Um Grito De Honra . Морган Райс

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Um Grito De Honra  - Морган Райс Anel Do Feiticeiro

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seu pulso, apesar de ser fraco, ele ainda estava lá. Além disso, ela via seu peito inflar-se a cada respiração. Ele estava vivo.

      Ela sentiu uma raiva súbita apoderar-se dela.

      “Como você pôde deixá-lo aqui assim?” Ela gritou, virando-se para o taverneiro. “Meu irmão, um membro da família real, deixado sozinho enquanto está morrendo, jogado no chão como se fosse um cachorro?”

      O taverneiro engoliu em seco nervoso.

      “E o que mais eu poderia fazer, Alteza? “Ele perguntou, parecendo inseguro. “Este não é um hospital. Todo mundo disse que ele estava praticamente morto e…

      “Ele não está morto!” Ela gritou. “E vocês dois…” Ela disse dirigindo-se a Akorth e Fulton. “… Que classe de amigos vocês são? Ele teria deixado vocês assim?”

      Akorth e Fulton trocaram um olhar humilde.

      “Perdoe-me.” Akorth disse. “O médico veio ontem à noite, olhou para ele e disse que ele estava morrendo e que tudo o que restava era esperar que chegasse sua hora. Eu pensei que já não era possível fazer mais nada.”

      “Ficamos com ele durante a maior parte da noite, Alteza.”Fulton acrescentou. “… Ao lado dele. Nós só fizemos uma pausa rápida, tomamos um trago para aplacar nossas dores e então, Vossa Alteza veio e…”

      Gwen, enraivecida, estendeu a mão e golpeou as jarras de cerveja nas mãos deles, derrubando-as no chão e fazendo o líquido derramar por todas as partes. Eles olharam para ela, chocados.

      “Vocês dois, levantem-no pelos braços e pelas pernas.” Ela ordenou friamente, sentindo uma nova força surgir dentro dela. “Vocês vão levá-lo daqui. Vocês vão me seguir pela Corte do Rei até chegar à curandeira real. Meu irmão terá uma chance real de recuperação e não será abandonado para morrer devido à declaração de algum médico estúpido.

      “E você…” Ela acrescentou, virando-se para o taverneiro. “Se o meu irmão sobreviver, se ele alguma vez voltar a este lugar e você servir-lhe bebida, eu vou me assegurar em primeira mão de que você seja jogado na masmorra para nunca mais sair.”

      O barman se remexeu incômodo e baixou a cabeça.

      “Agora mexam-se!” Ela exclamou.

      Akorth e Fulton se sobressaltaram e entraram em ação. Gwen saiu correndo da sala, os dois logo saíram atrás dela carregando seu irmão e seguindo-a para fora do bar, na luz do dia.

      Eles seguiam apressadamente pelas ruas lotadas da periferia da Corte do Rei, para a curandeira e Gwen só rezava para que não fosse tarde demais.

      CAPÍTULO TRÊS

      Thor galopava através do terreno poeirento dos confins da Corte do Rei, ao lado de Reece, O’Connor, Elden e os gêmeos. Krohn como sempre, corria ao lado dele. Kendrick, Kolk, Brom e dezenas de membros da Legião e do Exército Prata galopavam com eles. Um grande exército estava saindo ao encontro dos McClouds. Eles cavalgavam sincronizados, preparando-se para libertar a cidade. O som dos cascos era ensurdecedor, forte como um trovão. Eles tinham andado o dia todo e o segundo sol já estava no céu há muito tempo. Thor mal podia acreditar que ele estava cavalgando com aqueles grandes guerreiros, em sua primeira missão militar de verdade. Ele sentia que havia sido aceito como um deles. Na verdade, toda a Legião tinha sido convocada como reservas e todos os seus irmãos de armas cavalgavam a sua volta. Os membros da Legião foram ofuscados pelos milhares de membros do exército do rei e Thor, pela primeira vez em sua vida, sentia-se parte de algo maior do que ele mesmo.

