Encontrada . Морган Райс

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Encontrada  - Морган Райс Memórias de um Vampiro

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se perguntava se Scarlet estava atrás daquele muro. Ela torcia – ela rezava – que sim. Precisava encontrá-la. Não iria descansar até achá-la.

      Caitlin atravessou o portão com Caleb, entrou com grande ansiedade. Ela podia sentir seu coração batendo forte com a ideia de encontrar Scarlet – e entender o porquê de eles terem sido mandados para aquele lugar, para começo de conversa. Será que seu pai estava lá dentro, esperando?

      Quando entraram na cidade, ela ficou impressionada com a vibração do local. As ruas estavam cheias de crianças correndo, brincando. Cachorros corriam soltos, assim como galinhas. Ovelhas e bois compartilhavam a rua, andando a passos lentos, e, fora de cada casa havia um burro ou um camelo preso a um poste.

      Os aldeões andavam casualmente, usando vestes e túnicas antigas, carregando cestas de suprimentos em seus ombros. Caitlin sentiu que ela havia entrado em uma máquina do tempo.

      Enquanto eles desciam as estreitas ruelas, passando por pequenas residências, passando por senhoras lavando roupa, as pessoas paravam e os encaravam. Caitlin percebeu que eles pareciam estar muito deslocados andando por aquelas ruas. Ela olhou para baixo e notou suas vestimentas modernas – sua justa roupa de batalha e de couro – e imaginou o que aquelas pessoas deviam pensar deles. Deviam pensar que eles eram aliens que haviam caído do céu. Ela não os culpava.

      Na frente de cada casa havia alguém preparando comida, vendendo mercadorias, trabalhando com artesanato. Eles passaram por várias famílias de carpinteiros, o homem ficava sentado for a de casa serrando, martelando, construindo desde camas e armários até eixos para guilhotina. Na frente de uma casa, havia uma enorme cruz, com vários centímetros de espessura e uns 3 metros de comprimento. Caitlin percebeu que era uma cruz para alguém ser crucificado. Ela estremeceu e desviou o olhar.

      Quando entraram em outra rua, a quadra inteira estava cheia de ferreiros. De todos os lados voavam bigornas e martelos, barulhos metálicos ressoavam por toda a rua, cada ferreiro parecia ecoar o outro. Havia também cerâmicas com grandes chamas esquentando pedaços de metal em brasas, estavam forjando ferraduras, espadas, e todos os tipos de objeto de metal. Caitlin notou os rostos das crianças, pretos de fuligem, sentadas ao lado de seus pais, assistindo-os trabalhar. Ela se sentiu mal que as crianças trabalhavam com uma idade tão jovem.

      Caitlin procurou em toda parte por um sinal de Scarlet, ou de seu pai, ou de qualquer sinal de que os dois estivessem ali – mas não encontrou nada.

      Eles viraram em outra rua mais para baixo e esta estava cheio de pedreiros. Aqui, os homens moldavam enormes blocos de pedra calcária, faziam estátuas de artesanato, cerâmica e enormes, prensas planas. A princípio, Caitlin não entendeu para que estas últimas serviam.

      Caleb esticou o braço e apontou.

      "São lagares de vinho", disse ele, lendo sua mente, como sempre. "E lagares para olivas. Eles usam para esmagar as uvas e azeitonas, para extrair o mosto e de azeite. Está vendo aquelas manivelas? "

      Caitlin olhou com atenção e admirou o artesanato, as longas lajes de calcário, o trabalho intricado das engrenagens de metal. Ela ficou surpresa ao ver as máquinas sofisticadas que eles tinham, mesmo naquele tempo e lugar. Também ficou surpresa ao notar que a manufatura de vinho era um ofício tão antigo. Ali estava ela, milhares de anos no passado, e as pessoas já faziam garrafas de vinho e de azeite, assim como eles no século 21. E quando ela olhou para as garrafas de vidro, sendo lentamente cheias com vinho e azeite, ela percebeu que elas eram exatamente como as garrafas que ela utilizava.

