A Espera . Блейк Пирс
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Читать онлайн книгу A Espera - Блейк Пирс страница 3
Então os dedos afastaram-se do seu rosto e ela pode abrir os olhos novamente. Agora conseguia ver a silhueta de uma cabeça com uma forma grotesca a movimentar-se na luz flamejante.
Sentiu um soluço de pavor sair-lhe da garganta.
“Deixe-me ir,” Disse ela. “Por favor, deixe-me ir.”
O homem não disse nada. Ela sentiu-o a apalpar o seu braço esquerdo agora, prendendo algo elástico à volta do bíceps e depois apertando-o dolorosamente.
O pânico de Janet auentou e ela tentou não imaginar o que estava prestes a acontecer.
“Não,” Disse ela. “Não faça isso.”
Ela sentiu um dedo a sondar-lhe a curva do braço e depois a dor penetrante de uma agulha a entrar numa artéria.
Janet soltou um grito de horror e desespero.
Então, ao sentir a agulha recuar, uma estranha transformação tomou conta de si.
O seu grito de repente converteu-se em…
Riso!
Ria-se vibrantemente, incontrolavelmente, repleta de uma euforia louca que nunca sentira antes.
Naquele momento sentia-se completamente invencível, forte e poderosa.
Mas quando tentou libertar-se novamente do que lhe prendia os pulsos e tornozelos, não conseguiu.
O seu riso transformou-se num acesso de fúria violenta.
“Deixe-me ir embora,” Silvou ela. “Deixe-me ir ou juro por Deus que o mato!”
O homem soltou uma risada.
Depois inclinou a sombra metálica do candeeiro para que a sua luz iluminasse o seu rosto.
Era o rosto de um palhaço, pintado de branco com uns enormes olhos estranhos e lábios pintados de preto e vermelho.
Janet susteve a respiração durante alguns segundos perante aquela visão.
O homem sorriu com uns dentes amarelos que constrastavam com o resto do rosto colorido.
Disse-lhe…
“Vão deixá-la para trás.”
Janet queria perguntar…
Quem?
De quem está a falar?
E quem é você?
Porque é que me está a fazer isto?
Mas agora nem sequer conseguia respirar.
A faca surgiu novamente à sua frente. Depois o homem colocou a sua ponta afiada na sua bochecha, descendo ao rosto e até à garganta. A mínima pressão e Janet sabia que a faca a magoaria.
A sua respiração não normalizava.
Ela sabia que estava a começar a hiperventilar, mas não conseguia controlar a respiração. Sentia o coração a bater dentro do peito, conseguia sentir e ouvir a sua pulsação violenta a aumentar a cada segundo.
Perguntou-se…
O que estava naquela agulha?
Fosse o que fosse, os seus efeitos estavam a tornar-se mais evidentes a cada segundo que passava. Não conseguia fugir ao que se passava com o seu próprio corpo.
Enquanto continuava a afagar-lhe o rosto com a ponta da faca, o homem murmurou…
“Vão deixá-la para trás.”
Ela conseguiu articular…
“Quem? Quem é que me vai deixar para trás?”
“Você sabe quem,” Disse ele.
Janet apercebeu-se que estava a perder o controlo dos seus pensamentos. Estava imersa em ansiedade e pânico, em sentimentos loucos de perseguição e vitimização.
A quem é que ele se refere?
Imagens de amigos, membros da família e colegas atravessaram-lhe a cabeça.
Mas os seus sorrisos familiares e amigáveis transformaram-se em caretas de desprezo e ódio.
Toda a gente, Pensou ela.
Toda a gente me está a fazer isto.
Todas as pessoas que já conheci.
Mais uma vez, sentiu uma explosão de raiva.
Devia saber que não devia confiar em ninguém.
Pior, ela sentiu como se a sua pele se estivesse a mover.
Não, algo estava a rastejar por toda a sua pele.
Insectos! Pensou.
Milhares deles!
Tentou libertar-se.
“Tire-os de cima de mim!” Implorou ao homem. “Mate-os!”
O homem riu enquanto a observava através da sua maquilhagem grotesca.
Não se ofereceu para a ajudar.
Ele sabe alguma coisa, Pensou Janet.
Ele sabe alguma coisa que eu não sei.
Então ocorreu-lhe…
Os insectos…
Eles não estão a rastejar na minha pele.
Eles estão a rastejar debaixo dela!
A sua respiração ecelerou e os pulmões queimaram como se tivesse corrido uma longa distância. O coração batia dolorosamente.
A sua cabeça explodia com emoções violentas – fúria, medo, nojo, pânico e completa perplexidade.
Teria o homem injetado milhares, talvez milhões de insectos na sua corrente sanguínea?
Como é que isso era sequer possível?
Numa voz que oscilava entre a raiva e a autocomiseração, ela perguntou…
“Porque é que me odeia?”
Desta vez o homem riu-se num tom mais elevado.
Ele disse, “Toda a gente a odeia.”
Agora Janet tinha dificuldades e ver. A sua visão não estava a ficar desfocada. Antes, a cena à sua frente