      Thor também sentia um forte senso de dever. Sentia-se necessário. Seus compatriotas estavam sitiados pelos McClouds e aquele exército havia sido incumbido de libertá-los, de salvar seu povo de um terrível destino. A importância do que eles estavam fazendo pesava sobre ele como uma coisa viva e também fazia com que ele se sentisse vivo.

      Thor sentia segurança na presença de todos aqueles homens, mas ele também sentia preocupação: aquele era um exército de homens de verdade, o que também significava que eles estavam prestes a enfrentar um exército de homens de verdade. Guerreiros reais, aguerridos. Dessa vez, era uma luta para viver ou morrer e havia muito mais em jogo do que ele já havia encontrado antes. Enquanto ele cavalgava, levou a mão instintivamente à cintura e se sentiu tranquilizado pela presença de sua velha e querida funda e de sua nova espada. Ele se perguntou se no final do dia ela não estaria manchada de sangue. Ou se ele próprio não estaria ferido.

      Seu exército, de repente deu um grande grito, um grito mais alto que som dos cascos dos cavalos, ao fazer uma curva e avistar pela primeira vez no horizonte, a cidade sitiada. Uma fumaça negra se elevava em grandes nuvens sobre a cidade e o exército MacGil esporou seus cavalos, ganhando mais velocidade. Thor também esporou seu cavalo com mais força, tentando manter-se a par dos outros, todos eles sacaram suas espadas, levantaram suas armas e se dirigiram para a cidade com intenções mortais.

      O enorme exército foi dividido em grupos menores. No grupo de Thor cavalgavam dez soldados, membros da legião e amigos seus, e alguns outros que ele não conhecia. Ao seu comando cavalgava um dos comandantes do exército do rei, um soldado a quem os demais chamavam Forg, um homem alto magro e com uma compleição esbelta, ele tinha a pele esburacada, cabelos grisalhos bem cortados e olhos escuros e fundos. O exército foi dividido em pequenos grupos que prosseguiram em todas as direções

      “Este grupo, siga-me!” Ele comandou, gesticulando com seu bastão para Thor e os outros para que se separassem dos demais e o seguissem.

      O grupo de Thor seguiu as ordens e foi atrás de Forg, distanciando-se ainda mais do exército principal. Thor olhou para trás e notou que seu grupo havia se afastado mais do que a maioria, o exército estava agora cada vez mais distante e justo quando Thor estava se perguntando para onde eles estavam sendo guiados, Forg gritou:

      “Nós tomaremos uma posição no flanco de McCloud!”

      Thor e os outros trocaram um olhar nervoso e entusiasmado enquanto todos eles avançavam, afastando-se até que o exército principal ficou fora da vista.

      Logo eles estavam em um terreno novo e a cidade agora estava completamente fora de sua vista. Thor estava alerta, mas não havia nenhum sinal do exército McCloud em lugar nenhum.

      Finalmente, Forg puxou o cavalo para uma parada antes de uma pequena colina, em um bosque de árvores. Os outros vieram até a parada atrás dele.

      Thor e os outros olharam para Forg, perguntando-se por que ele tinha parado.

      “Aquela fortaleza ali é a nossa missão.” Explicou Forg. “Vocês são jovens guerreiros ainda, por isso queremos poupá-los do calor da batalha. Vocês vão manter esta posição enquanto nosso principal exército varre a cidade e enfrenta o exército McCloud. É improvável que qualquer soldado McCloud apareça pelo caminho e vocês vão estar bastante seguros aqui. Tomem suas posições em torno dela e fiquem aqui até que eu diga o contrário. Agora movam-se!”

      Forg esporou seu cavalo e avançou até a colina; Thor e os outros fizeram o mesmo, seguindo-o. O pequeno grupo cavalgava através das planícies empoeiradas, levantando uma nuvem de pó,  até onde Thor podia ver, nenhum inimigo estava à vista. Ele estava desapontado por ter sido retirado da frente de batalha; por que todos eles estavam sendo tão protegidos?

      Quanto mais cavalgavam, mais estranho isso parecia a Thor. Ele não podia explicar, mas seu sexto sentido lhe dizia que algo estava errado.

      Quando

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