      Um grupo de crianças passou correndo por ela, brincando de pega-pega, rindo e, quando eles o fizeram, nuvens de poeira levantaram e cobriram os pés de Caitlin. Ela olhou para baixo e percebeu que as estradas não eram pavimentadas nesta aldeia – provavelmente, ela pensou, era um lugar pequeno demais para ser capaz de sustentar estradas pavimentadas. E, no entanto, ela sabia que Nazaré era famosa por alguma coisa, estava ficando incomodada por não conseguir se lembrar do porquê. Mais uma vez, ela estava se arrependendo de não ter prestado mais atenção nas aulas de história.

      “Esta é a cidade onde Jesus viveu,” Caleb disse, lendo sua mente.

      Caitlin sentiu-se corar mais uma vez, ele sabia o que passava em sua mente com tanta facilidade. Não escondia nada de Caleb, mas, mesmo assim, ela não queria que ele lesse seus pensamentos quando o assunto era o quanto ela o amava. Ela ficaria envergonhada.

      “Ele vive aqui?” ela perguntou.

      Caleb assentiu.

      “Se nós chegamos ao seu tempo,” Caleb falou. “Certamente, estamos no século primeiro. Eu posso ver pelas roupas, pela arquitetura. Eu estive aqui antes. É um lugar difícil de esquecer.”

      Caitlin arregalou seus olhos com esta ideia.

      “Você realmente acha que ele poderia estar aqui, agora? Jesus? Andando por ai? Nesta época, neste lugar? Nesta cidade?"

      Caitlin mal conseguia compreender. Ela tentou se imaginar dobrando uma esquina e encontrando Jesus na rua, casualmente. A ideia parecia absurda.

      Caleb franziu a testa.

      "Eu não sei", disse ele. "Não estou sentindo que ele está aqui agora. Talvez nós não o encontremos".

      Caitlin ficou boquiaberta com este pensamento. Ela olhou a sua volta com um novo sentimento de admiração.

      Será que ele poderia estar aqui? ela se perguntava.

      Ela ficou sem palavras e sentiu ainda mais a importância da sua missão.

      "Ele pode estar aqui, neste período", Caleb falou. "Mas não necessariamente em Nazaré. Ele viajou muito. Belém. Nazaré. Cafarnaum – e Jerusalém, é claro. Eu nem sei ao certo se estamos em seu tempo exato ou não. Mas se nós estivermos, ele poderia estar em qualquer lugar. Israel é um lugar grande. Se ele estivesse aqui, nesta cidade, iríamos senti-lo. "

      “O que você quer dizer?” Caitlin perguntou, curiosa. “Como a gente se sentiria?”

      “Eu não sei explicar. Mas você saberia. É a energia dele. É diferente de tudo que você já conhece.”

      De repente, um pensamento ocorreu a Caitlin.

      “Você o conheceu de verdade?” ela perguntou.

      Caleb sacudiu sua cabeça lentamente.

      "Não, não de perto. Uma vez, eu estava na mesma cidade, ao mesmo tempo em que ele. E a energia era impressionante. Diferente de tudo que eu já havia sentido antes. "

      Mais uma vez, Caitlin se surpreendeu com todas as coisas que Caleb havia visto, todas as épocas e locais que ele havia vivido.

      “Só há uma maneira de descobrir.” Caleb continuou. “Precisamos saber em que ano estamos. Mas, o problema é que, logicamente, ninguém começou a contas os anos como nós, até bem depois da morte de Cristo. Afinal, nosso calendário é baseado no ano do seu nascimento. E, quando ele viveu, ninguém contava os anos baseando-se no nascimento de Jesus – a maioria das pessoas sequer sabia quem ele era! Então, se perguntarmos alguém em que ano estamos, vão achar que somos loucos.”

      Caleb olhou a sua volta, atentamente, como se procurasse por pistas, e Caitlin fez o mesmo.

      “Eu sinto que estamos na época dele,” Caleb falou devagar. “Mas não é este o local.”

      Caitlin contemplou o vilarejo com um novo

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