Um Destino De Dragões . Морган Райс
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Читать онлайн книгу Um Destino De Dragões - Морган Райс страница 9
Havia tantas coisas que Gareth tinha desejado dizer a Argon, que tinha desejado perguntar-lhe. Mas agora que ele já havia falhado em empunhar a espada, ele não conseguia se lembrar de uma única delas.
“Por que você não me contou?” Gareth suplicou com desespero em sua voz. “Você poderia ter me dito que eu não estava destinado a erguê-la. Você poderia ter me poupado dessa vergonha.”
“E por que eu faria isso?” Argon perguntou.
Gareth fez uma careta.
“Você não é um verdadeiro conselheiro do Rei.” Disse ele. “Você teria aconselhado meu pai lealmente. Mas não me aconselhou.”
“Talvez ele fosse merecedor de um conselheiro leal.” Argon replicou.
A fúria de Gareth aprofundou-se. Ele odiava aquele homem. E o culpava de tudo.
“Eu não quero você perto de mim. “Disse Gareth. “Não sei por que meu pai nomeou você, mas não quero você na corte do rei.”
Argon riu, era uma risada oca, apavorante.
“Seu pai não me nomeou, rapaz tolo.” Ele disse. “Nem o pai dele. Eu estava destinado a estar aqui. Na verdade, você pode dizer que eu os nomeei.”
Argon de repente deu um passo à frente e parecia que ele estava olhando para alma de Gareth.
“Será que eu poderia dizer o mesmo de você?” Argon perguntou. “Será que você está destinado a estar aqui?”
Suas palavras tocaram um nervo em Gareth, ele sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Era o que Gareth tinha estado perguntando a si mesmo. Gareth se perguntava se elas eram uma ameaça.
“Aquele que reinar por sangue vai governar com sangue.” Argon proclamou e com essas palavras, ele rapidamente virou as costas e começou a se afastar.
“Espere!” Gareth gritou, não querendo mais que ele fosse embora, ele precisava de respostas. “O que quer dizer com isso?”
Gareth não podia evitar sentir que Argon estava dando-lhe uma mensagem: que ele não iria governar por muito tempo. Ele precisava saber se era isso que ele queria dizer.
Gareth correu atrás dele, mas quando ele se aproximou, Argon desapareceu bem diante de seus olhos.
Gareth virou-se, olhou ao seu redor, mas não viu nada. Ele ouviu apenas um riso oco, em algum lugar no ar.
“Argon!” Gareth gritava.
Ele virou-se novamente, em seguida, olhou para os céus, apoiou-se em um joelho, jogou a cabeça para trás e deu um grito estridente:
“ARGON!”
CAPÍTULO SETE
Erec marchava ao lado do Duque, de Brandt e de dezenas de homens da comitiva do Duque, pelas ruas sinuosas de Savária. À medida que eles prosseguiam a multidão crescia. Eles iam em direção à casa da jovem serva. Erec havia insistido em encontrá-la sem demora e o duque queria mostrar-lhe o caminho pessoalmente. E por onde o Duque passava, todos o seguiam. Erec olhava para a enorme e crescente comitiva e estava envergonhado, ele percebeu que chegaria à casa da moça com dezenas de pessoas a reboque.
Desde a primeira vez que ele a viu, Erec não foi capaz de pensar em mais nada. Ele se perguntava: quem era aquela garota que parecia tão nobre e ainda assim trabalhava como serva na corte do Duque? Por que ela fugiu dele tão apressadamente? Por que, em todos esses anos, de todas as mulheres nobres que ele conhecera, ela era a única que tinha capturado seu coração?
O fato de ter estado próximo da realeza toda a sua vida, perto do próprio filho do rei, deu a Erec a capacidade de detectar alguém da realeza em um instante. Por isso, nem bem ele viu a jovem, ele percebeu que ela era de uma posição muito mais nobre do que aquela que estava ocupando. Ele estava ardendo de curiosidade para saber quem ela era; de onde era; o que ela estava fazendo ali. Ele precisava de mais uma oportunidade para pôr seus olhos sobre ela para ver se ele estava imaginando tudo aquilo ou se seus sentimentos ainda eram os mesmos.
“Meus servos me disseram que ela vive na periferia da cidade. Explicou o Duque, conversando enquanto caminhavam. Enquanto eles prosseguiam, as pessoas de todos os lados das ruas abriam suas janelas e olhavam, estavam surpresas com a presença do Duque e de sua comitiva ali naquelas ruas tão humildes.
“Aparentemente, ela é uma das criadas do dono de uma hospedaria. Ninguém sabe sua origem, de onde ela veio. Tudo o sabem é que um dia ela chegou a nossa cidade e foi contratada para trabalhar nessa hospedaria. Seu passado, pelo que parece, é um mistério.”
Todos dobraram por outra rua, o calçamento debaixo dos seus pés era cada vez mais esburacado. À medida que eles avançavam, podiam notar que as casas eram menores, estavam muito mais próximas umas das outras e estavam mais dilapidadas. O Duque pigarreou.
“Eu a empreguei como serva em minha corte durante ocasiões especiais. Ela é calma e reservada. Ninguém sabe muito sobre ela. Erec…” O Duque disse finalmente, voltando-se para Erec e colocando a mão em seu pulso. “… Você está seguro disso? Essa mulher, seja ela quem for, é apenas mais uma plebeia. Você pode ter qualquer mulher no reino a sua escolha.”
Erec olhou para ele com igual intensidade.
“Eu preciso rever essa jovem. Não importa quem ela é.”
O Duque balançou a cabeça em sinal de desaprovação e todos eles continuaram andando, seguindo rua após rua, passando por vielas estreitas. Enquanto eles seguiam, a vizinhança de Savária tornava-se ainda mais decrépita, as ruas estavam cheias de bêbados, havia sujeira por todos os lados, galinhas e cães vira-latas perambulavam por ali. Passaram por uma taverna após outra, os gritos dos clientes enchiam as ruas. Vários bêbados tropeçaram diante deles e quando a noite começou a cair, as tochas começaram a iluminar as ruas.
“Abram alas para o Duque.” Gritou seu assistente principal, correndo pela frente e empurrando os bêbados para fora do caminho. De uma ponta a outra da rua indivíduos repugnantes se afastavam e observavam espantados enquanto o Duque passava. Erec seguia ao lado dele.
Finalmente, chegaram a uma pequena e humilde pousada, feita de taipa e com um telhado de duas águas. A pousada tinha uma taverna no andar de baixo com capacidade para talvez cinquenta clientes e no andar de cima havia alguns quartos para os hóspedes. A porta da frente estava torta; uma janela estava quebrada e a lâmpada da entrada estava pendurada precariamente; a luz da sua tocha bruxuleava já que a cera estava quase acabando. Os gritos dos bêbados se propagavam janelas afora, quando o Duque e sua comitiva pararam diante da porta.
Como podia uma jovem tão fina trabalhar em um lugar como aquele? Erec se perguntava horrorizado enquanto ouvia os gritos e vaias que vinham do interior. Seu coração se partiu quando ele pensou nisso, quando ele pensou na humilhação que ela deveria sofrer em um lugar assim. Não é justo, ele pensou. Ele sentia-se determinado a resgatá-la daquela miséria.
“Por que veio ao pior lugar possível para escolher uma noiva?” O Duque perguntou virando-se para Erec.
Brandt virou-se para ele também.
“Você