A Espera . Блейк Пирс

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A Espera  - Блейк Пирс Os Primórdios Riley Paige

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Ela tentou dar-lhe atenção.

      Tinham-lhe sido atribuídas mais tarefas do que ele estava à espera – muita pesquisa e análise complexa, escrita de relatórios, preparação para litigação e outras tarefas que Riley mal entendia. Até se ia apresentar pela primeira vez num tribunal no dia seguinte. Apenas iria dar apoio aos advogados de proa é claro, mas já era um avanço para ele.

      Ryan parecia nervoso, assustado, talvez um pouco amedrontado, mas acima de tudo radiante.

      Riley tentou continuar a sorrir ao sentarem-se para jantar. Ela queria estar feliz por ele.

      Então Ryan finalmente perguntou…

      “Uau, olha só para mim a falar. E tu? Como correu o teu dia?”

      Riley engoliu em seco.

      “Podia ter corrido melhor,” Disse ela. “Na verdade, correu pessimamente.”

      Ryan agarrou na mão de Riley com uma expressão de sincera preocupação.

      “Lamento,” Disse ele. “Queres falar sobre isso?”

      Riley interrogou-se se falar sobre aquilo a faria sentir-se melhor.

      Não, só vou começar a chorar.

      Para além disso, o Ryan podia não ficar muito satisfeito com o facto de ela ter realizado trabalho de campo naquele dia. Ambos tinham a certeza de que ela faria o treino de forma segura nas instalações do FBI. Não que ela tivesse estado em verdadeiro perigo…

      “Preferia não entrar em pormenores,” Disse Riley. “Mas lembras-te do Agente Especial Crivaro, o homem do FBI que me salvou a vida em Lanton?”

      Ryan anuiu.

      Riley prosseguiu, “Bem, ele é o meu mentor, mas está com dúvidas se eu deveria estar no programa. E… acho que também eu tenho dúvidas. Talvez isto tudo não tenha passado de um erro.”

      Ryan apertou-lhe a mão e não falou.

      Riley gostava que ele dissesse alguma coisa. Mas o que é que queria que ele dissesse?

      O que é que esperava que ele dissesse?

      A verdade era que Ryan nunca se mostrara entusiasmado com a entrada de Riley no programa. Talvez ficasse satisfeito por ela desistir – ou até ser expulsa.

      Por fim Ryan disse, “Ouve, talvez este não seja o momento ideal para fazeres isto. Quero dizer, estás grávida, acabámos de nos mudar e eu estou a começar na Parsons and Rittenhouse. Talvez devesses esperar até…”

      “Esperar até quando?” Perguntou Riley. “Até ser mãe e ter um filho para criar? Como é que isso vai funcionar?”

      Ryan mostrou perplexidade ante o tom amargo de Riley. Até Riley ficou alarmada com o som da sua própria voz.

      “Peço desculpa,” Disse ela. “Não queria dizê-lo daquela forma.”

      Ryan disse tranquilamente, “Riley, tu vais ser uma mãe a criar uma criança. Nós vamos ser pais. É uma realidade com a qual temos que lidar, quer continues o treino este verão ou não.”

      Agora Riley lutava para não chorar. O futuro parecia tão obscuro e misterioso.

      Perguntou, “O que é que vou fazer se não estiver no programa? Não me posso limitar a ficar sentada no apartamento o dia todo.”

      Ryan encolheu ligeiramente os ombros.

      “Bem, sempre podes procurar um emprego, ajudar com as despesas. Talvez uma espécie de trabalho temporário – qualquer coisa que te permita desistir quando estiveres farta. Tens a vida toda à tua frente. Há muito tempo para chegares a uma conclusão quanto ao que queres realmente fazer. Mas daqui a pouco tempo eu posso suficientemente bem-sucedido para que não tenhas que trabalhar se não quiseres.”

      Ambos ficaram em silêncio durante alguns momentos.

      Então Riley disse, “Então pensas que devo desistir?”

      “O que eu penso não importa,” Disse Ryan. “A decisão é tua. E decidas o que decidires, vou dar o meu melhor para te apoiar.”

      Não falaram muito mais durante o resto do jantar. Quando terminaram, viram televisão. Riley não se conseguia concentrar no que estava a ver. Não parava de pensar no que o Agente Crivaro dissera…

      “Tem que decidir se tem o que é necessário para continuar neste programa.”

      Quanto mais Riley pensava naquilo, mais dúvidas e incertezas a assolava.

      Afinal, ela tinha que pensar não só nela própria. Havia o Ryan, o bebé e até o Agente Crivaro.

      Lembrou-se de outra coisa que o seu mentor dissera…

      “Puxei muitos cordelinhos para a ter neste programa.”

      E mantê-la no programa não ia tornar a vida de Crivaro mais fácil. O mais certo era ouvir críticas de colegas que consideravam que Riley não pertencia àquele lugar, sobretudo se ela não se apresentasse à altura das expetativas.

      E era óbvio que ela não estivera à altura das expetativas naquele dia.

      Entretanto, Ryan tomou banho e foi-se deitar. Riley ficou sentada no sofá a pensar nas suas escolhas.

      Por fim, pegou em papel e caneta, e começou a redigir uma carta de demissão dirigida a Hoke Gilmer, o supervisor de treino. Ficou surpreendida por se sentir muito melhor à medida que ia escrevendo a carta. Quando a terminou, sentiu que tinha sido libertada de um fardo.

      Esta é a opção certa, Pensou.

      Calculou que se levantaria cedo na manhã seguinte, comunicaria a sua decisão a Ryan, digitaria a carta no computador, imprimi-la-ia e enviá-la-ia no correio da manhã. Também ligaria ao Agente Crivaro que certamente ficaria aliviado.

      Por fim foi para a cama, sentindo-se muito melhor. Não teve qualquer dificuldade em adormecer.

      Riley deu por si a caminhar na direção do edifício J. Edgar Hoover.

      O que é que estou a fazer aqui? Interrogou-se.

      Então reparou no papel na sua mão escrito com a sua letra.

      Ah, sim, Compreendeu.

      Vim entregar isto ao Agente Gilmer pessoalmente.

      Desceu três andares pelo elevador e depois dirigiu-se ao auditório onde os estagiários se tinham reunido no dia anterior.

      Para seu espanto, todos os estagiários estavam sentados no auditório a observá-la atentamente, O Agente Gilmer estava de pé a olhar para ela com os braços cruzados.

      “O que é que quer, Sweeney?” Perguntou Gilmer, parecendo mais rígido do que no dia anterior quando se dirigira ao grupo.

      Riley olhou para os estagiários que a fixavam em silêncio com expressões acusatórias.

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