Uma Forja de Valentia . Морган Райс

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Uma Forja de Valentia  - Морган Райс Reis e Feiticeiros

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destruir a Pandesia."

      "Porquê eu?", perguntou Alec. "Como é que posso eventualmente ajudar?"

      "Tudo ficará claro quando chegarmos", respondeu Sovos.

      "Chegarmos onde?", pressionou Alec, frustrado. "Os meus amigos estão em Escalon. As pessoas que eu amo. Uma miúda."

      "Eu sinto muito", suspirou Sovos, "mas ninguém é deixado lá trás. Tudo o que tu em tempos conheceste e amaste foi-se."

      Seguiu-se um longo silêncio e, no meio do assobio do vento, Alec rezou para que ele estivesse errado – apesar de, no fundo, ele sentir que ele estava certo. Como é que a vida podia mudar tão rapidamente?, questionava-se.

      "No entanto, estás vivo", continuou Sovos, "e isso é um presente muito precioso. Não o desperdices. Podes ajudar muitos outros, se passares no teste. "

      Alec franziu a testa.

      "Que teste?", perguntou.

      Sovos finalmente virou-se e olhou para ele com um olhar penetrante.

      "Se fores o tal", disse ele, "a nossa causa vai cair nos teus ombros; se não fores, não teremos nenhuma função para ti".

      Alec tentou entender.

      "Estamos a navegar há dias e ainda não chegámos a lado nenhum", Alec observou. "Cada vez mais em alto mar. Eu já nem consigo ver Escalon."

      O homem sorriu.

      "E onde achas que estamos a ir?", perguntou.

      Alec encolheu os ombros.

      "Parece que navegamos para nordeste. Talvez algures na direção de Marda."

      Alec estudou o horizonte, exasperado.

      Finalmente, Sovos respondeu.

      "Como estás errado, meu jovem", respondeu ele. "Completamente errado, na verdade."

      Sovos voltou-se para o elmo e uma forte rajada de vento levantou-se. O barco encaminhou-se para os carneirinhos do oceano. Alec olhar para além dele e, ao faze-lo, pela primeira vez, ele ficou surpreendido ao vislumbrar algo no horizonte.

      Ele correu para a frente, cheio de emoção e agarrou a amurada.

      Ao longe, surgia lentamente uma massa de terra, que apenas começava a tomar forma. A terra parecia brilhar, como se fosse feita de diamantes. Alec levantou a mão para os olhos, espreitando, imaginando o que poderia ser. Que ilha poderia existir ali no meio do nada? Ele deu voltas à sua cabeça, não se conseguindo lembrar de nenhuma terra nos mapas. Seria algum país do qual ele nunca tinha ouvido falar?

      "O que é?", perguntou Alec apressadamente, olhando fixamente para lá, em antecipação.

      Sovos virou-se e, pela primeira vez desde que Alec o conhecera, ele sorriu largamente.

      "Bem-vindo, meu amigo", disse ele, "às Ilhas Perdidas."

      CAPÍTULO SETE

      Aidan ficou confinado a um poste, incapaz de se mover, enquanto observava o seu pai, ajoelhando-se a alguns passos diante dele, ladeado por soldados Pandesianos. Ali estavam, de espadas levantadas, segurando-as por cima da sua cabeça.

      "NÃO!", gritou Aidan.

      Ele tentou libertar-se, para avançar e poupar o seu pai. No entanto, independentemente de quanto tentasse, ele não se conseguia mover, com as cordas a afundarem-se nos seus pulsos e tornozelos. Ele foi forçado a assistir quando o seu pai se ajoelhou ali, com os olhos cheios de lágrimas, a olhar para ele a pedir ajuda.

      "Aidan!", gritou o seu pai, estendendo-lhe a mão.

      "Pai!", gritou-lhe Aidan também.

      As lâminas desceram e, um momento depois, o rosto de Aidan ficou salpicado de sangue quando eles cortaram a cabeça do seu pai.

      "NÃO!", gritou Aidan, sentindo a sua própria vida a desmoronar-se dentro dele, sentindo-se a afundar dentro de um buraco negro.

      Aidan despertou com um sobressalto, ofegante, coberto de um suor frio. Ele sentou-se na escuridão, lutando para perceber onde estava.

      "Pai!", gritou Aidan, ainda meio a dormir, à procura dele, ainda sentindo a urgência de salvá-lo.

      Ele olhou ao redor, sentiu algo no seu rosto e cabelo, por todo o corpo e percebeu que era difícil respirar. Estendeu a mão, puxou algo leve e longo da sua cara e percebeu que estava deitado num monte de feno, quase enterrado nele. Rapidamente sacudiu tudo enquanto se sentava.

      Estava escuro ali, apenas o fraco cintilar de uma tocha que aparecia através das ripas de Madeira. Rapidamente ele apercebeu-se que estava deitado na parte traseira de uma carruagem. Ouviu um barulho ao lado dele. Viu com alívio que era Branco. O enorme cão saltava na carruagem ao lado dele e lambia-lhe a cara, enquanto Aidan o abraçava.

      Aidan respirou com dificuldade, ainda dominado pelo sonho. Tinha parecido muito real. Teria o seu pai realmente sido morto? Ele tentou lembrar-se de quando o vira pela última vez, no pátio real, emboscado, cercado. Ele lembrava-se de o ter tentando ajudar e, depois, de ter sido levado por Motley no meio da noite. Ele lembrava-se de Motley o ter colocado naquela carruagem e de terem cavalgado pelas estreitas ruas de Andros para fugir.

      Isso explicava a carruagem. Mas onde tinham eles ido? Para onde o tinha levado Motley?

      Uma porta abriu-se e uma lasca da luz das tochas iluminou o escuro espaço. Aidan foi finalmente capaz de ver onde estava: numa pequena sala de pedra, o teto baixo e arqueado, parecendo uma pequena cabana ou taberna. Ele olhou para cima e viu Motley de pé na porta, enquadrado na luz das tochas.

      "Continua a gritar assim e os Pandesianos vão encontrar-nos", advertiu Motley.

      Motley virou-se e saiu, voltando para a sala bem iluminada à distância. Aidan rapidamente saltou da carroça para fora e seguiu-o, com Branco ao seu lado. Aidan entrou na sala brilhante e Motley rapidamente fechou a espessa porta de carvalho atrás dele e trancou-a várias vezes.

      Aidan olhou, ajustando os olhos à luz, reconhecendo rostos familiares: os amigos de Motley. Os atores. Todos aqueles artistas de estrada. Eles estavam todos aqui, todos a esconderem-se, embarcados neste bar de pedra sem janelas. Todos os rostos, outrora tão festivos, eram agora severos, sombrios.

      "Os Pandesianos estão em toda parte", disse Motley para Aidan. "Fala baixo."

      Aidan, envergonhado, nem sequer se tinha apercebido que estava a gritar.

      "Desculpa", disse ele. "Eu tive um pesadelo."

      "Todos nós temos pesadelos", Motley respondeu.

      "Nós estamos a viver num", acrescentou um outro ator de rosto taciturno.

      "Onde é que estamos?", perguntou Aidan, olhando em volta, confuso.

      "Uma taberna no canto mais distante de Andros. Ainda estamos na capital, escondidos. Os Pandesianos estão a patrulhar lá fora. Eles já passaram por aqui várias vezes, mas não entraram – e não o vão fazer, desde que te mantenhas calado. Nós estamos seguros aqui", respondeu Motley.

      "Por

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