Esquecidas . Блейк Пирс
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Riley parou para visualizar a cena de forma mais vívida.
A mulher estava nua nessa altura?
Não, não exatamente, Pensou Riley.
“Melody saiu com uma toalha embrulhada à sua volta. Nesse momento ele começou a sentir-se desconfortável. Já tivera problemas sexuais no passado. Também os teria desta vez? Ela entrou na cama e retirou a toalha e…”
“E?” Perguntou Jake.
“E soube de imediato – que não o conseguiria fazer. Estava envergonhado e humilhado. Não podia deixar a mulher escapar sabendo que ele tinha falhado. Uma fúria colossal apoderou-se dele. A sua fúria despojou-o da sua humanidade. Agarrou nela pela garganta e estrangulou-a na cama. Ela morreu muito rapidamente. A sua raiva atenuou-se e ele percebeu o que fizera e sentiu-se culpado. E…”
A mente de Riley voltou ao crime. O assassino tinha não só enterrado as vítimas em campas rasas, como o fizera junto a ruas e autoestradas. Ele sabia perfeitamente bem que os corpos seriam encontrados. Na verdade, ele certificara-se de que seriam encontrados.
Os olhos de Riley abriram-se.
“Já percebi Jake. Quando ele pegou nas caixas de fósforos e pedaços de papel pela primeira vez, ele só queria recordações. Mas depois dos crimes, usou-os para algo diferente. Deixou-os com os corpos para ajudar a polícia, não para brincar. Ele queria ser apanhado. Não tinha a coragem de se entregar, então deixava pistas.”
“Estás a chegar lá,” Disse Jake. “Eu penso os dois primeiros crimes funcionaram dessa forma. Agora olha para o resumo que a polícia local fez dos crimes.”
Riley olhou para o relatório que tinha no seu computador.
“Porque é que o último crime foi diferente?” Perguntou Jake.
Riley leu o texto. Não reparou em nada que ainda não soubesse.
“Tilda Steen estava vestida quando ele a enterrou. Parecia que não tinha sequer tentado ter relações sexuais com ela.”
Jake disse, “Agora diz-me o que aí está como causa de morte das três vítimas.”
Riley encontrou o que procurava rapidamente.
“Estrangulamento,” Disse ela. “Igual para as três.”
Jake resmoneou desanimado.
“Foi aí que a polícia local errou,” Disse ele. “As duas primeiras, Melody Yanovich e Portia Quinn foram sem dúvida estranguladas. Mas eu descobri pelo médico-legista – não havia nódoas negras no pescoço de Tilda Steen. Fora sufocada, mas não estrangulada. O que é que isto te diz?”
O cérebro de Riley começou a processar aquela nova informação.
Fechou os olhos novamente, tentando imaginar a cena.
“Algo aconteceu quando ele levou Tilda para aquele quarto de motel,” Disse Riley. “Ela confiou-lhe alguma coisa, talvez algo que nunca tinha dito a ninguém. Ou talvez ele lhe tenha dito algo a seu respeito que ela quisesse saber. Subitamente ela tornou-se…”
Riley parou.
Jake disse, “Força. Di-lo.”
“Humana para ele. Ele sentiu-se culpado pelo que ia fazer. E de uma forma distorcida…”
Riley demorou um momento para ordenar os pensamentos.
“Ele decidiu matá-la como um ato de misericórdia. Não a estrangulou com as mãos. Fê-lo de forma mais suave. Ele dominou-a na cama e sufocou-a com uma almofada. Sentiu-se com tantos remorsos que…”
Riley abriu os olhos.
“… não voltou a matar.”
Jake soltou um som de aprovação.
Ele disse, “Foi a essa mesma conclusão que eu cheguei naquele dia. E ainda assim penso. Acredito que ele ainda está na região e ainda vive assombrado pelo que fez há tantos anos atrás.”
Uma palavra começou a ecoar na mente de Riley…
Remorso.
De repente algo lhe pareceu óbvio.
Sem parar para pensar, ela disse, “Ele ainda tem remorsos Jake. E quase aposto que deixa flores nas campas das mulheres.”
Jake riu com satisfação.
“Bem pensado,” Disse ele. “Por isso sempre gostei de ti Riley. Tu entendes a psicologia e sabes como transformá-la em ação.”
Riley sorriu.
“Aprendi com o melhor,” Disse ela.
Jake esboçou um agradecimento pelo elogio. Ela agradeceu-lhe e terminou a chamada. Ficou no gabinete a pensar.
É comigo.
Ela tinha que apanhar o assassino de uma vez por todas.
Mas sabia que não o poderia fazer sozinha.
Precisava de ajuda para a UAC reabrir o caso.
Dirigiu-se ao corredor e caminhou na direção do gabinete de Bill Jeffreys.
CAPÍTULO OITO
Bill Jeffreys estava a aproveitar uma manhã invulgarmente tranquila na UAC quando a sua parceira irrompeu pelo seu gabinete adentro. Ele imediatamente reconheceu a expressão no seu rosto. Era assim que Riley Paige ficava quando estava entusiasmada com um novo caso.
Ele fez um gesto na direção da cadeira do outro lado da mesa e Riley sentou-se. Mas ao escutar atentamente a sua descrição dos homicídios, Bill ficou algo intrigado com o seu entusiasmo. Ainda assim, não fez qualquer comentário enquanto ela lhe fornecia a descrição completa da conversa que tivera ao telefone com Jake.
“Então, o que te parece?” Perguntou ela a Bill quando terminou.
“Sobre quê?” Perguntou Bill.
“Queres trabalhar neste caso comigo?”
Bill olhou-a de forma incerta.
“Claro que gostaria, mas… bem, o caso não está aberto. Está fora do nosso controlo.”
Riley respirou fundo e disse cautelosamente, “Esperava que eu e tu tratássemos disso.”
Bill demorou alguns instantes a perceber o que ela queria dizer. Depois os seus olhos abriram-se muito e ele abanou a cabeça.
“Oh, não Riley,” Disse ele. “Este já tem muito tempo. O Meredith não vai estar interessado em abri-lo outra vez.”
Bill percebeu que também Riley tinha as suas dúvidas,