A corda do Diabo . Блейк Пирс

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A corda do Diabo  - Блейк Пирс Os Primórdios Riley Paige

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não queria ter que explicar nada naquele momento. A verdade é que ele não sabia absolutamente nada sobre o suspeito sob custódia, nem sequer se ele era mesmo suspeito. Pelo que Jake sabia, Philip Cardin poderia ter um parceiro que cometera esse novo assassinato, ou então...

      Só Deus sabia o que estava acontecendo.

      Naquele ponto da investigação, havia sempre milhares de perguntas e nenhuma resposta. Jake esperava mudar esse panorama em breve.

      Enquanto Messenger seguiu falando ao telefone, Jake caminhou até o marido da vítima, que estava encostado em uma viatura, olhando para o nada. Jake disse:

      - Senhor Nelson, sinto muito por sua perda. Eu sou o Agente Especial Jake Crivaro, e estou aqui para ajudar a trazer justiça ao assassino da sua mulher.

      Nelson assentiu levemente, como se mal soubesse com quem estava falando. Jake disse, com sua voz firme:

      - Senhor Nelson, você tem alguma ideia de quem pode ter feito isso? Ou por quê?

      Nelson olhou para ele com uma expressão confusa.

      - Quê? – Ele disse. Então, repetiu: - Não, não, não.

      Jake sabia que não fazia sentido fazer mais perguntas ao homem, pelo menos não naquele momento. Ele estava claramente em estado de choque, e aquilo não era surpreendente. A esposa dele não só estava morta, mas havia sido assassinada de um jeito grotesco.

      Jake voltou à cena do crime, onde os peritos já estavam trabalhando.

      Ele olhou em volta, notando como o local parecia ser isolado. Pelo menos, não havia uma multidão de curiosos por perto.

      E até então, nenhum sinal da mídia.

      Mas então, ele ouviu o som de outro helicóptero. Olhou em volta e viu o helicóptero de uma TV, descendo em direção ao campo.

      Jake suspirou profundamente e pensou...

      Esse caso vai ser complicado.

      CAPÍTULO SEIS

      Riley encheu-se expectativa quando o orador se posicionou em frente aos cerca de 200 recrutas. O homem parecia pertencer a uma época diferente, com seu terno fino, gravata slim preta e corte de cabelo bagunçado. Ele lembrava Riley de fotos que ela havia visto de astronautas dos anos 60. Ao mexer em algumas anotações, ele olhou para seu público, e ela esperou ouvir palavras de boas-vindas e elogios.

      O Diretor da Academia Lane Swanson começou exatamente como ela esperava.

      - Eu sei que todos vocês trabalharam duro para se preparar para esse dia.

      Ele acrescentou com um sorriso de canto de boca.

      - Bom, deixe-me dizer para vocês agora mesmo—vocês não estão preparados. Nenhum de vocês.

      Um suspiro coletivo foi ouvido pelo auditório e Swanson parou por um momento, para que suas palavras ecoassem. Então, ele continuou:

      - É isso o que esse programa de 20 semanas faz—preparar vocês para começar uma vida no FBI. E parte da preparação é conhecer os limites da preparação, como lidar com o inesperado, aprender a pensar por si próprio. Sempre lembrem—o FBI é chamado de “o lado Oeste da força da lei”, e isso tem motivos. Nossos padrões são altos. Nem todos vocês vão conseguir passar por isso. Mas os que passarem estarão preparados ao máximo para as tarefas que lhes esperam.

      Riley concordou com cada palavra que Swanson disse sobre os padrões da academia em promover segurança, uniformidade, responsabilidade e disciplina. Então, ele começou a falar sobre o currículo rigoroso—cursos sobre tudo, de leis e ética a interrogatórios e coleta de evidências.

      Riley sentiu-se mais e mais ansiosa a cada palavra, e deu-se conta:

      Não estou mais em um programa de verão.

      O programa de verão parecia um acampamento adolescente se comparado ao que ela iria enfrentar agora.

      Seria tudo aquilo muito para ela?

      Aquela tinha sido uma má ideia?

      Por um momento, ao olhar em volta para os outros recrutas, sentiu-se como uma criança. Quase ninguém ali tinha a idade dela. Percebeu, pelos rostos, que todos ali tinham pelo menos a mesma experiência que ela, e muitos tinham muito mais. A maioria tinha mais do que 23 anos, e alguns pareciam ter a idade máxima para o recrutamento, 37.

      Ela sabia que eles tinham todos os tipos de bagagem e vinham de várias áreas diferentes. A maioria havia sido agente de polícia, e muitos outros haviam servido o exército. Outras haviam trabalhado como professores, advogados, cientistas, empresários, e muitas outras profissões, vez ou outra. Mas todos eles tinham algo em comum—um compromisso forte de passar o resto de suas vidas servindo às forças da lei.

      Poucas pessoas ali haviam saído do programa de estágio. John Welch, que estava sentado alguma fileiras à frente dela, era um deles. Como Riley, ele era uma exceção à regra de que todos os recrutas precisavam de pelo menos três anos de experiência para entrar na academia.

      Swanson terminou seu discurso:

      - Estou ansioso para apertar a mão daqueles que completarem o programa aqui em Quantico. Nesse dia, vocês serão empossados pelo Diretor do FBI em pessoa, Bill Cormack. Boa sorte a todos vocês.

      Então, ele acrescentou com uma risada:

      - E agora—ao trabalho!

      O instrutor tomou o lugar de Swanson no púlpito e começou a chamar os nomes dos recrutas—“NATs”, eles eram chamados, o que significava “Novos Agentes em Treinamento”. Quando os NATs responderam a seus nomes, o instrutor criou pequenos grupos, que participariam de aulas juntos.

      Enquanto esperava para ter seu nome chamado, Riley lembrou-se de quão tedioso havia sido tudo desde que ela chegara ali, no dia anterior. Antes de entrar, ela precisou preencher muitos formulários, comprar um uniforme e solicitar um dormitório.

      Aquele dia, porém, já estava sendo bem diferente.

      Sentiu uma pontada ao ouvir o nome de John Welch ser chamado por um grupo que não era o dela. Poderia ser bom, ela pensou, ter um amigo ao lado nas semanas que estavam por mim. Por outro lado...

      Está bom assim também.

      Dados seus confusos sentimentos por John, a presença dele poderia se tornar uma distração.

      Riley aliviou-se, no entanto, ao ver que estava no mesmo grupo de Francine Dow, a colega de quarto com quem ela fora colocada no dia anterior. Frankie, como ela preferia ser chamada, era mais velha que Riley, por volta dos 30 anos—e era uma ruiva cheia de espírito que, por suas características, parecia já ter muita experiência na vida.

      Riley e Frankie ainda não haviam tido tempo para conversar e se conhecer. No dia anterior, elas apenas arrumaram suas coisas no dormitório, e tinham se separado na hora do café da manhã.

      Finalmente, o grupo de NATs de Riley juntou-se no pátio de entrada com o Agente Marty Glick, o instrutor do grupo. Glick parecia

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