumando por muito tempo.
“O que está fazendo aqui?” Ele perguntou.
“Afinal de contas, este é meu quarto nupcial.” Ela respondeu. “Eu posso fazer o que eu quiser aqui. Eu sou sua mulher e sua rainha. Não se esqueça. Eu governo este reino, tanto quanto você. E depois de seu desastre hoje, na verdade, eu usaria a palavra governar muito vagamente.”
O rosto de Gareth ficou vermelho de raiva. Helena sempre encontrava a maneira de dar-lhe um tapa com luvas de pelica e no momento mais inoportuno. Ele a desprezava mais do que qualquer mulher em sua vida. Ele mal podia conceber que tinha concordado em se casar com ela.
“É mesmo?” Gareth disse entre dentes, virando-se e marchando em direção a ela, fervendo de raiva. “ Sua ordinária! Você esquece que eu sou o rei e que eu posso mandar prendê-la, como posso prender qualquer outra pessoa do meu reino, seja você minha mulher ou não.”
Ela se burlou dele com fungado sarcástico.
“E daí?” Ela retrucou. “E você daria motivos para que seus novos súditos especulassem sobre sua sexualidade? Não, duvido muito disso. Não no mundo intrigante de Gareth. Não na mente do homem que se preocupa mais do que ninguém com o que as pessoas pensam dele.”
Gareth parou diante dela, percebendo que ela tinha uma maneira de ver através dele que o incomodava até o mais íntimo de seu ser. Ele entendeu a ameaça dela e percebeu que discutir com ela não serviria de nada. Então, ele ficou ali, em silêncio, esperando, com os punhos fechados.
“O que é que você quer?” Ele disse lentamente, tentando controlar-se para não acabar fazendo algo precipitado. “Você não viria a mim se não quisesse alguma coisa.”
Ela riu um riso seco, zombeteiro.
“Eu tomarei qualquer coisa que eu quiser. Eu não vim aqui para pedir-lhe nada. Mas sim, para lhe dizer uma coisa: todo o seu reino acabou de testemunhar seu fracasso ao tentar elevar a espada. Onde isso nos deixa?”
“O que você quer dizer com nos?” Ele perguntou tentando imaginar aonde ela queria chegar.
“Seu povo agora já sabe o que eu sempre soube: que você é um fracasso. Que você não é o Escolhido. Parabéns. Pelo menos agora isso é oficial.”
Ele rebateu.
“Meu pai não pôde empunhar a espada. Isso, efetivamente, não o impediu de governar como rei.”
“Mas afetou o seu reinado.” Ela retrucou. “Cada momento dele.”
“Se você está tão infeliz com minha incapacidade…” Gareth disse irritado. “… Por que você simplesmente não deixa este lugar? Deixe-me! Acabe com a paródia de nosso casamento. Eu sou o Rei agora. Eu não preciso mais de você.”
“Fico feliz que você tenha tocado nesse ponto…” Ela disse. “… Porque essa é precisamente a razão pela qual eu vim aqui. Eu quero que você termine o nosso casamento oficialmente. Eu quero o divórcio. Há um homem que eu amo. Um homem de verdade. De fato, um de seus cavaleiros. Ele é um guerreiro. Nós estamos apaixonados. A diferença de qualquer amor que eu tenha tido, o nosso amor é verdadeiro. Divorcie-se de mim, assim eu poderei deixar de manter esse assunto em segredo. Eu quero que o nosso amor seja público. Eu quero me casar com ele.”
Gareth olhou para ela chocado, sentindo-se vazio por dentro, era como se um punhal tivesse acabado de ser mergulhado em seu peito. Por que Helena tinha de aparecer? Por que ela tinha de aparecer justo naquele momento? Era demais para ele. Ele se sentia como se o mundo estivesse chutando-o enquanto ele estava caído.
Apesar de si mesmo, Gareth ficou surpreso ao perceber que ele tinha alguns sentimentos profundos por Helena, porque quando ele ouviu as palavras sérias dela pedindo-lhe o divórcio, ele sentiu algo estranho dentro dele. Isso o perturbou. Apesar de si mesmo, ele percebeu que não queria divorciar-se dela. Se a ideia tivesse partido dele, seria diferente, mas a ideia veio dela. Ele não queria que ela conseguisse fazer suas vontades, não tão facilmente.
Acima de tudo, ele se perguntava como um divórcio iria influenciar o seu reinado. Um rei divorciado levantaria muitas perguntas. E, apesar de si mesmo, ele se encontrou com ciúmes do cavaleiro. Ele